Descobertas do Thelmo: Thelmo Lins na Etiópia

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Etiópia: o show de dança e a nova era para o turismo

Thelmo, Samrawit e Wagner: aposta no turismo da Etiópia

O último dia em Addis Ababa, capital da Etiópia, foi dedicado a um show de dança que assistimos num belíssimo salão da cidade. No local, pudemos também escutar a música tradicional do país, interpretada por vários cantores e instrumentistas. Pudemos, também, saborear os pratos típicos locais, inclusive a injera.

Vale a pena ressaltar alguns hábitos comuns nas refeições etíopes, que foram reproduzidos neste salão. Um rapaz de vestes brancas trazia uma vasilha com água quente, sabão líquido e uma bandeja, para que pudéssemos lavar as mãos. Ao lado dele, uma mulher vestida com trajes típicos, portada duas bandejas com toalhas para enxugar as mãos. Um ritual muito sofisticado e bonito, que nos remeteu à Turquia.

Mais tarde, no serviço do café, repetiu-se outro ritual. Desta vez, eles também trouxeram vasilhas com pipocas, muito comuns para se saborear com o café. Engraçado, não?

O show de dança foi muito bonito, mas o momento mais especial foi quando um bailarino me convidou para subir ao palco e eu, imediatamente, passei a bola para o Wagner Cosse, meu companheiro nesta viagem, que é bailarino e diretor artístico do Grupo Aruanda. Ou seja, ninguém melhor para acompanha-los. Não é que o Wagner subiu, conseguiu fazer os passos e, além disso, deu um show fantástico em cima do palco, deixando público e artistas embasbacados? Nosso guia, Asafa, ficou impressionadíssimo. Não sabia que Wagner dançava tão bem. No final do show, uma senhora canadense veio elogiá-lo e pedir informações.

Despedimo-nos da Etiópia com o coração partido, pois ficamos muito emocionados com o país. Um povo magnífico, lugares fantásticos, um longo caminho para suplantar as dificuldades, como pobreza, falta de estrutura urbana, trabalho e saúde para todos. Mas aqueles sorrisos que são estampados em cada rosto, até mesmo nos humildes que pedem esmolas nos sinais de trânsito, nos encantaram.

O novo aeroporto da cidade, de grande beleza arquitetônica, pode anunciar a nova era. Esperamos que Samrawit Moges, diretora da Travel Ethiopia, agência que nos atendeu no país, esteja certa e consiga, nos próximos anos, reverter a realidade do turismo. Ele pode ser a grande fonte de sobrevivência desse povo e o passo inicial para uma nova era. Deixamos com Samrawit uma bandeira do Brasil e o nosso voto de confiança, além do desejo de querermos ser sempre embaixadores da boa nova na Etiópia.

Viva!