quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Na Trilha do Cangaço ou da Resistência 5 – Marechal Deodoro, Alagoas

Em frente ao Complexo Franciscano, em Marechal Deodoro (AL) (foto de Wagner Cosse)

Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
Clique nas fotos para ampliá-las



Saímos de Penedo em direção de Maceió. À medida que a gente vai se direcionando para a capital alagoana, a estrada vai revelando as paisagens típicas do litoral nordestino. Longas faixas de areia, a maioria despovoada, com extensos coqueirais, e muitas lagoas, que deram o nome ao Estado.
Pegamos o caminho do Pontal da Barra, que fica na praia de Peba (citada na postagem anterior), próxima à Foz do Rio São Francisco. Nessa localidade, andam-se quilômetros à beira mar pela areia (não há rodovias nem ruas definidas), o que é um transtorno quando a maré está cheia. A ideia era alcançar a foz pela praia, mas não conseguimos, infelizmente.
Resolvemos, então, retomar a rodovia para Maceió, passando por Feliz Deserto, Coruripe, Barra de São Miguel até chegar à Praia do Francês, já no município de Marechal Deodoro, antiga capital do Estado. Como estávamos no auge do verão e logo após o período de Reveillon, as praias mais badaladas estavam lotadas. Na do Francês, por exemplo, nem conseguimos encontrar um local para estacionar o carro. Desistimos, pois a meta era curtirmos as praias mais tranquilas do litoral norte do Estado. Mas isso é assunto para outra postagem.
O alvo dessa etapa da viagem era conhecer Marechal Deodoro, antiga capital de Alagoas, fundada em 1520 e com vários monumentos tombados. Infelizmente a cidade histórica, com cerca de 50 mil habitantes, não está em seus melhores dias. Podem ser observados uma ou outra iniciativa de embelezamento do casario, inclusive da praça da Matriz, que passa por uma completa reforma, mas o conjunto está bastante deteriorado, precisando de cuidados.
A boa notícia é o Complexo Franciscano, de 1660. Fazem parte da estrutura a Igreja de Santa Maria Madalena, a Igreja de São Benedito, o convento e o museu de artes sacras. Nele, fomos muito bem recepcionados. A construção está bem preservada e ocupa uma bela praça da cidade.
A casa do primeiro presidente da República, Deodoro da Fonseca (1827-1892), que nasceu na cidade, também é um museu aberto ao público. Tanto ele quanto boa parte de seus irmãos foram militares proeminentes e são muito reconhecidos na cidade, inclusive a sua mãe, Dona Rosa da Fonseca. Há poucos pertences pessoais do marechal, mas a casa abriga um bom acervo de móveis e objetos da região.
O convento das Carmelitas, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, o Palácio Provincial são outros monumentos que valem a visita, que pode ser feita em uma tarde. Visitamos também o centro de artesanato, onde encontramos muitas peças de filé, um tipo de bordado bastante típico, com preços excelentes.
Outra atração de Marechal Deodoro é a Lagoa Manguaba, localizada na área central. Ela é a maior do Estado, com 34 km2 de extensão. Lá, existe um calçadão com barracas e áreas de lazer. Um refresco numa cidade com temperaturas tão altas. Chamou a atenção uma árvore de Natal com notas musicais e claves de sol. Trata-se de uma homenagem ao grande número de músicos e corporações musicais do município.
O dia estava terminando e era hora de pegar o carro e partir para Maceió, 27 km dali. Na próxima postagem, vamos conhecer a capital e algumas das praias mais deslumbrantes do Nordeste brasileiro.


Rodovia entre Penedo e Maceió






Foto de Wagner Cosse

Foto de Wagner Cosse

Marechal Deodoro

Lagoa Manguaba

Complexo Franciscano

















Museu Casa de Deodoro da Fonseca

Foto de Wagner Cosse

Foto de Wagner Cosse




Centro Histórico de Marechal Deodoro





Igreja da Matriz






Vista da Lagoa Manguaba

Casario

Paço Municipal

Ruas tranquilas

Largo do Carmo

Lagoa Manguaba


Árvore de Natal

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