Descobertas do Thelmo: DICAS DE DOMINGO: Relembrando minha visita ao Porto

domingo, 21 de janeiro de 2018

Da Série DICAS DA SEMANA: Relembrando minha visita ao Porto

Visitando a cidade do Porto no verão português de 2011

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Fotos de Thelmo Lins

Cidade do Porto - Portugal

Data da visita: Julho de 2011

A partir de agora, o blog Descobertas do Thelmo fará postagens semanais, independente das viagens programadas. A intenção é revelar outras aventuras que vivi antes da criação deste veículo de comunicação, em 2012. A proposta é focar em determinado local, que – acredito – valha a pena ser visitado um dia.

Nesta estreia, vou falar da cidade do Porto, a segunda mais importante de Portugal e emblemática por causa do seu famoso vinho, procedente do Vale do Douro.

Estive no Porto em julho de 2011, em uma viagem com o contador de estórias Roberto de Freitas. Fomos de carro de Lisboa para lá e lembro-me exatamente do impacto de tive ao ver aquele rio imenso, o Douro, e as pontes maravilhosas.

Roberto ficou hospedado na casa de um amigo brasileiro que vivia em Portugal naquela época, a 30 km do Porto. Eu preferi me hospedar bem no centro, para poder usufruir da cidade a pé. Ele se chama Hotel Peninsular e fica pertinho da estação de trens São Bento. É bem simples, mas limpo e bem localizado. Ah, e tinha uma banheira!

O meu primeiro instinto foi mergulhar nas águas da banheira, descansar um pouco da viagem, quem sabe comer alguma coisa mais tarde e dormir. Qual o quê! Quando acordei e abri a janela, a noite tinha uma surpresa para mim. A cidade estava toda iluminada, com aquela luz amarelada que deixa a arquitetura mais bela e misteriosa. Vesti-me e sai pelas ruas para apreciar a paisagem e só retornei de madrugada, extasiado! Quanto ao lanche, comi uma francesinha. Já ouviram falar? É uma espécie de misto quente mais elaborado, com batatas fritas. Uma delícia.

No dia seguinte, a conselho da recepcionista do hotel, comprei uma passagem no Bus Turístico, que me deu oportunidade de conhecer toda a cidade e saltar em todos os pontos em que eu tivesse vontade. De acordo com informações que coletei na internet, este passeio de dois dias está custando cerca de 15 euros. Se não me falha a memória, eu paguei 19 euros na época, com direito a um passeio de barco pelo Douro.

Do alto do autocarro, percorri toda a cidade, inclusive a parte litorânea. Desci em alguns pontos como a Ribeira, onde visitei a impressionante igreja de São Francisco, uma das mais douradas do mundo. Cheguei a brincar, com o bilheteiro, que eles não deviam cobrar a entrada de brasileiros, uma vez que aquele ouro era do nosso país. Mas ele não gostou muito da piada. Ali perto está o Palácio da Bolsa e o Mercado, que são visitas obrigatórias. No Mercado, há bons restaurantes, com toques gastronômicos.

A Ribeira é um conjunto de casas muito antigas, à beira do Douro. Lembra muito Ouro Preto e outras cidades barrocas mineiras. Dali também podemos ver a belíssima ponte Dona Maria Pia, um dos símbolos da cidade, criada por Gustave Eiffel, o mesmo da torre parisiense.

Uma sensação muito agradável é descer em Vila de Gaia, do outro lado da ponte, e voltar a pé ao Porto, passando em cima desta ponte. A vista é de tirar o fôlego.

Visitei ainda a Fundação Serralves, que é um museu de arte contemporânea, em estilo art déco. A melhor parte, na minha opinião, são os jardins. Encantadores.

O hotel em que eu estava hospedado ficava ao lado da praça da Liberdade, um conjunto impressionante de palácios neoclássicos, que contrasta com a arquitetura predominantemente barroca do Porto. Até o edifício do McDonald´s era bonito. Entrei na lanchonete somente para apreciar a decoração. Andando um pouco mais, chega-se à Torre dos Clérigos, o ponto mais alto da parte antiga, que é tombada pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

Há, também, outros lugares que valem a pena visitar. A livraria Lello e Irmão, na Rua das Carmelitas, de 1906, considerada uma das mais belas do mundo. O Café Majestic, na Rua de Santa Catarina (aliás, a rua toda é maravilhosa), onde pude apreciar um delicioso bacalhau. E a região mais antiga, nas cercanias da Sé, que remonta à Idade Média (a igreja foi construída no século XII, mas passou por reformas nos séculos seguintes).

Prepare-se também para subir e descer morros, pois o Porto é cheia de altos e baixos, que a tornam mais charmosa. Volta e meia vêem-se aquelas igrejas ladeadas por incríveis paredes de azulejos azuis e brancos.

Fiquei lá apenas dois dias, que foram intensos. Na noite do último dia, fui finalmente conhecer uma casa de fado, na região da Ribeira, onde a cantora Rosa Maria se apresentava. Aproveitei e comprei um de seus CDs, que ouço até hoje com muito carinho e saudades.

Vi, mas não tive a oportunidade de conhecer, a parte moderna do Porto, famosa por sua arquitetura ousada. Dentre elas está a Casa de Música, uma sala de concertos e espetáculos de tirar o fôlego. Também não tive a oportunidade de ir em uma degustação de vinhos, outro programa delicioso de se fazer na cidade, que é famosa produtora da bebida. Como eu faria uma viagem a Peso da Régua, preferi provar lá o famoso líquido.
Outra dica boa é que, da Estação São Bento, saem vários comboios para as cidades vizinhas que também valem uma visita. Eu aproveitei para conhecer, de trem, Aveiro, Braga e Guimarães. De carro, na companhia de Roberto, fui à Região do Douro. Mas isso fica para uma outra ocasião.

Para terminar, um brinde do Porto e uma boa viagem, sempre!