quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Na Trilha do Cangaço ou da Resistência 2 – Minas Novas e Vitória da Conquista

Atravessando o Rio Jequitinhonha na BR-116


Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
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            A cidade mineira de Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, é a primeira parada da viagem. Ela fica a pouco mais de 500 km de Belo Horizonte.
            Conheci Minas Novas há aproximadamente 10 anos, quando visitei o Vale pela primeira vez. É uma cidade histórica, fundada em 1727, com importante acervo. A começar pelo Sobradão, edifício de quatro andares, conhecido como o primeiro arranha-céu de Minas Gerais, construído no século 19. Há também belas igrejas, que sobrevivem em meio à especulação imobiliária, que destruiu boa parte do seu patrimônio.
            Desta vez, achei a cidade mais abandonada, precisando de cuidados e restauração. Mas ainda é possível caminhar pelas ruas tranquilas e adquirir peças de reconhecidos artesãos de todas as cidades próximas.
            Como o objetivo desta viagem era o caminho do Nordeste, apenas pernoitamos na cidade. Ficamos no Grande Hotel, o mesmo em que nos hospedamos da outra vez. Naquela época, ele havia sido inaugurado a poucos meses. Agora, como a cidade, está mais descuidado.
            No dia seguinte, depois do café, continuamos nossa viagem. O próximo destino é Vitória da Conquista. Mas, no caminho, fizemos uma parada para almoço em Araçuaí, também no Vale do Jequitinhonha. Nessa cidade, pudemos prever o que nos esperava para o resto da viagem: um calor infernal, que chega a quase 40 graus! Comer é possível somente no restaurante com ar condicionado ou o ventilador em cima da mesa!
            Vitória da Conquista, já na Bahia, seria apenas um pernoite da viagem, se não tivéssemos conhecido a bela praça Tancredo Neves, no centro da cidade. No seu entorno, belos casarões, museus e a catedral. Ali está o museu regional Casa Henriqueta Prates, onde encontra parte do acervo de Glauber Rocha, nascido na cidade. Infelizmente, o local estava fechado por causa do recesso de fim de ano (estivemos lá logo depois do Natal).
            Como disse anteriormente, Vitória da Conquista foi apenas uma parada para descansar, enquanto não alcançávamos o próximo destino, a cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. O hotel que escolhemos era apenas um local de repouso. Infelizmente, parece que os hóspedes perderam o controle sobre o nível sonoro emitido e falavam absurdamente alto, acordavam cedo (antes das seis da manhã), batendo as portas dos quartos, andando com estridência e arrastando as malas de rodinhas. Ou seja, sem qualquer cuidado com o vizinho. E o pior: sem nem se darem conta da falta de educação que faziam. Como se isso fosse natural em suas vidas. Foi um ponto negativo, apesar do bom atendimento dos profissionais do hotel, que, infelizmente, não conseguiam conter a turba barulhenta (Veja o nome do hotel na postagem Na Trilha do Cangaço ou da Resistência / Texto de Abertura – Na Estrada).

Vista de Minas Novas

Estrada entre Minas Novas e Araçuaí

Região de Pedra Azul

Vista da BR-116, no Vale do Jequitinhonha

Casarão de Vitória da Conquista

Praça Tancredo Neves



Casarão da praça Tancredo Neves

Catedral de Vitória da Conquista


Wagner na praça central de Vitória da Conquista


Padroeita de Vitória  da Conquista

Neste museu (que estava fechado) tem uma sala dedicada a Glauber Rocha


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