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Detalhe das casas coloridas de Caminito |
A maioria das fotos são de Thelmo Lins.
Outros créditos:
Wagner Cosse (WC) e Vinicius Cosse (VC)
Há casos de autores não identificados, como garçons, transeuntes e outros, que fizeram o registro a pedido do autor deste blog.
Estamos realizando a viagem
denominada Sur Hermoso pelo Uruguai (Montevideo, Punta del Este e região e
Colônia do Sacramento) e Argentina (Buenos Aires), com um grupo de amigos
formado por quatro pessoas (Conceição, Regina, Wagner e Vinícius, além de mim).
A viagem começou no dia 21 de dezembro de 2017 e se encerrou no dia 03 de
janeiro de 2018.
Esta
é a segunda postagem sobre a capital argentina. Como disse na anteriormente, é
a segunda vez que a visito – a primeira aconteceu em 2004. Nesta segunda
postagem, vamos falar do passeio pelo Bus Turístico, Caminito, Flor de Metal,
San Telmo e o Reveillon no Señor Tango.
Estava
previsto que no sábado, dia 30 de dezembro, Buenos Aires teria a mais alta
temperatura do verão: 37 graus. A cidade estava em estado de alerta amarelo.
Mesmo assim, enfrentamos o passeio pelo ônibus turístico que circula nos principais
pontos da cidade. E, como acontece em outras cidades do mundo, ele permite que
os passageiros desçam em determinados pontos e, depois, voltem ao trajeto,
pagando um ingresso que dura até 24 horas. Os carros passam nos pontos de 20 em
20 minutos, entre 9 da manhã e 20h50. O preço foi de 490 pesos argentinos ou
aproximadamente R$ 85,00 por pessoa.
Diferentemente
do Bus de Montevideo, havia poucos ônibus em Buenos Aires com cobertura na
parte de cima. Ou seja, quem opta por ver a cidade lá do alto (segundo andar)
fica exposto ao sol inclemente, embora receba também a brisa e tem uma visão
mais ampla dos lugares visitados. A parte de baixo, com ar condicionado, tem
apenas 12 lugares.
Na
parte da manhã e no final da tarde, sentar na parte de cima era bom (ou, pelo
menos suportável). No pique do sol, entre 12h e 15h, todos disputavam uma vaga
na zona do ar condicionado (e este estava simplesmente gelado). E isso acabou
se tornando uma tortura em certos momentos, embora eu sempre leve um guarda-sol
nessas ocasiões, que me salva. Para mim, este foi o maior defeito do projeto:
falta de conforto para os usuários. Imagina se estivesse chovendo ou fazendo
muito frio!
Feitas
estas observações, o Bus Turístico percorreu os principais pontos da cidade,
totalizando 24 atrações nas linhas Azul e Vermelha; e 10 atrações na Linha
Verde. Fizemos somente o passeio Azul e Vermelho. O ingresso inclui um fone de
ouvido, disponível em várias línguas, de onde se ouviam considerações sobre o
trajeto. É uma boa opção para quem quer conhecer a cidade e não tem, como nós,
um automóvel para facilitar o trânsito.
Ficamos
no percurso quase o dia inteiro, fazendo duas paradas: uma em Caminito e outra
na praça onde se encontra a Flor de Metal, um dos símbolos de Buenos Aires.
Caminito
ou El Caminito (estação número 8) é considerado um museu a céu aberto. Trata-se
de ruazinhas com casas coloridas, a maioria com cobertura de telhas de zinco,
onde, no início do século 20, foram morar os genoveses que vinham como
imigrantes da Itália. Em contato com os nativos, colaboraram no desenvolvimento
do tango e das principais manifestações artísticas de Buenos Aires.
Hoje
o local é bastante comercial, com muitos restaurantes, lojas e exposição de
obras de arte pelas ruas. Como o calor estava abrasador, resolvemos parar para
almoçar e descansar um pouco.
Chamou-nos
a atenção uma instalação gigantesca com centenas de bicicletas, na entrada do
bairro. A grande escultura, de autoria do chinês Ai Weiwei, causa grande
impacto visual por seu gigantismo e beleza.
Retornamos
ao Bus Turístico. Percorremos várias estações até descer na estação 15, situada
na Praça das Nações Unidas. E lá que fica a Flor de Metal ou Floralis Genérica,
uma grande escultura de metálica, presenteada à cidade pelo artista Eduardo
Catalano. De acordo com a Wikipédia, “uma das características da flor é um
sistema elétrico que abre automaticamente e fecha as pétalas, dependendo da
hora do dia. Durante a noite, a flor fecha e emana de seu interior um brilho
vermelho e abre-se pela manhã. (...). Atualmente, entretanto, encontra-se
desativada e o Estado alega que o preço do conserto é inviável.” A praça é
muito bonita e um ponto de encontro e lazer para os portenhos e visitantes.
Finalizamos
o nosso passeio no início da noite, visitando quase todos os mais importantes
bairros de Buenos Aires, como Recoleta, Palermo, Retiro, La Boca, San Nicolás,
San Telmo, Puerto Madero, dentre outros. O Bus nos deixou praticamente em
frente ao hotel, na Praça do Congresso. O balanço final positivo, apesar do
cansaço.
Por
falar em San Telmo, visitamos este bairro icônico no domingo de manhã, quando
lá acontece a famosa feira de antiguidades. Por coincidir com o dia 31 de
dezembro, o movimento estava bem menor do que o usual, o que foi bom. Pudemos
apreciar melhor as barracas e lojas e até fazer algumas compras. Visitamos a
igreja do santo padroeiro, que tem o meu nome (sem o h) e é protetor dos
navegantes. Aproveitamos, ainda, para almoçar e ver uma apresentação de
dançarinos de tango.
Por
falar em tango, um dos programas mais esperados da viagem foi o Reveillon na
casa de shows Señor Tango, muito conhecida dos turistas e visitantes. Por cerca
de mil reais por pessoa (compramos o pacote com antecedência no Brasil, por
meio de uma agência de viagens), tivemos acesso a traslado do hotel, jantar,
show e open bar. O local é muito bonito e extremamente turístico. Lembra
aqueles shows do antigo Scala do Rio, só que com dançarinos de tango no lugar
das escolas de samba e passistas.
A
apresentação também é muito profissional, com excelentes músicos, bailarinos,
cantores, com direto a cavalos no palco. No telão, belas imagens da Argentina e
um vídeo sobre a retrospectiva de 2017. No final, houve uma homenagem à Evita,
que emocionou a plateia formada, em sua maioria, por brasileiros. O ponto
negativo, na minha opinião, foi o blá-blá-blá interminável do cantor Fernando
Soler. Ele parece ser a principal atração do local (e talvez até o proprietário
da casa, não consegui confirmar isso nas minhas pesquisas). Como dizemos no
Brasil, ele parecia estar “enchendo a linguiça” para que o tempo passasse e o
final do show coincidisse com a passagem do ano. Não vi outra razão para essa
“barriga” no show, que entediou a mim e a vários espectadores, que aproveitaram
esses minutos para levantar das cadeiras e dar uma caminhada pelo espaço.
Algumas de suas brincadeiras, com senhoras da plateia, chegaram a ser
constrangedoras e até pouco elegantes.
Quando
deu meia noite, houve show de luzes, distribuição de máscaras e outras
luminárias de brinquedo, que agradaram os espectadores, além de uma taça de champanhe.
Depois, um DJ conduziu a pista até de madrugada.
Energias
recarregadas, abraços e beijos dos amigos queridos, muitos desejos de um ano
novo melhor e mais afetuoso para o Brasil e para o mundo. Ficaremos para sempre
marcados por este momento ímpar em nossas vidas e sempre recordaremos desses
momentos com grande ternura e alegria. Viva!
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Bus Turístico de Buenos Aires no bairro de Puerto Madero |
El Caminito
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Obra do artista chinês Weiwei, em Caminito |
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Regina |
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Escultura La Madre |
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Eu, Conceição e Regina (foto WC) |
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No restaurante de Caminito (foto WC) |
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Região do porto |
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Mais uma etapa do Bus Turístico |
Flor de Metal
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Foto WC |
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Museu Malba |
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Praça da Recoleta |
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Eu e Regina no Bus (foto WC) |
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Guarda sol para aliviar o calor de 37 graus (foto WC) |
San Telmo
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Igreja de San Telmo |
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Interior da igreja |
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Homenagem ao Papa Francisco |
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Vitral |
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Piso |
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Regina, Vinicius, Conceição e eu, em frente da igreja (foto WC) |
Feira de San Telmo e vitrines
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Wagner, Vinicius e Conceição |
Señor Tango
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Decoração da casa noturna |
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Wagner, Regina, Conceição e Vinicius |
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Eu, Regina, Conceição e Vinicius (foto de WC) |
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Eu e Wagner (foto VC) |
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Conceição e eu brincando de dançar tango (foto WC) |
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Prato principal do Reveillon, com biscoito comemorativo |
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Brinde! |
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Feliz Ano Novo! |
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Luzes e sorrisos |
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Alegria! |
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Festa! |
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Vinícius e sua máscara de luzes |
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Fachada da casa noturna |