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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Sur Hermoso 6 – Buenos Aires, segunda parte

Detalhe das casas coloridas de Caminito

A maioria das fotos são de Thelmo Lins. 
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.

Estamos realizando a viagem denominada Sur Hermoso pelo Uruguai (Montevideo, Punta del Este e região e Colônia do Sacramento) e Argentina (Buenos Aires), com um grupo de amigos formado por quatro pessoas (Conceição, Regina, Wagner e Vinícius, além de mim). A viagem começou no dia 21 de dezembro de 2017 e se encerrou no dia 03 de janeiro de 2018.
            Esta é a segunda postagem sobre a capital argentina. Como disse na anteriormente, é a segunda vez que a visito – a primeira aconteceu em 2004. Nesta segunda postagem, vamos falar do passeio pelo Bus Turístico, Caminito, Flor de Metal, San Telmo e o Reveillon no Señor Tango.
            Estava previsto que no sábado, dia 30 de dezembro, Buenos Aires teria a mais alta temperatura do verão: 37 graus. A cidade estava em estado de alerta amarelo. Mesmo assim, enfrentamos o passeio pelo ônibus turístico que circula nos principais pontos da cidade. E, como acontece em outras cidades do mundo, ele permite que os passageiros desçam em determinados pontos e, depois, voltem ao trajeto, pagando um ingresso que dura até 24 horas. Os carros passam nos pontos de 20 em 20 minutos, entre 9 da manhã e 20h50. O preço foi de 490 pesos argentinos ou aproximadamente R$ 85,00 por pessoa.
            Diferentemente do Bus de Montevideo, havia poucos ônibus em Buenos Aires com cobertura na parte de cima. Ou seja, quem opta por ver a cidade lá do alto (segundo andar) fica exposto ao sol inclemente, embora receba também a brisa e tem uma visão mais ampla dos lugares visitados. A parte de baixo, com ar condicionado, tem apenas 12 lugares.
            Na parte da manhã e no final da tarde, sentar na parte de cima era bom (ou, pelo menos suportável). No pique do sol, entre 12h e 15h, todos disputavam uma vaga na zona do ar condicionado (e este estava simplesmente gelado). E isso acabou se tornando uma tortura em certos momentos, embora eu sempre leve um guarda-sol nessas ocasiões, que me salva. Para mim, este foi o maior defeito do projeto: falta de conforto para os usuários. Imagina se estivesse chovendo ou fazendo muito frio!
            Feitas estas observações, o Bus Turístico percorreu os principais pontos da cidade, totalizando 24 atrações nas linhas Azul e Vermelha; e 10 atrações na Linha Verde. Fizemos somente o passeio Azul e Vermelho. O ingresso inclui um fone de ouvido, disponível em várias línguas, de onde se ouviam considerações sobre o trajeto. É uma boa opção para quem quer conhecer a cidade e não tem, como nós, um automóvel para facilitar o trânsito.
            Ficamos no percurso quase o dia inteiro, fazendo duas paradas: uma em Caminito e outra na praça onde se encontra a Flor de Metal, um dos símbolos de Buenos Aires.
            Caminito ou El Caminito (estação número 8) é considerado um museu a céu aberto. Trata-se de ruazinhas com casas coloridas, a maioria com cobertura de telhas de zinco, onde, no início do século 20, foram morar os genoveses que vinham como imigrantes da Itália. Em contato com os nativos, colaboraram no desenvolvimento do tango e das principais manifestações artísticas de Buenos Aires.
            Hoje o local é bastante comercial, com muitos restaurantes, lojas e exposição de obras de arte pelas ruas. Como o calor estava abrasador, resolvemos parar para almoçar e descansar um pouco.
            Chamou-nos a atenção uma instalação gigantesca com centenas de bicicletas, na entrada do bairro. A grande escultura, de autoria do chinês Ai Weiwei, causa grande impacto visual por seu gigantismo e beleza.
            Retornamos ao Bus Turístico. Percorremos várias estações até descer na estação 15, situada na Praça das Nações Unidas. E lá que fica a Flor de Metal ou Floralis Genérica, uma grande escultura de metálica, presenteada à cidade pelo artista Eduardo Catalano. De acordo com a Wikipédia, “uma das características da flor é um sistema elétrico que abre automaticamente e fecha as pétalas, dependendo da hora do dia. Durante a noite, a flor fecha e emana de seu interior um brilho vermelho e abre-se pela manhã. (...). Atualmente, entretanto, encontra-se desativada e o Estado alega que o preço do conserto é inviável.” A praça é muito bonita e um ponto de encontro e lazer para os portenhos e visitantes.
            Finalizamos o nosso passeio no início da noite, visitando quase todos os mais importantes bairros de Buenos Aires, como Recoleta, Palermo, Retiro, La Boca, San Nicolás, San Telmo, Puerto Madero, dentre outros. O Bus nos deixou praticamente em frente ao hotel, na Praça do Congresso. O balanço final positivo, apesar do cansaço.
            Por falar em San Telmo, visitamos este bairro icônico no domingo de manhã, quando lá acontece a famosa feira de antiguidades. Por coincidir com o dia 31 de dezembro, o movimento estava bem menor do que o usual, o que foi bom. Pudemos apreciar melhor as barracas e lojas e até fazer algumas compras. Visitamos a igreja do santo padroeiro, que tem o meu nome (sem o h) e é protetor dos navegantes. Aproveitamos, ainda, para almoçar e ver uma apresentação de dançarinos de tango.
            Por falar em tango, um dos programas mais esperados da viagem foi o Reveillon na casa de shows Señor Tango, muito conhecida dos turistas e visitantes. Por cerca de mil reais por pessoa (compramos o pacote com antecedência no Brasil, por meio de uma agência de viagens), tivemos acesso a traslado do hotel, jantar, show e open bar. O local é muito bonito e extremamente turístico. Lembra aqueles shows do antigo Scala do Rio, só que com dançarinos de tango no lugar das escolas de samba e passistas.
            A apresentação também é muito profissional, com excelentes músicos, bailarinos, cantores, com direto a cavalos no palco. No telão, belas imagens da Argentina e um vídeo sobre a retrospectiva de 2017. No final, houve uma homenagem à Evita, que emocionou a plateia formada, em sua maioria, por brasileiros. O ponto negativo, na minha opinião, foi o blá-blá-blá interminável do cantor Fernando Soler. Ele parece ser a principal atração do local (e talvez até o proprietário da casa, não consegui confirmar isso nas minhas pesquisas). Como dizemos no Brasil, ele parecia estar “enchendo a linguiça” para que o tempo passasse e o final do show coincidisse com a passagem do ano. Não vi outra razão para essa “barriga” no show, que entediou a mim e a vários espectadores, que aproveitaram esses minutos para levantar das cadeiras e dar uma caminhada pelo espaço. Algumas de suas brincadeiras, com senhoras da plateia, chegaram a ser constrangedoras e até pouco elegantes.
            Quando deu meia noite, houve show de luzes, distribuição de máscaras e outras luminárias de brinquedo, que agradaram os espectadores, além de uma taça de champanhe. Depois, um DJ conduziu a pista até de madrugada.

            Energias recarregadas, abraços e beijos dos amigos queridos, muitos desejos de um ano novo melhor e mais afetuoso para o Brasil e para o mundo. Ficaremos para sempre marcados por este momento ímpar em nossas vidas e sempre recordaremos desses momentos com grande ternura e alegria. Viva!

Bus Turístico de Buenos Aires no bairro de Puerto Madero

 El Caminito

Obra do artista chinês Weiwei, em Caminito


Regina





Escultura La Madre












Eu, Conceição e Regina (foto WC)

No restaurante de Caminito (foto WC)


Região do porto

Mais uma etapa do Bus Turístico

 Flor de Metal


Foto WC



Museu Malba

Praça da Recoleta


Eu e Regina no Bus (foto WC)

Guarda sol para aliviar o calor de 37 graus (foto WC)

 San Telmo


Igreja de San Telmo


Interior da igreja

Homenagem ao Papa Francisco

Vitral

Piso

Regina, Vinicius, Conceição e eu, em frente da igreja (foto WC)

 Feira de San Telmo e vitrines









Wagner, Vinicius e Conceição







Señor Tango


Decoração da casa noturna

Wagner, Regina, Conceição e Vinicius

Eu, Regina, Conceição e Vinicius (foto de WC)

Eu e Wagner (foto VC)

Conceição e eu brincando de dançar tango (foto WC)

Prato principal do Reveillon, com biscoito comemorativo

Brinde!

Feliz Ano Novo!

Luzes e sorrisos

Alegria!

Festa!

Vinícius e sua máscara de luzes

Fachada da casa noturna

Turnê Atacama/Uyuni Parte IV: Salar de Uyuni

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