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sábado, 12 de julho de 2014

Chateado em uma Cancun ensolarada e cheia de atrativos

Uma das praias de Cancun, vista do hotel onde me hospedei


Estar em Cancún é um sonho de muitas pessoas, principalmente famílias e casais em lua de mel. Para mim, confesso, poderia ser uma parte eliminada no roteiro da viagem. Foi uma parada obrigatória, entre o final de nosso tour pelo México e o início da viagem a Cuba. Ou seja, cinco dias na Riviera Maia.
Para não parecer tão antipático da minha parte, vou logo explicando as minhas razões. Não é que o local seja feio. Muito pelo contrário, na frente do hotel onde me hospedei, havia uma belíssima praia, com águas que iam do azulado ao verde escuro, como é típico do Caribe. O hotel, por sua vez, tem uma ótima estrutura, com uma bela decoração. Duas piscinas compõem o cenário tropical e idílico. Os dias estão lindos, ensolarados, muito quentes. À noite, há muita movimentação nas ruas, bares e restaurantes, principalmente de jovens.
Por que, então, um chato como eu acharia Cancún ruim? Como uma minoria, confesso, tenho muita preguiça desse ambiente que lembra Miami e a Flórida, com uma atmosfera nitidamente norte-americana. Não sou anti-americano, mas tudo em Cancún parece ser artificial, produzido pelo homem, com pouca ou nenhuma identidade com o passado ou com a cultura mexicana. E isso está impregnado na comida, no estilo de atendimento dos hotéis, no público que frequenta os locais. Fazer compra é mais importante do que a beleza do mar. Shoppings gigantescos, com inúmeras lojas, suplantam a tradição e a naturalidade.
Além disso, aqui os preços subiram. Suvenires que comprávamos a 30 ou 40 pesos no interior do México, ali valiam 120 ou 150 pesos. E tudo, para minha maior antipatia, é cobrado em dólar, como se não estivéssemos em território mexicano. Muitos hotéis são administrados por grandes redes norte-americanas, que assim impõem o seu estilo econômico e administrativo. Ou seja, não me sinto no México. Pelo menos, não naquele México lindo e admirável que vivi durante os primeiros 12 dias de viagem.
Enfim, aproveitei os dias para descansar e renovar minhas energias antes de iniciar a nova etapa da viagem, em Cuba. Ou seja, zerar o cronômetro para entrar em outra contagem.
Dos dias em Cancún, além da presença dos amigos brasileiros que fizemos na viagem (Conceição, Roberto, Rosa e Luciana), ficou o delicioso passeio no parque de XCaret. Um local que realmente vale a pena visitar, pela quantidade de atrações, numa mistura de zoológico, sítio arqueológico e parque de diversões. Das atrações, a principal foi o show noturno, com duas horas de duração, contando a história e representando as principais manifestações artísticas e folclóricas do México. Uma produção de tirar o fôlego, que valeu essa permanência na região.
Foi também uma boa surpresa o mercado de artesanato na área central de Cancún, menos turística, com artigos produzidos pela população local. Não resisti e comprei algumas camisas numa loja fantásticas de guayameras, típicas camisas cubanas.


Agora, vamos nos preparar para Cuba! Olé!

Com os amigos brasileiros Roberto, Luciana, Rosa, Wagner e Conceição

Mapa do México, em XCaret

Reprodução de ambiente de um fazenda colonial mexicana, em XCaret

Voladores se preparando para o voo

Voladores em XCaret

Músicos voladores

Com os voladores, em XCaret

Cor do mar em Cancún

Bailarino reproduz ritual maia, em XCaret

Show de XCaret

Superprodução conta a história do México

Gran finale do show

Lojinha no mercado central de Cancún

Vista de uma ala do mercado em Cancún

domingo, 22 de junho de 2014

Entre cidades belíssimas, um cânion de tirar o fôlego e manifestações nas estradas

A catedral de San Cristóbal de las Casas


Estamos viajando pelo México, numa viagem de 18 dias. E, boa parte dela, está sendo feita de ônibus, em entradas diversas, algumas bem retas e largas e, outras, mais estreitas e cheias de curvas. Numa delas, em aproximadamente 100 quilômetros, tivemos que suplantar cerca de 200 quebra-molas. Um porre!
Passamos também por uma situação bastante inusitada em uma dessas vias, por causa de um bloqueio de um grupo de motociclistas. Por falta de uma documentação requisitada pelas autoridades, as motos foram apreendidas pelo governo. A falta de negociação e a demora em dar um retorno aos prejudicados, quem sofreu fomos nós e mais de uma centena de carros, ônibus e caminhões que ficaram presos na rodovia por quase três horas. O inusitado da situação, uma vez que nos acostumamos a ver manifestações dessa natureza no Brasil, foi o fato de irmos - quase todo o grupo que estava no nosso ônibus - ao local da paralisação. Fizemos contato com os manifestantes, rimos, brincamos e (alguns de nós) participamos de uma fotografia, portando pedaços de madeira e facões. Foi, com certeza, surrealista. Wagner, usando uma camisa da seleção brasileira de futebol, foi o alvo principal da simpatia dos manifestantes. Para sorte da diplomacia internacional, o Brasil e o México haviam empatado, sem gols, no jogo da Copa do Mundo que acontecera naquele dia. Acredito até que os bloqueadores da estrada aceitariam uma trégua se Wagner os presenciasse com a camisa canarinha.
Refeitos da interrupção, chegamos ao belo hotel de Tuxtla Gutierrez, moderna capital do Estado de Chiapas, na divisa com a Guatemala. Apenas dormimos no local, pois o atraso imposto pela manifestação nos tirou preciosas horas de descanso e lazer.
Em Chiapas está localizado um dos lugares mais impressionantes da viagem, o Canion do Sumidero. Fizemos um passeio de barco por entre as imponentes formações rochosas, esculpidas pelas águas caudalosas do rio Grivalda em milhares de anos. Conta a história que, na época da chegada dos espanhóis, os povos pré-colombianos, assustados com a destruição de suas cidades, suicidavam-se, atirando do alto do alto das pedras. 
Almoçamos em Chiapas del Corzo, antiga capital do estado e rumamos para outra cidade histórica da região, chamada San Cristóbal de las Casas, uma verdadeira joia. Ruas coloridas, igrejas riquíssimas e uma forte influência da população indígena transformam o local num refúgio charmoso. Há vários cafés e restaurantes de qualidade, além de feiras e mercados. Um festival de doces regionais foi uma tentação à parte.
San Cristobal foi palco do movimento revolucionário zapatista em 1994 sob o comando de Marcos, que conforme informações locais, não é o nome real do líder. Seu nome é fruto de uma sigla, com os principais nomes da cidades que participaram do levante. A guerrilha que durou apenas 6 dias, tinha como objetivo lutar pela integração dos povos indígenas, reforma agrária e fim do NAFTA. Marcos recrutou militantes e fundou o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) que concentram-se sobremaneira no Estado de Chiapas. Talvez por ser um movimento muito recente, até hoje existe um policiamento ostensivo nas ruas da cidade (leia mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_zapatista)
Visitamos, ainda, o distrito de San Juan Chamula, onde existem manifestações tradicionais da cultura maia. Os povos misturaram os cultos tradicionais e a religião católica e criaram rituais bem diferentes dos que estamos acostumados. No dia em que visitamos a igreja (que não pode ser fotografada por dentro), a população local devotava aos santos suas dádivas, entre incensos, bebidas e orações. Eles não usam intermediários. Falam abertamente ao santo ou a Deus, fazendo seus pedidos, em voz alta. Usam, também, refrigerantes com gás, como Coca Cola e outros, para expelir (ou vulgarmente, arrotar) as coisas ruins que estão impregnadas dentro de seus corpos. Outra coisa interessante é que alguns santos ficam alijados das comemorações, usando roupas mais empobrecidas e em lugares menos privilegiados da igreja. É que eles pertenciam à antiga capela, destruída por um incêndio há vários anos. Como não souberam proteger a igreja, cairam em desgraça junto aos fieis.

Em Chiapas, conhecemos os novos participantes do nosso grupo de viagem. Dezoito pessoas, sendo um casal de meia idade e oito casais e lua de mel, todos italianos.

Vamos seguindo...


Paralisação na rodovia

Equipe multinacional para resolver o problema

Membros do nosso grupo e manifestantes se unem

Canion do Sumidero







Chiapas del Corzo






San Cristóbal de las Casas

Com novos membros do gropo, visitando a cidade histórica de Chiapas






Igreja de Santo Domingo, em San Cristóbal

Detalhe do douramento da igreja de Santo Domingo






Máscaras à venda no mercado local




Mercado de San Cristóbal

Velas decoradas



Um quitute de Chiapas: formigas





Imagem de Jesus Cristo com cílios postiços

Feira de doces em San Cristóbal


San Juan de Chamula

Máscaras exibidas em loja de San Juan


Igreja de San Juan Chamula


Detalhe colorido da fachada da igreja

Tecidos locais


Turnê Atacama/Uyuni Parte IV: Salar de Uyuni

  No bosque das bandeiras, atração do Salar de Uyuni Veja as fotos no final do texto Clique nas fotos para ampliá-las      Chegamos à última...