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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Sur Hermoso 7 – Buenos Aires, terceira parte

Em frente ao Teatro Colón (foto de WC)
A maioria das fotos são de Thelmo Lins. 
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.

Que cidade linda é Buenos Aires! Ela respira um ar de sofisticação em suas amplas avenidas, ladeadas de edifícios com soberba arquitetura e árvores centenárias. Em suas praças, parques e jardins há muitas esculturas e monumentos elaboradíssimos. Seus museus são encantadores. Enfim, uma metrópole internacional!
            A viagem ao Sur Hermoso, iniciada no dia 21 de dezembro, chega ao seu último capítulo, narrando a terceira etapa da estadia na capital argentina. Nessa etapa, vamos visitar a região do Teatro Colón, o Rosedal de Palermo, a Recoleta, o Museu Evita e Puerto Madero.
            O primeiro atrativo que visitamos foi o Obelisco da Avenida 9 de Julho esquina com Avenida Córdoba. O majestoso monumento tem 68 metros de altura. Criado em 1936, ele é o principal símbolo de Buenos Aires. Recentemente foram instalados no local arbustos que formam as letras B e A, que logo se transformaram no cenário mais perfeito para uma lembrança entre amigos da capital portenha.
            O Colón, fundado em 1908, é a considerada a mais importante casa de óperas da América Latina. O espaço cultural, que é inspirado no Scala de Milão, comporta até 2.487 espectadores em suas poltronas, camarotes e frisas. Desta vez, não entramos no seu interior nem para uma visita guiada. Os ingressos para o Quebra Nozes estavam praticamente esgotados quando tentamos compra-los. Mas, em 2004, quando fui a Buenos Aires pela primeira vez, pude conhecer o teatro e assistir à ópera A Flauta Mágica, de Mozart. Seu interior é magnífico (como podem atestar no postal que comprei para ilustrar. Veja nas imagens abaixo).
            A praça onde está localizada o teatro é belíssima, com elegantes edifícios e uma gameleira enorme. Havia, na fachada, alguns bonecos decorativos do Quebra Nozes, que convidavam para as récitas daquela temporada.
            Partimos para a região de Palermo. Estamos no primeiro dia de 2018, com quase todos os atrativos da cidade fechados por causa do feriado. Por isso, rumamos para o Parque 3 de Fevereiro, impressionante área de lazer da cidade. Ali ficam o Rosedal de Palermo e o Jardim Japonês, que estavam fechados. Pudemos caminhar em torno das lagoas, com seus patinhos e barcos de namorados, num ambiente extremamente romântico. A região é belíssima e muito acolhedora.
            Aproveitamos para conhecer o metrô de Buenos Aires, que é um dos mais antigos do mundo – está em operação desde 1913. No entanto, ficamos surpresos com a falta de acessibilidade das estações, sem elevadores ou escadas rolantes para os portadores de deficiência. Conceição, que nos acompanhava nessa viagem, foi obrigada a andar de cadeira de rodas em alguns percursos, por causa de uma dor na região lombar. Por falta de boas condições, as escadas e longas corredores do metrô se tornaram um suplício para ela. Imagine para quem não consegue se locomover!
            No dia 02 de janeiro, último dia de nossa jornada por Buenos Aires, resolvemos nos dividir em dois grupos. Enquanto Wagner e Conceição foram visitar o Cemitério da Recoleta que abriga os túmulos da elite argentina, dentre eles o jazigo eterno de Evita; Vinicius, Regina e eu resolvemos fazer uma caminhada pela Avenida Alvear até o Museu Nacional de Belas Artes.
            O museu tem, em seu acervo, obras marcantes das artes plásticas internacionais, desde a Idade Média a modernistas. Há uma ala inteira de artistas argentinos. Velásquez, Goya, Manet, Tintoretto, dentre outros mestres, estavam na exposição permanente. Duas exposições itinerantes chamaram nossa atenção. A dedicada a Rodin, escultor francês, e a dedicada a Miró, artista espanhol. Esta última, principalmente, nos encantou devido ao número e qualidade das obras. Além disso, cada ala do museu tinha uma cenografia diferenciada por cores e temas, que permitiam maior interatividade com as obras. Saímos de lá extremamente emocionados. O museu tem entrada franca.
            Ali bem perto fica o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires), que também vale a visita. Eu pude conhecê-lo da primeira vez que fui à cidade, em 2004. Há obras de grandes artistas do nosso continente, em especial Frida Khalo, Botero e o Abaporu, de Tarsila do Amaral (que se tornou uma espécie de Mona Lisa daquele espaço).
            Depois de nos encontrarmos na Recoleta para o almoço debaixo de uma árvore imensa, que espraiava seus galhos por toda a praça, rumamos para o Museu Evita, pois nos aguardava uma visita guiada pela história da grande musa argentina. No local, não é permitido o registro fotográfico, mas o museu traz imagens, vídeos, documentos e vestidos de Eva Perón, que se tornou um mito. Nascida pobre, enveredou-se pela carreira de atriz e, ao conhecer o general Juan Domingues Perón, entrou pela política e se tornou a primeira dama da Argentina entre 1945 e 1952, quando faleceu aos 33 anos, vítima de um câncer.
            Volta-e-meia há uma tentativa de governos militares ou da extrema direita (anti-peronistas) de abafar o mito ou tentar fazer com que o povo a esqueça. No entanto, o cinema e os meios de comunicação de massa a colocaram numa posição de grande visibilidade internacional. Por ter se dedicado aos pobres, virou uma espécie de santa para toda uma geração. E para isso contou com um grande projeto de marketing, que explorou sua beleza e seu gosto pelos vestidos sofisticados, que a tornaram uma princesa para os olhos dos humildes. O museu, de maneira bastante técnica, mostra suas facetas, revelando suas qualidades e até apontando alguns de seus defeitos. A visita guiada ao museu custa em torno de 90 pesos argentinos (cerca de R$ 15). Maiores de 60 anos não pagam.
            Encerrando nossa estadia em Buenos Aires, resolvemos jantar na região de Puerto Madero, uma das mais belas da cidade. O clima estava ótimo e uma lua cheia prenunciava uma bela noite. Os antigos prédios do porto, agora transformados em restaurantes e casas noturnas, estavam iluminados e muitos transeuntes circulavam pelo local. Fizemos uma ótima refeição e brindamos esses grandes momentos vividos no Uruguai e na Argentina, nessas duas maravilhosas semanas. Confesso que ficaria uma semana mais em cada cidade, para conhecê-las melhor e usufruir de seus atrativos. Mas, era hora de partir para o Brasil.
            Entre Belo Horizonte e Buenos Aires são quase três horas de avião. Ou seja, uma viagem curta. Acho que deveríamos ter mais contato com os nossos hermanos, a despeito de nossas diferenças de linguagem e as desavenças no futebol. Além dos uruguaios e argentinos, temos todo um continente de belezas que merece ser mais explorado. Espero ter condições para fazer isso um dia, incluindo na minha agenda países como o Equador, Chile, Peru, Colômbia, Bolívia.

            No mais, um feliz ano para todos e até a nossa próxima viagem!

Obelisco

Foto WC


Regina, Vinicius, Conceição e Wagner em frente ao BA

Praça do Teatro Colón

Gameleira



Este visor azul é usado para identificação dos monumentos históricos

Teatro Colón

Entrada do Teatro Colón

Postal

 

Regina e o Quebra-noz

Metrô

Falta de acessibilidade nas estações antigas de Buenos Aires

Detalhe da decoração da estação Plaza Italia


Palermo


Plaza Itália

Monumento dos Espanhóis

Parque de Palermo



Entrada do Rosedal de Palermo

Vista do Rosedal (fechado no dia de nossa visita)

No parque e de Fevereiro, em Palermo (foto de VC)





Estátua O Atleta, em Palermo

Pausa para o café, com Regina, Conceição e Vinicius (foto WC)

Avenida Córdoba


Letreiros dos teatros da Av. Córdoba


Avenida Alvear


Embaixada da França

Regina e Vinicius em frente à Embaixada do Brasil


Embaixada do Vaticano


Hotel Alvear








Praça da região da Recoleta

Museu de Belas Artes










Vinicius e uma tapeçaria do século 17




Observando a obra de Rodin (foto VC)

Com o Miró (foto de VC)

Exposição de Miró

Vinicius e o Miró

Sala temática do Museu





Vinicius e Regina na fachada do Museu

Recoleta



Aguardando o almoço, com Conceição, Regina e Vinicius (foto de WC)

Museu Evita


Vinicius, Regina, Wagner e Conceição na fachada do Museu Evita

Imagem de Eva Perón

Lua Cheia em Puerto Madero









Regina e a Ponte das Mulheres





Conceição, Vinicius, Regina e Wagner no restaurante

No restaurante de Puerto Madero (foto WC)

Um brinde ao Ano Novo! (foto WC)

Os Cosse: Vinicius, Conceição e Wagner


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