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| Na praça principal de Villa de Leyva (foto de Wagner Cosse) |
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Estamos chegando ao sexto dia de viagem à Colômbia, que aconteceu no
período de 4 a 19 de outubro de 2025, na companhia de Regina Paulino, Simone
Rigueira e Wagner Cosse.
Depois de passar pela Cidade do Panamá, ficamos três dias em Bogotá. Lá,
alugamos um automóvel e pegamos a estrada para chegar, primeiramente, a
Zipaquirá, onde conhecemos a famosa Catedral de Sal, uma das maravilhas do
país.
Em seguida, rumamos a Ráquira e, finalmente, chegamos a duas cidades coloniais
colombianas: Villa de Leyva e Barichara.
Gostaria de ressaltar que parte da viagem foi composta a partir da
leitura do guia América do Sul, da editora O Viajante – Trilhas e
Montanhas. Esse guia nos deu algumas dicas que a maioria dos agentes de
viagem não fornece: o passeio além do trio Bogotá–Cartagena–San Andrés.
Buscávamos ampliar nosso conhecimento sobre a Colômbia, e nada melhor do que
entrar mais profundamente no interior do país.
Villa de Leyva (lê-se léiva) situa-se a 160 km de
Bogotá. É uma cidade de aproximadamente 16 mil habitantes, fundada em 1572.
Há vários fatos históricos que permeiam o local, como o de ser a cidade onde
foi sepultado Antonio Nariño (1765–1823), um dos líderes da
independência colombiana.
Localizada a 2.149 m de altitude, Villa de Leyva é circundada por belas
montanhas, embora seu centro histórico seja bastante plano e possa ser
percorrido facilmente a pé. As ruas de calçamento de pedra, as construções
pintadas de branco e a ótima conservação do casario contribuíram para que a
cidade fosse declarada monumento nacional.
Se tivesse que ser comparada com alguma cidade
brasileira, estaria mais próxima de Tiradentes (MG) e Paraty (RJ). Como as
brasileiras, é charmosa e cheia de recantos extremamente agradáveis, como
cafés, restaurantes e padarias, além das igrejas, conventos e museus.
Há também muitas opções de hotéis e atrações turísticas, como a Casa de
Terracota, os Poços Azuis e o Museu Paleontológico. Como estávamos muito
cansados da viagem e teríamos apenas um dia inteiro para conhecer o local, preferimos
perambular pelas ruas sem um destino pré-determinado.
Dentre as coisas que nos chamaram a atenção,
estava a livraria El Gatto Villa, cuja mascote é a gatinha Afrodita.
Como gateiro, fiquei encantado com as várias opções de livros e outros
objetos ligados ao universo felino.
Barichara encontra-se a 183 km de distância de Villa de
Leyva, no sentido norte do país, e a 320 km de Bogotá. Como adiantei na
postagem anterior, a estrada é bastante íngreme, pois estamos imersos na
Cordilheira dos Andes, e tem muitas curvas. Com cerca de 7 mil habitantes,
Barichara está localizada a 1.283 m de altitude.
Diferentemente de Villa de Leyva, é uma cidade com muitos morros.
Boa parte dos principais edifícios, dentre eles a igreja matriz, é feita de pedras
amarelas.
A cidade surgiu em 1702, quando um camponês encontrou uma imagem da
Virgem Maria esculpida em uma pedra, à qual foram atribuídos muitos
milagres. O acontecimento atraiu muitas pessoas para a região. Em 1751, o
lugarejo ganhou sua igreja católica e, a partir de então, iniciaram-se as
construções de outros edifícios.
Todo o centro histórico é tombado pelo patrimônio nacional, e Barichara
tem a fama de ser uma das mais belas cidades da Colômbia. Sua
localização também é fantástica, pois foi construída à beira de um cânion, o Salto
del Mico, de onde se tem uma vista incrível de toda a região.
Ali, participamos de uma sessão fotográfica, com direito a um vídeo
produzido por meio de um drone (disponibilizado por fotógrafos locais), que
mostrou a amplitude e a beleza do mirante.
Há vários parques, praças e locais para visitação. Considerando a topografia
acidentada da cidade, a dica é pegar os mototáxis disponíveis na praça
principal. Os pilotos fazem as vezes de guias e nos levam aos principais
atrativos.
Dentre eles, está o belíssimo cemitério de Barichara. Diferentemente de
outros que conheci em vários países, este homenageia o defunto com algo
que ele tenha representado em vida — como sua profissão, por exemplo. Há tumbas
alusivas a costureiras, parteiras, operários, violeiros e até mesmo ao antigo
zelador do campo-santo, cuja estátua enfeita sua sepultura.
Barichara significa “lugar de repouso” no dialeto do povo guane, cujo
local de origem fica a nove quilômetros do centro da cidade. O pequeno
distrito, chamado Guane, é considerado de relevante valor histórico e
pode ser acessado por uma trilha. Não fizemos o trajeto porque tínhamos pouco
tempo, mas visitamos o Parque de las Artes e o Bioparque Móncora,
que integraram o tour pela cidade.
Durante o período em que estivemos em Barichara, havia animadas apresentações
de bandas de jovens estudantes, que lembravam as fanfarras brasileiras.
Várias delas, provenientes de diversos municípios colombianos, fizeram
exibições na praça principal, misturando música e coreografias. Nessa mesma
praça, há uma concorrida feira de artesanato.
Por fim, gostaria de ressaltar mais dois locais que me encantaram em
Barichara. Um deles foi a Casa Pinto, ateliê do artista Javier Pinto.
Fiquei admirado com seus trabalhos e fiz alguns registros fotográficos de suas
obras, principalmente as esculturas. O outro foi o nosso hotel, a Casa
Aparicio Lopez. Como o nome indica, é a residência de uma família que foi
transformada em hotel. Além do atendimento especial e bastante carinhoso, o
local tem um pátio interno encantador.
Por falar em Encanto, parece que foi em Barichara que a Disney
se inspirou para construir os cenários da animação lançada em 2021, que logo
depois se tornou um sucesso internacional.
Encerramos aqui a nossa visita às duas cidades. O próximo destino é Medellín,
metrópole colombiana que se reestruturou e se transformou em modelo mundial de
reurbanização. Até mais!
Villa de Leyva
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| Com Simone, Wagner e Regina, no hotel de Villa de Leyva |
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| Placa que determina o nome da rua e a numeração |
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| Com Simone e Regina |
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| Praça principal |
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| Igreja matriz |
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| Wagner na praça principal |
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| Regina e Simone |
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| Afrodita |
Barichara
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| Pátio interno do hotel de Barichara |
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| No mirante de Barichara |
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| Foto do drone |
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| Mototáxi |
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| Igreja matriz: pedras amarelas |
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| Fanfarra de estudantes colombianos |
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| Árvore gigante em praça local |
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| Salto del Mico |
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Vista do centro histórico
Cemitério de Barichara |
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| No mirante |
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| Com Wagner, no mirante de Barichara |
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| Wagner, Simone e Regina |
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| Igreja matriz |
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| Casario |
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| Interior da matriz |
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| Feira de artesanato |
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| Jardineira turística |
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| Mototáxi preparado para um casamento |
Casa Pinto (galeria de arte e atelier)
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| Fachada do centro histórico |