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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Sur Hermoso 5 – Buenos Aires, primeira parte

Com Regina, Vinicius, Conceição em frente ao Café Tortoni (foto de WC)
A maioria das fotos são de Thelmo Lins. 
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.

            Do dia 28 de dezembro de 2017 a 03 de janeiro de 2018, estive em Buenos Aires, capital de Argentina, com um grupo de amigos formado por por três membros da família Cosse – Conceição e seus dois filhos Vinicius e Wagner – e Regina Paulino. É a segunda vez que visito a cidade portenha. A primeira vez aconteceu em 2004.
            Desta vez, voltei a vários lugares que já havia visitado, para poder apresentá-los aos meus companheiros de viagem, e me propus a conhecer outros locais. Para facilitar a leitura, divido o tema em três postagens. Nesta primeira, o assunto vai girar em torno da Avenida e da Praça de Mayo e seus arredores, da Rua Florida e do concerto que assistimos no Parque Centenário.
            Na segunda postagem, abordarei o passeio pelo Bus Turístico, Caminito, a Flor de Metal, a Feira de San Telmo e o show de Reveillon no Señor Tango.
            Por fim, descreverei minha experiência na Avenida 9 de Julho, nas cercanias do Teatro Colón, Recoleta e no Museu Evita. Espero que apreciem.

            Nesta viagem, fomos ao céu e ao inferno em relação aos humores dos portenhos. Já viu garçom mal humorado, que nem olha para sua cara? Motorista de taxi que quer lhe ver pelas costas? Atendentes estúpidos? Pois assim fomos tratados no primeiro dia em que estivemos em Buenos Aires (21 de dezembro), antes de visitarmos o Uruguai. Diferentemente os brasileiros, os argentinos são menos efusivos e menos calorosos.
            Já estávamos pensando em como reagiríamos se isso continuasse na temporada de 28 de dezembro a 03 de janeiro. Felizmente, as pessoas mudaram, os gênios mudaram e as caras fechadas se abriram em sorrisos. Acho que o grande número de conterrâneos que estão visitando a cidade (e até salvando o turismo local) estão deixando os corações portenhos mais amolecidos.
            A chegada a Buenos Aires foi tumultuada. Nosso hotel (Mundial, duas estrelas) fica na Avenida de Mayo, perto da Congresso Nacional. Chegamos à cidade no horário do almoço, quando um ônibus explodia em chamas e deixava o trânsito completamente congestionado. Pensamos logo que pudesse ser algum atentado político, mas não passou de defeito mecânico. Ainda assim, assustador.
            Nas ruas, em especial próximo ao nosso hotel, que ficava na região do Congresso, havia muitos cartazes e até um grafite com imagens contra o atual presidente argentino, o direitista Mauricio Macri. Fuera Macri! era um bordão tão comum quanto o nosso Fora Temer! Em um determinado desenho, a figura do presidente aparecia como uma marionete comandada pela grande água norte-americana. Chegamos a presenciar uma pequena manifestação em pleno sábado à noite!
            Voltando ao nosso passeio, tiramos a primeira tarde para caminhar pela Avenida de Mayo. De forte influência espanhola, sua arquitetura é marcada por palacetes dos idos do século 19 ao início do século 20. De uma extremidade, como já citei, está o Congresso. Da outra, a Casa Rosada, perfazendo um trecho de aproximadamente dois quilômetros.
            No meio deste caminho, há o belo Palácio Barolo (do mesmo arquiteto do Palácio Salvo, de Montevideo), uma infinidade de cafés (inclusive o emblemático Tortoni), hotéis, livrarias e casas comerciais diversas. Entre o ponto em que estávamos hospedados até a Praça de Mayo, tivemos que atravessar as 12 pistas da Avenida 9 de Julho, a principal artéria de Buenos Aires. A avenida é belíssima, com muita arborização, praças, jardins e esculturas.
            O calor nos surpreendeu em Buenos Aires, com temperaturas que atingiam 33 graus (no dia seguinte, teríamos 37 graus. Segundo informações locais, seria o dia mais quente do verão.) Por isso, tivemos que caminhar com mais tranquilidade, tomando muita água, para não sucumbirmos à alta temperatura. Felizmente, em boa parte do trajeto havia os queridos plátanos para nos proporcionar as suas sombras refrescantes.
            Na Praça de Mayo estão alguns dos principais prédios da cidade. Além da Casa Rosada, que funciona como a sede da Presidência da República, ali estão o Cabildo (antiga casa dos governadores), a Catedral Metropolitana, a sede do Banco de La Nacion e outros edifícios emblemáticos. O local passa por uma reforma completa, e não pudemos ver desta vez os seus belos jardins.
            É nessa praça que as mães e, posteriormente, avós de Mayo se reúnem para lembra os desaparecidos dos golpes e ditaduras militares que assolaram o país (foram nove, somente no século 20). O símbolo das mulheres é um lenço de cabeça.
            A Casa Rosada pode ser visitada. E há também um museu nas redondezas. A visita ao prédio presidencial deve ser marcada com antecedência, pela internet. O outro museu, mais histórico, é aberto ao público. Como Wagner e eu já conhecíamos os acervos e o restante da turma não se interessou em fazer a visita, resolvemos continuar a caminhada.
            A visita à Catedral Metropolitana tem vários objetivos. Um deles, é abrigar do forte calor. O segundo é conhecer seu interior, com uma requintada decoração. Por fim, entrar no local onde o  cardeal Jorge Mario Bergoglio celebrava as missas antes de se tornar o Papa Francisco, um dos grandes orgulhos da Nação argentina. Na igreja também está a imagem da Virgem de Luján, a padroeira da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, e túmulo de San Martin, libertador do país. Tivemos até o prazer de ver a troca da guarda quando estávamos no interior do templo.
            Depois desse entreato religioso, fomos em direção da Rua Florida, uma das principais ruas de compras de Buenos Aires, totalmente dedicada aos pedestres. Almoçamos em um simpático restaurante local, servido por uma família supersimpática e nos dirigimos em seguida para a Galeria Pacífico, um dos shoppings mais bonitos da cidade. Como era de se esperar, ele estava enfeitado para as festividades de Natal. Aliás, havia poucos lugares públicos enfeitados na capital portenha, diferentemente do festival de luzes que conhecemos no Brasil. Portanto, nas galerias, shoppings e lojas era onde podíamos apreciar esse tipo de decoração. Notamos também que os enfeites eram “terceirizados”, uma vez que uma marca de perfume aparecia em quase todos os objetos.
            O dia – tão repleto de programações – terminou de forma lúdica e emocionante. Lemos no Clarín (jornal portenho) que haveria um concerto gratuito, no Parque Centenário, com três tenores e a banda sinfônica de Buenos Aires. E para lá fomos. O evento aconteceu numa espécie de concha acústica. O repertório era deslumbrante, com ária de Puccini e outros compositores eruditos, e temas de Gardel e Piazzola (inclusive o Adios, Nonino, uma de minhas canções favoritas). Quer mais? Saímos de lá quase flutuando de felicidade. 
          É bom ressaltar que os preços em Buenos Aires estavam menos salgados do que os de Montevideo. Assim, o dinheiro na capital argentina parece render mais do que no Uruguai. Felizmente, para nós! Enfim, era hora de descansar, pois Buenos Aires ainda teria muito para nos revelar. Até a próxima postagem!

 Fuera Macri!



Regina e Vinicius chegando a Buenos Aires por meio da estação do Buquebus (companhia de barcos)

Conceição exibe a nota de 100 pesos, que homenageia Evita.
Na ocasião em que estivemos em Buenos Aires, um real valia R$ 5,79 pesos
Incêndio do ônibus perto de nosso hotel

 Avenida de Mayo e cercanias


Edifício Barolo


Fonte da Av. 9 de Julho, com Vinicius, Wagner, Conceição e Regina



Fachada do Café Tortoni

Regina, que é bibiotecária, se emociona com um sebo em BA





Fachada da Catedral Metropolitana



Casa Rosada


A City (região bancária de BA) vista da Praça de Mayo

Cabildo

 Catedral Metropolitana

Troca de guardas do túmulo de San Martin



Virgem de Luján





Rua Florida e Galerias Pacífico




Galerias Pacífico















Regina, Conceição e eu nos corredores da Galeria Pacífico (foto de WC)


Confeitaria próxima do nosso hotel

As famosas medialunas (croissant)

 Concerto no parque






A turma reunida para comemorar a viagem

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