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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Sur Hermoso 2 – Montevideo

No museu Torres García, em Montevideo 

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A maioria das fotos são de Thelmo Lins. 
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.


Sempre quis conhecer o Uruguai. As notícias desta pequena nação, com cerca de 3,3 milhões de habitantes, eram boas tanto na questão política quanto nos direitos humanos. Além da reconhecida ação internacional para minimizar o tráfico de drogas, a partir da comercialização da maconha, e da união estável de pessoas do mesmo sexo. De todos os nossos vizinhos latino-americanos, o Uruguai sempre foi o mais avançado.
            E Montevideo não foge à regra.
É considerada a capital sul americana com melhor qualidade de vida. E isto pode ser visto nas suas ruas e avenidas limpas e bem cuidadas, na grande quantidade de arborização e de parques, na beleza de suas praias fluviais e na preservação do patrimônio histórico.
            Para quem tem boa disposição, é agradável caminhar por suas ruas, observando a imponente arquitetura, com exemplares maravilhosos do início do século 20. Ou mesmo, na Cidade Velha, observar a raiz da colonização local.
Com cerca de 1,8 milhões de habitantes, a capital concentra cerca de 60% da população do país e é muito bem servida de serviços básicos de educação, saúde e comércio. Fica a três horas de voo de São Paulo e quarenta minutos de Buenos Aires. Ou seja, no centro do que chamamos de Mercosul.
Nossos passeios por Montevideo (com os meus companheiros de viagem Conceição, Regina, Vinicius e Wagner) começou com uma caminhada pela Avenida 18 de Julho, a principal de Montevideo. Ela tem várias praças e monumentos, em que se destacam elegantes edifícios do início do século 20, como o Palácio Salvo, o mais emblemático da cidade. Naquela região também se encontram o Teatro Solis e a Porta da Cidadela, que se abre para a Cidade Velha.
No segundo dia da viagem, pegamos o Bus Turístico para termos uma noção mais ampla do território. Com suas paradas estratégicas e uma narração em português, pudemos conhecer melhor a cidade e escolher, dentre suas inúmeras atrações, aquelas que mais nos agradariam. Uma das paradas foi a Cidade Velha, nas proximidades do Mercado do Puerto, local onde se concentram alguns dos principais restaurantes de parrilladas, especializado nas famosas carnes uruguaias.
É bom esclarecer que o churrasco uruguaio não vem com aquele tempero que conhecemos no Brasil. Quase sempre foi preciso adicionar sal, embora haja uma campanha forte no país pela redução do sódio na alimentação dos uruguaios. Outra observação importante é quanto ao tamanho das porções. Pratos individuais servem com folga duas ou três pessoas. Certo dia, pedimos lanches e as porções vieram tão enormes, que caímos na gargalhada. E mais: as batatas (papas) fritas são muito comuns na dieta deles (como o arroz com feijão para os brasileiros). Ao fim de dois dias, já estávamos enjoados desta iguaria.
Experimentamos, também, a empanada no Mercado do Puerto, que é uma das mais concorridas da cidade. É preciso pegar uma senha para ter acesso ao salgado.
Achamos, também, que a comida no Uruguai é cara para os nossos padrões cotidianos brasileiros. Talvez, em restaurantes menos turísticos, ela tenha um preço melhor. Mas os próprios moradores reclamam deste custo na cesta básica.
Depois do Mercado do Puerto, conhecemos um pouco da Cidade Velha. Optei por caminhar a pé pelas ruas, quase todas exclusivas para pedestres. Por ali também há o Mercado dos Artesanos, com ótimas opções de compras.
A caminhada nos levou novamente à Praça da Independência, onde estão o já citado Palácio Salvo e os gabinetes da presidência da República. Antes de chegar ao local, conhecemos a catedral metropolitana, o Museu Torres Garcia (dedicado ao mais importante pintor moderno uruguaio, já falecido) e a belíssima livraria Puro Verso.
Dali ao nosso hotel, a caminhada não levava mais do que alguns minutos. Assim, pudemos caminhar novamente pela 18 de Julho, onde conhecemos a Fonte dos Cadeados (onde os casais tentam “amarrar” suas relações), a estátua de Carlos Gardel (que foi criado no Uruguai) e as belas lojas enfeitadas para o Natal. Por ali, também, muitos cafés e praças, com casais dançando tango ao ar livre.
Nas cercanias da Intendência Municipal, perto de onde estávamos hospedados (Hotel Klee), havia uma feirinha de artesanato e uma sorveteria deliciosa. Outro atrativo é uma reprodução, em bronze, do David, de Miguelângelo, nas proporções originais.
O passeio pelo Bus Turístico nos permitiu conhecer as praias de Montevideo, banhada pelo Rio da Prata. Os bairros de Pocitos e Carrasco são belíssimos, com construções elegantes. Lá vivem os ricos. Em Carrasco, está o cassino-hotel, que é um dos mais elegantes do país.  Em Pocitos, pudemos observar o pôr-do-sol perto do emblemático letreiro de Montevideo, com direito a uma brisa deliciosa que vinha do rio-oceano.
Nos dias em que estivemos em Montevideo, ainda visitamos a Feira de Tristán Narvaja, com ofertas de todo tipo de mercadoria: de antiguidades a verduras e roupas. Ela acontece no domingo e é lotada de gente. É aconselhável ir lá na parte da manhã, quando o movimento é menos intenso.  Dali fomos conhecer o palácio da Assembleia Legislativa, um edifício impressionante, localizado numa praça arborizada e muito agradável, e o Mercado Agrícola, com lojinhas e restaurantes muito legais. O prédio, por si, já é um atrativo. Trata-se de uma construção em metal, datada de 1905, que foi um presente da Bélgica para os moradores da capital.
Havia, ainda, outro mercado na cidade. E ficava em frente ao nosso hotel, na Rua San José: o da Abundância. Fomos lá para jantar um dia. Há, no local, uma pista de dança, onde dançarinos de tango vão se divertir. O local, apesar de belo, está um pouco descuidado. O prédio, também de ferro, data de 1904.
A estadia em Montevideo ainda rendeu uma ida à casa de shows El Milongón, com apresentações de tango, candombe, danças folclóricas e atrações musicais. O candombe é o ritmo do Carnaval uruguaio, que é o mais longo do mundo: dura 40 dias. Embora haja poucos negros nas ruas de Montevideo, o ritmo mais contagiante do país foi criado a partir das influências africanas. Embora não tenha o vigor do carnaval brasileiro, a batida (ou batidas, pois são muitas variações) é deliciosa.
Foi em Montevideo que passamos o Natal. No hotel, conhecemos um casal de brasileiros -
Adriana e Élio – que estavam fazendo uma grande aventura: viajavam de moto desde Brodosqui (SP), cumprindo uma jornada de mais de três mil quilômetros ida e volta. Como estávamos em cinco e não tínhamos nenhum planejamento para o dia 25 de dezembro, resolvemos nos juntar e fazer uma comemoração própria. Com o apoio da equipe do hotel, que nos emprestou o local e os acessórios da copa (pratos, copos, abridores de garrafas e vinho, dentre outros), fizemos um Natal uruguaio, somente com produtos da terra, como queijos, vinhos e outras comidinhas, compradas em um supermercado próximo ao hotel. Para brindar, não esquecemos da bebida mais famosa do país: o medio y medio, que é uma mistura de espumante com vinho branco). Na sobremesa, doce de leite e alfajores.
Três dias não são suficientes para conhecer melhor a capital uruguaia. Gostaria de ter ficado, pelo menos, uma semana. Há belíssimos parques, que só vimos de passagem. Avenidas ladeadas de palmeiras, casas e edifícios encantadores, com jardins recheados de hortênsias. Havia, também, muitos plátanos, no auge de sua floração. Montevideo é daquelas cidades em que se tem vontade de morar, devido aos seus inúmeros atrativos e sua tranquilidade, conseguindo ser ao mesmo tempo uma metrópole vibrante.

Mas, infelizmente, não seria possível permanecer na cidade. O que resta é a vontade de voltar a ela novamente, para poder curtir um pouco mais de seus atrativos.

Vista da cidade

Avenida 18 de Julho





















Praça da Independência









Edifício Salvo e porta da Cidadela

Conceição, Wagner e Regina na Praça da Independência


Teatro Solis






Detalhe da Porta da Cidadela

Livraria Puro Verso





Praças e parques da cidade





Sede do Mercosul

Wagner, Regina, Conceição e Vinícius em frente ao Bus Turístico

Cidade Velha


Praça do Mercado do Puerto


Mercado dos Artesanos





Mercado do Puerto

Na parrillada

Ramblas de Montevideo

Monumento (foto de VC)

Praça da Matriz




Museu Torres García








Tango na Rua 18 de Julho

Estátua de Carlos Gardel

Wagner e a fonte dos cadeados

Wagner e o David de Miguelângelo em bronze

El Milongón








Vinicius, Regina, Conceição e Wagner: amigos se divertindo

Porções gigantescas


Wagner

Vinicius

Regina

Thelmo e sanduíche descrito no cardápio como light

Feira de Tristán Narvaja





Assembleia Legislativa





Construção contemporânea

Mercado Agrícola
Hotel Sofitel Carrasco
Regina e Vinicius em frente ao hotel-cassino Carrasco

Praia de Carrasco

Wagner, eu, Regina e Vinicius na praia de Carrasco (ao fundo, o Rio da Prata)

Hotel-cassino Carrasco

Hortênsias adornavam casas e parques de Montevideo

Em frente ao símbolo da cidade, em Pocitos (foto de WC)

Natal entre amigos, com produtos uruguaios. Da direita para esquerda:
Thelmo, Regina, Vinicius, Conceição, Élio, Adriana e Wagner


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