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Thelmo Lins na varanda de um dos casarões da Rua do Rosário |
Clique aqui e assista ao video na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=0FIsMMPTAj0
Foto e
imagens de Thelmo Lins e Fábio Antunes
Itabirito é
a cidade onde eu nasci. Por isso, a escolhi para a criação do primeiro vídeo de
viagens do projeto Descobertas do Thelmo. Trata-se do trabalho final
desenvolvido para o curso de Produção e Edição de Vídeo Sesiminas/Studio 3,
realizado em Belo Horizonte, capital mineira, em setembro de 2018. O projeto
foi desenvolvido em parceria com Fábio Antunes, que também foi responsável pela
codireção e pela coedição do material.
A proposta deste vídeo é tratar do tão pouco conhecido Centro
Histórico da de Itabirito, cidade que fica a meio caminho entre Belo Horizonte
(55 quilômetros) e Ouro Preto (40 quilômetros), na região central de Minas
Gerais.
O núcleo urbano começou no século
18. A matriz da Boa Viagem, a mais antiga do município, foi construída entre
1710 e 1720. Ela traz características do Barroco e do Rococó. No teto, uma rara
pintura da Ave Maria.
No entorno da igreja, estão os mais
antigos casarões da cidade e a sua parte histórica. Um pouco acima, onde
antigamente era a Rua Direita, está a Igreja do Rosário. É a única da cidade
tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Embora tenha passado por
várias restaurações, a igreja mantém sua beleza. Seu adro é o único que restou,
atestando como eram edificados os templos da cidade.
Fechando o conjunto histórico, está
a Igreja do Bom Jesus do Matozinhos, de 1765, no bairro de mesmo nome. Embora
bem pequena, é muito encantadora. Graças, principalmente, à sua pintura
extraordinária, onde até os anjinhos se vestem como se estivessem na corte
francesa daquela época.
Foi a descoberta do ouro que
proporcionou tanto luxo para a antiga Itabira do Campo, como Itabirito era chamada
antes de sua emancipação, em 1923. Mas sua principal mina desabou em 1844,
deixando a população com sérios problemas econômicos e sociais. Vestígios do
antigo local que abrigava a mina hoje fazem parte da Estação Ecológica de
Aredes, projeto museológico patrocinado por uma empresa mineradora.
O ciclo econômico de Itabirito só
mudou no final do século 19, com a implantação da malha ferroviária. A estação,
de 1888, ainda está de pé e é um dos pontos mais interessantes da cidade. Ao
seu redor há uma praça e alguns equipamentos culturais, como a biblioteca
municipal. Pretende se instalar ali um museu dedicado ao ex-jogador e técnico
da Seleção Brasileira, Telê Santana, seu filho mais ilustre.
Os trilhos não existem mais. Por uma
infeliz (na minha opinião) decisão da administração municipal, eles foram
arrancados para a construção de uma avenida.
O ponto principal da virada
econômica de Itabirito foi a fundação da Usina Esperança, de 1889, que continua
ativa. Um dos primeiros fornos siderúrgicos da América Latina ainda está lá, mas
funciona apenas como um monumento.
As belas montanhas que integram o
município podem ser avistadas do Alto do Cristo, o principal mirante da cidade.
Ali se contempla uma boa parte do território itabiritense e nota-se seu
acelerado crescimento, muitas vezes desordenado.
Itabirito tem muitos hotéis e
pousadas. Inclusive um spa. É possível encontrar seus endereços no site da
Prefeitura Municipal. Para quem mora na região, talvez o melhor seja passar um
fim de semana, podendo apreciar tanto os aspectos históricos quanto naturais.
Há também belos distritos, que falaremos numa próxima ocasião.
Espero que tenham gostado desta
dica. Visitem o blog www.descobertasdothelmo.blogspot.com.br
e acompanhem minhas viagens ao redor do mundo.
Grande abraço!