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Em frente ao Teatro Colón (foto de WC) |
A maioria das fotos são de Thelmo Lins.
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.
Que cidade linda é Buenos Aires!
Ela respira um ar de sofisticação em suas amplas avenidas, ladeadas de
edifícios com soberba arquitetura e árvores centenárias. Em suas praças,
parques e jardins há muitas esculturas e monumentos elaboradíssimos. Seus museus
são encantadores. Enfim, uma metrópole internacional!
A
viagem ao Sur Hermoso, iniciada no dia 21 de dezembro, chega ao seu último
capítulo, narrando a terceira etapa da estadia na capital argentina. Nessa
etapa, vamos visitar a região do Teatro Colón, o Rosedal de Palermo, a
Recoleta, o Museu Evita e Puerto Madero.
O
primeiro atrativo que visitamos foi o Obelisco da Avenida 9 de Julho esquina
com Avenida Córdoba. O majestoso monumento tem 68 metros de altura. Criado em
1936, ele é o principal símbolo de Buenos Aires. Recentemente foram instalados
no local arbustos que formam as letras B e A, que logo se transformaram no
cenário mais perfeito para uma lembrança entre amigos da capital portenha.
O
Colón, fundado em 1908, é a considerada a mais importante casa de óperas da
América Latina. O espaço cultural, que é inspirado no Scala de Milão, comporta
até 2.487 espectadores em suas poltronas, camarotes e frisas. Desta vez, não
entramos no seu interior nem para uma visita guiada. Os ingressos para o Quebra
Nozes estavam praticamente esgotados quando tentamos compra-los. Mas, em 2004,
quando fui a Buenos Aires pela primeira vez, pude conhecer o teatro e assistir
à ópera A Flauta Mágica, de Mozart. Seu interior é magnífico (como podem
atestar no postal que comprei para ilustrar. Veja nas imagens abaixo).
A
praça onde está localizada o teatro é belíssima, com elegantes edifícios e uma
gameleira enorme. Havia, na fachada, alguns bonecos decorativos do Quebra
Nozes, que convidavam para as récitas daquela temporada.
Partimos
para a região de Palermo. Estamos no primeiro dia de 2018, com quase todos os
atrativos da cidade fechados por causa do feriado. Por isso, rumamos para o
Parque 3 de Fevereiro, impressionante área de lazer da cidade. Ali ficam o
Rosedal de Palermo e o Jardim Japonês, que estavam fechados. Pudemos caminhar
em torno das lagoas, com seus patinhos e barcos de namorados, num ambiente
extremamente romântico. A região é belíssima e muito acolhedora.
Aproveitamos
para conhecer o metrô de Buenos Aires, que é um dos mais antigos do mundo –
está em operação desde 1913. No entanto, ficamos surpresos com a falta de
acessibilidade das estações, sem elevadores ou escadas rolantes para os
portadores de deficiência. Conceição, que nos acompanhava nessa viagem, foi
obrigada a andar de cadeira de rodas em alguns percursos, por causa de uma dor
na região lombar. Por falta de boas condições, as escadas e longas corredores
do metrô se tornaram um suplício para ela. Imagine para quem não consegue se
locomover!
No
dia 02 de janeiro, último dia de nossa jornada por Buenos Aires, resolvemos nos
dividir em dois grupos. Enquanto Wagner e Conceição foram visitar o Cemitério
da Recoleta que abriga os túmulos da elite argentina, dentre eles o jazigo
eterno de Evita; Vinicius, Regina e eu resolvemos fazer uma caminhada pela Avenida
Alvear até o Museu Nacional de Belas Artes.
O
museu tem, em seu acervo, obras marcantes das artes plásticas internacionais,
desde a Idade Média a modernistas. Há uma ala inteira de artistas argentinos. Velásquez,
Goya, Manet, Tintoretto, dentre outros mestres, estavam na exposição
permanente. Duas exposições itinerantes chamaram nossa atenção. A dedicada a
Rodin, escultor francês, e a dedicada a Miró, artista espanhol. Esta última,
principalmente, nos encantou devido ao número e qualidade das obras. Além
disso, cada ala do museu tinha uma cenografia diferenciada por cores e temas,
que permitiam maior interatividade com as obras. Saímos de lá extremamente
emocionados. O museu tem entrada franca.
Ali
bem perto fica o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires), que
também vale a visita. Eu pude conhecê-lo da primeira vez que fui à cidade, em
2004. Há obras de grandes artistas do nosso continente, em especial Frida
Khalo, Botero e o Abaporu, de Tarsila do Amaral (que se tornou uma espécie de
Mona Lisa daquele espaço).
Depois
de nos encontrarmos na Recoleta para o almoço debaixo de uma árvore imensa, que
espraiava seus galhos por toda a praça, rumamos para o Museu Evita, pois nos
aguardava uma visita guiada pela história da grande musa argentina. No local,
não é permitido o registro fotográfico, mas o museu traz imagens, vídeos, documentos
e vestidos de Eva Perón, que se tornou um mito. Nascida pobre, enveredou-se
pela carreira de atriz e, ao conhecer o general Juan Domingues Perón, entrou
pela política e se tornou a primeira dama da Argentina entre 1945 e 1952,
quando faleceu aos 33 anos, vítima de um câncer.
Volta-e-meia
há uma tentativa de governos militares ou da extrema direita (anti-peronistas) de
abafar o mito ou tentar fazer com que o povo a esqueça. No entanto, o cinema e
os meios de comunicação de massa a colocaram numa posição de grande
visibilidade internacional. Por ter se dedicado aos pobres, virou uma espécie
de santa para toda uma geração. E para isso contou com um grande projeto de
marketing, que explorou sua beleza e seu gosto pelos vestidos sofisticados, que
a tornaram uma princesa para os olhos dos humildes. O museu, de maneira
bastante técnica, mostra suas facetas, revelando suas qualidades e até
apontando alguns de seus defeitos. A visita guiada ao museu custa em torno de
90 pesos argentinos (cerca de R$ 15). Maiores de 60 anos não pagam.
Encerrando
nossa estadia em Buenos Aires, resolvemos jantar na região de Puerto Madero,
uma das mais belas da cidade. O clima estava ótimo e uma lua cheia prenunciava
uma bela noite. Os antigos prédios do porto, agora transformados em
restaurantes e casas noturnas, estavam iluminados e muitos transeuntes
circulavam pelo local. Fizemos uma ótima refeição e brindamos esses grandes
momentos vividos no Uruguai e na Argentina, nessas duas maravilhosas semanas.
Confesso que ficaria uma semana mais em cada cidade, para conhecê-las melhor e
usufruir de seus atrativos. Mas, era hora de partir para o Brasil.
Entre
Belo Horizonte e Buenos Aires são quase três horas de avião. Ou seja, uma
viagem curta. Acho que deveríamos ter mais contato com os nossos hermanos, a
despeito de nossas diferenças de linguagem e as desavenças no futebol. Além dos
uruguaios e argentinos, temos todo um continente de belezas que merece ser mais
explorado. Espero ter condições para fazer isso um dia, incluindo na minha
agenda países como o Equador, Chile, Peru, Colômbia, Bolívia.
No
mais, um feliz ano para todos e até a nossa próxima viagem!
Obelisco
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Foto WC |
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Regina, Vinicius, Conceição e Wagner em frente ao BA |
Praça do Teatro Colón
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Gameleira |
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Este visor azul é usado para identificação dos monumentos históricos |
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Teatro Colón |
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Entrada do Teatro Colón |
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Postal |
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Regina e o Quebra-noz |
Metrô
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Falta de acessibilidade nas estações antigas de Buenos Aires |
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Detalhe da decoração da estação Plaza Italia |
Palermo
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Plaza Itália |
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Monumento dos Espanhóis |
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Parque de Palermo |
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Entrada do Rosedal de Palermo |
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Vista do Rosedal (fechado no dia de nossa visita) |
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No parque e de Fevereiro, em Palermo (foto de VC) |
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Estátua O Atleta, em Palermo |
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Pausa para o café, com Regina, Conceição e Vinicius (foto WC) |
Avenida Córdoba
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Letreiros dos teatros da Av. Córdoba |
Avenida Alvear
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Embaixada da França |
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Regina e Vinicius em frente à Embaixada do Brasil |
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Embaixada do Vaticano |
Hotel Alvear
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Praça da região da Recoleta |
Museu de Belas Artes
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Vinicius e uma tapeçaria do século 17 |
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Observando a obra de Rodin (foto VC) |
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Com o Miró (foto de VC) |
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Exposição de Miró |
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Vinicius e o Miró |
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Sala temática do Museu |
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Vinicius e Regina na fachada do Museu |
Recoleta
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Aguardando o almoço, com Conceição, Regina e Vinicius (foto de WC) |
Museu Evita
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Vinicius, Regina, Wagner e Conceição na fachada do Museu Evita |
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Imagem de Eva Perón |
Lua Cheia em Puerto Madero
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Regina e a Ponte das Mulheres |
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Conceição, Vinicius, Regina e Wagner no restaurante |
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No restaurante de Puerto Madero (foto WC) |
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Um brinde ao Ano Novo! (foto WC) |
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Os Cosse: Vinicius, Conceição e Wagner |