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Convento do Carmo, em Cachoeira: profusão de dourados (foto de Wagner Cosse) |
Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
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Cachoeira
fica no Recôncavo Baiano, a 117 km de Salvador. Ela é cortada pelo Rio
Paraguaçu, importante porto fluvial baiano do passado. Do outro lado da margem,
está São Félix. São cidades gêmeas, irmãs.
Trata-se de cidades históricas.
Cachoeira é a segunda cidade que mais preserva seu patrimônio histórico e
cultural no Estado da Bahia. Perde apenas para Salvador. Seu casario não está
totalmente preservado, mas há atrações de tirar o fôlego na área central, que
atesta os tempos áureos da economia da cidade, entre os séculos 19 e princípio
do século 20. É a terra, também, de Ana Néri, grande enfermeira da Guerra do
Paraguai.
Dentre os locais em que vale a pena
conhecer está a Casa da Câmara e Cadeia, que funciona como a sede do Poder
Legislativo e galeria de arte. Há várias praças belas e agradáveis – uma delas
é o point da cidade, onde funcionam vários bares e restaurantes (em especial o
calçadão da Rua 25 de Junho). Vale também visitar o Convento do Carmo. O
complexo abriga duas igrejas, sendo que uma delas é uma das mais encantadoras
que já visitei, dentro do estilo Barroco-Rococó (e olha que eu sou mineiro, da
região dos Inconfidentes!). Há ainda um museu e um hotel, local em que nos
hospedamos. Fantástico, por sinal, embora careça de reformas. O custo-benefício
e a sensação de dormir nas antigas celas dos religiosos garantem a estadia.
O restante é flanar pelas ruas,
becos e ladeiras. Passear perto do rio, visitar o mercado, conhecer a antiga
estação ferroviária. Não atravessei o rio para São Félix, por falta de tempo,
mas é fácil chegar à cidade vizinha a pé ou de carro. É só enfrentar o calor e cruzar
a linda ponte Dom Pedro II, de 365 metros de comprimento.
Em Cachoeira também tivemos espaço
para conhecer queridos novos amigos, dentre eles os professores baianos Cibele
e Fábio e a funcionária pública mineira radicada em São Paulo, Helena. Papos
incríveis, de pessoas com afinidades políticas e culturais, que sonham com um
Brasil melhor, sem tantas desigualdades. Assuntos pertinentes, aliás, numa
cidade baiana formada em sua maioria por afrodescendentes.
Embora não tenhamos participado,
pois conhecemos Cachoeira no final de dezembro de 2018, soubemos da mais
importante festa religiosa da cidade, que mistura rituais católicos e do
candomblé: a festa de Nossa Senhora da Boa Morte. Ela acontece sempre no mês de
agosto, na proximidade do dia 15. Pelas informações que obtivemos, é de uma beleza
incrível. Quem sabe, um dia, teremos tempo para conhecer melhor essa
celebração.
Continuemos a viagem. Próxima
parada: Penedo, Alagoas.
Convento do Carmo
Centro Histórico de Cachoeira
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Do lado direito, a Casa da Câmara |
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Mercado Municipal |
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Feira |
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Estação Ferroviária |
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Ponte D. Pedro II |
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Rio Paraguaçu, Ponte D. Pedro II e São Félix |
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Mural de rua |
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Barbearia |
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Igreja de Santa Maria Madalena |
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Quadro mostra detalhe da Festa de N. Sra. da Boa Morte |
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Casa da Câmara |
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Complexo do Carmo e pousada (direita) onde ficamos |
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Por-do-sol no Rio Paraguaçu |
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Vista noturna de São Félix |
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Calçadão da 25 de julho: point noturno |
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Calçadão da 25 de Julho |
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Rio Paraguaçu à noite |
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Mural |
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Mural |
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Uma selfie com Helena, Cibele, Fábio e Wagner: amizades e afinidades |