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Pôr-do-sol em Colônia del Sacramento (*) |
A maioria das fotos são de Thelmo Lins.
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.
O
terceiro ponto turístico mais importante do Uruguai é Colônia del Sacramento.
Ela fica a 180 km de Montevideo, ligadas uma rodovia duplicada, em ótimo estado
de conservação e paisagens incríveis. De Buenos Aires, capital da Argentina, a Colônia
basta atravessar o Rio da Prata. São 100 km de distância, realizados em uma
hora e meia aproximadamente, nos confortáveis barcos disponíveis na região.
Por
se tratar de uma cidade histórica, tombada como Patrimônio Mundial pela Unesco,
Colônia tem marcas do seu passado no casario preservado na área central. Ela ostenta o título de mais antiga cidade do Uruguai, fundada por espanhois e portugueses, que brigavam pela autonomia do disputado porto do Rio da Prata. Aquelas ruazinhas com calçamento de pedra também estão presentes, assim como as
charmosas vielas típicas desse tipo de aglomerado urbano. Sem esquecer os
lampiões com a iluminação sépia que deixam as atmosfera mais romântica.
Não
esperem uma Ouro Preto, uma Diamantina ou uma Tiradentes, para falar de três
exemplos mineiros de patrimônio histórico tombados pela Unesco. Ali não existe
o ouro nas igrejas e nem o imponente casario das Gerais. Pelo contrário, as
casas são simples, algumas feitas de pedra. O museu Casa Nacarello, na Plaza
Mayor, que reproduz uma residência do século 18, é de uma simplicidade
chocante. O museu Municipal, ao lado, já é um pouco mais elaborado. Mas não
chegam à sofisticação do Museu de Artes e Ofícios (em Belo Horizonte) ou do
Museu da Inconfidência, na antiga Vila Rica.
Caminhar
descansadamente pelas ruas de Colônia, tomando um sorvete, fotografando ou contemplando
a paisagem, é o bastante. Ali há também o farol, que podemos subir e de onde se
avistam belas paisagens, principalmente a imensidão do Rio da Prata. Há o
famoso pôr-do-sol, que se constitui em um programa obrigatório para todos os
fins de tarde. Nadar nas praias fluviais também são um alívio para o calor e uma
bênção para a renovação das energias.
No
intuito de conhecer melhor a região (além do pequeno centro histórico, a cidade
se abre para uma parte mais moderna, onde estão as principais praias), alugamos
um carrinho motorizado, que lembra aqueles usados pelos jogadores de golfe. Com
ele percorremos as ruazinhas e seguimos até a Praça de Touros, a 8 km do
centro. O aluguel por 24 horas custa 70 dólares.
Em
Colônia há várias galerias de arte, em especial na Calle de los Suspiros (Rua
dos Suspiros), com obras e artesanatos incríveis. Como acontece em nossas
cidades históricas, as casas antigas vão se abrindo em um sem número de cômodos
até chegar a um pátio (ou quintal) com árvores e plantas. Colônia é muito
arborizada e os plátanos dominam a paisagem por lá, formando verdadeiros corredores
verdes, a exemplo do que vimos na capital uruguaia.
Almoçar
no coloridíssimo restaurante El Drugstore, em frente à igreja matriz, é outro
bom programa. Além de sua decoração interna, muito vibrante, na parte externa
estão dois calhambeques dos anos 20. Em um deles, foi colocada uma mesa; e o
outro foi transformado em um grande vaso para plantas e flores. Eles viraram
atração turística local e viraram o foco preferido dos fotógrafos amadores e
profissionais.
Para
os meus companheiros de viagem, Conceição, Regina, Vinicius e Wagner, houve
outra atração, que eu dispensei. Eles encararam uma paella uruguaia que,
segundo eles, estava deliciosa. Como eu não posso comer frutos do mar, fiquei
fora desta. Preferi tomar uma Patrícia (cerveja uruguaia) acompanhada pela famosas
empanadas.
Antes
de terminar este texto, que marca minha visita ao Uruguai, gostaria falar sobre
alguns viajantes que conhecemos nesse país. Um deles é o casal de paulistanos
Adriana e Élio, com quem passamos o Natal. Eles vivem em Brodósqui, interior de
São Paulo, de onde saíram para ir até o Uruguai de moto. Percorreram cerca 2.700
km, passando pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No
Uruguai, visitaram Cabo Polonio, Punta del Este até chegar a Montevideo, onde
nos conhecemos. Voltariam por Colônia, margeando o Rio Uruguai até alcançarem o
Brasil. Uma jornada e tanto!
Mais
espetacular ainda é a aventura de outro casal, desta vez de argentinos, que
conheci em Colônia. Eles saíram de Buenos Aires, de moto, tendo com o destino
final Porto de Galinhas, em Pernambuco. Ou seja, 4.700 km só de ida. Haja
coragem! Lembrei-me do nosso Brasil Profundo, realizado em dezembro de 2016 e
janeiro de 2017, em que Wagner e eu percorremos 8.700 km por vários estados
brasileiros de carro. Ah, que saudade!
Bom,
hora de descansar um pouco, pois nos próximos dias voltarei à Buenos Aires,
cidade que conheci em 2004 e que, 13 anos depois, retorno para apresenta-la aos
meus amigos. O Uruguai se mostrou muito generoso conosco. Seu povo é alegre,
receptivo e bastante educado. Amor à primeira vista.
Hasta
luego!
(*) A foto em que apareço à frente do pôr-do-sol em Colônia, foi tirada pela filha de um casal de gaúchos que estavam visitando a cidade. Eu havia anotado os seus nomes, mas por infelicidade, acabei perdendo o papel. Mas tive com eles alguns momentos bastante agradáveis, em que discutimos política, cultura e, principalmente, o amor que temos pelo Brasil. Deixo aqui este registro, no intuito de um dia poder encontrá-los novamente.
Ruas arborizadas
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Rio da Prata |
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Barca do Buquebus atravessando o rio entre Colônia e Buenos Aires |
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Farol de Colônia |
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Colônia vista do Farol (128 degraus) |
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Rio da Prata visto do Farol |
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Igreja Matriz vista do Farol |
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Do alto do Farol |
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Galeria da Calle dos Suspiros |
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Calhambeques que se transformaram em vasos e mesas de bar |
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Vinicius e o calhambeque que virou vaso de plantas |
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Wagner no calhambeque-mesa |
Pôr-do-sol
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A cerveja uruguaia e a empanada |
Galeria de Arte
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Pátio externo da Galeria de Arte |
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Porta da Cidade Antiga |
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Restaurante Drugstore |
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Paella uruguaia |
Museu Municipal
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Artista de rua |
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Carrinho de golfe utilizado para passear pela cidade |
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Plaza de Toros |
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Regina e Wagner no Rio da Prata |
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Pôr-do-sol no Rio da Prata |
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Wagner |
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Regina |
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Wagner |
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Thelmo
Colônia à noite
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