sábado, 9 de fevereiro de 2019

Na Trilha do Cangaço ou da Resistência 3 - Cachoeira, Bahia

Convento do Carmo, em Cachoeira: profusão de dourados (foto de Wagner Cosse)

Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
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Cachoeira fica no Recôncavo Baiano, a 117 km de Salvador. Ela é cortada pelo Rio Paraguaçu, importante porto fluvial baiano do passado. Do outro lado da margem, está São Félix. São cidades gêmeas, irmãs.
            Trata-se de cidades históricas. Cachoeira é a segunda cidade que mais preserva seu patrimônio histórico e cultural no Estado da Bahia. Perde apenas para Salvador. Seu casario não está totalmente preservado, mas há atrações de tirar o fôlego na área central, que atesta os tempos áureos da economia da cidade, entre os séculos 19 e princípio do século 20. É a terra, também, de Ana Néri, grande enfermeira da Guerra do Paraguai.
            Dentre os locais em que vale a pena conhecer está a Casa da Câmara e Cadeia, que funciona como a sede do Poder Legislativo e galeria de arte. Há várias praças belas e agradáveis – uma delas é o point da cidade, onde funcionam vários bares e restaurantes (em especial o calçadão da Rua 25 de Junho). Vale também visitar o Convento do Carmo. O complexo abriga duas igrejas, sendo que uma delas é uma das mais encantadoras que já visitei, dentro do estilo Barroco-Rococó (e olha que eu sou mineiro, da região dos Inconfidentes!). Há ainda um museu e um hotel, local em que nos hospedamos. Fantástico, por sinal, embora careça de reformas. O custo-benefício e a sensação de dormir nas antigas celas dos religiosos garantem a estadia.
            O restante é flanar pelas ruas, becos e ladeiras. Passear perto do rio, visitar o mercado, conhecer a antiga estação ferroviária. Não atravessei o rio para São Félix, por falta de tempo, mas é fácil chegar à cidade vizinha a pé ou de carro. É só enfrentar o calor e cruzar a linda ponte Dom Pedro II, de 365 metros de comprimento.
            Em Cachoeira também tivemos espaço para conhecer queridos novos amigos, dentre eles os professores baianos Cibele e Fábio e a funcionária pública mineira radicada em São Paulo, Helena. Papos incríveis, de pessoas com afinidades políticas e culturais, que sonham com um Brasil melhor, sem tantas desigualdades. Assuntos pertinentes, aliás, numa cidade baiana formada em sua maioria por afrodescendentes.
            Embora não tenhamos participado, pois conhecemos Cachoeira no final de dezembro de 2018, soubemos da mais importante festa religiosa da cidade, que mistura rituais católicos e do candomblé: a festa de Nossa Senhora da Boa Morte. Ela acontece sempre no mês de agosto, na proximidade do dia 15. Pelas informações que obtivemos, é de uma beleza incrível. Quem sabe, um dia, teremos tempo para conhecer melhor essa celebração.
            Continuemos a viagem. Próxima parada: Penedo, Alagoas.

Convento do Carmo











Centro Histórico de Cachoeira




Do lado direito, a Casa da Câmara






Mercado Municipal

Feira


Estação Ferroviária

Ponte D. Pedro II

Rio Paraguaçu, Ponte D. Pedro II e São Félix

Mural de rua

Barbearia



Igreja de Santa Maria Madalena


Quadro mostra detalhe da Festa de N. Sra. da Boa Morte

Casa da Câmara

Complexo do Carmo e pousada (direita) onde ficamos

Por-do-sol no Rio Paraguaçu



Vista noturna de São Félix

Calçadão da 25 de julho: point noturno

Calçadão da 25 de Julho

Rio Paraguaçu à noite

Mural

Mural
Uma selfie com Helena, Cibele, Fábio e Wagner: amizades e afinidades


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