quinta-feira, 15 de novembro de 2012

No diamante bruto de Grão Mogol

Grão Mogol, na visão do artista plástico Rogério Figueiredo

Grão Mogol precisa ser conhecida, visitada, amada e preservada. 
É uma cidade bonita, que não pode mais ficar solteira. 
Precisamos nos casar com ela 
Fernando Brant

A Matriz de Santo Antônio envolta pela bruma

Foi de um texto do poeta e letrista mineiro Fernando Brant, publicado no seu livro “Clube dos Gambás”, que Grão Mogol me chamou a atenção pela primeira vez. Eu já tinha ouvido falar desta cidade encravada no norte de Minas, com seus pés fincados na Serra do Espinhaço, nos braços do Vale do Jequitinhonha. Mas as palavras de Brant me deram o estímulo para, agora, empreender esta viagem.
Tirei alguns dias para visitar a cidade, de carro, a partir de Belo Horizonte. A viagem é longa. São quase 600 km de distância. É novembro, mês chuvoso, e a estrada revela o ar de primavera através dos belíssimos flamboyants floridos. Por todo o trajeto, eles chamam a atenção na paisagem, em tonalidades que iam do laranja ao vermelho.
Apesar de um trecho terrível na BR-251, logo após a saída de Montes Claros, onde a gente fica espremido entre centenas de caminhões, a chegada a Grão Mogol é de tirar o fôlego. Os últimos 53 quilômetros, trafegados em uma rodovia estadual bem pavimentada, tem um visual maravilhoso da Serra do Espinhaço, ou Serra Geral, como também é conhecida. É um majestoso bloco montanhoso, formado por rochas pontiagudas, cachoeiras que despencam do alto dos morros e um consistente conjunto florestal. O clima úmido transformou esta região, naturalmente mais seca, em um tapete de inimagináveis tons de verde.
Grão Mogol tem aproximadamente 15 mil habitantes. Foi descoberta há três séculos graças aos diamantes da Serra de Itacambiraçu. Eram diamantes miúdos, apelidados de Olhos de Mosquito, mas garimpados às toneladas com uma dose cavalar de bravura. O início, como quase toda a história do Brasil, foi de lutas sangrentas, justiça feita à bala e facão e uma desmedida ambição somada a muita esperança. Esta história, com depoimentos muito comoventes de seus mais antigos moradores, historiadores e pesquisadores, foi retratada no documentário “De grão em grão”, criado por um grupo gestado na Oficina de Produção de Cinema e Vídeo daquela cidade, com o patrocínio do Ministério da Cultura. É o que chamo de educação patrimonial: um verdadeiro relato sobre a coragem desse povo.
            A localidade está nascendo para o turismo. O Hotel Paraíso das Águas, onde fiquei hospedado, é a melhor opção. O hotel é um empreendimento corajoso, tem uma boa estrutura, um restaurante com opções deliciosas e uma gerente, Diná, que elabora ótimos roteiros. Possuiu uma área de lazer, que foi pouco usada devido à insistente garoa. Mas a cidade também oferece outras pousadas e a hospedagem solidária, que é a possibilidade de passar alguns dias na casa de um morador da cidade, usufruindo do aconchego e da atenção bem característicos do povo graomogolense. Além, é claro, de saborosas quitandas, como bolos, biscoitos e pães. Da próxima visita, pretendo experimentar este tipo de hospedagem.
            Foi no município que conheci o simpático Paulinho, o guia para os passeios sugeridos pelo hotel. Paulinho é ciclista. Criou o grupo Ciclistas do Cerrado, que promove trilhas de bike pela região. De tanto vasculhar aquele território tão rico pela biodiversidade, aprendeu um pouco sobre a flora e a fauna, estudou a história, a mineralogia e a arqueologia, bebeu na fonte dos mais velhos e dos mestres para se consolidar como uma espécie de porta voz de Grão Mogol. Ele foi, para mim, a síntese do graomogolense: atencioso, gentil, generoso e solidário. Ama a sua cidade com uma devoção que emociona a todos que convivem com ele. Neguinho, corpo magro, cabelinho tipo Bob Marley e boca escancarada de sorriso. Hoje, ser um guia turístico se transformou numa séria opção profissional, pois quase todo fim de semana tem um grupo de pessoas ávidas para conhecer a região, em um estilo de turismo mais voltado para a aventura.

Centro histórico

            Por meio da condução de Paulinho que percorri os caminhos de Grão Mogol. Primeiramente, numa visita ao centro histórico, que tem como principal destaque a Matriz de Santo Antônio, toda construída em pedra. Recentemente restaurada com recursos do governo estadual, a igreja está novinha em folha. De pedra, também, é a charmosa capela do Rosário e vários casarões da cidade, como a Casa de Cultura e a Loja Maçônica. O belíssimo solar de Élcio Pimenta, boa praça e contador de histórias, também é de pedra. É dele o principal restaurante de Grão Mogol, onde provei o saboroso suco de coquinho verde, uma espécie de primo do pequi. Boa parte das casas foi coberta, durante um certo tempo, por alvenaria. Mas o povo descobriu que a fachada de pedra era o diferencial da cidade e, aos poucos, os moradores foram retirando o reboco e assumindo as formas originais, que hoje encantam e surpreendem os visitantes.
            A Rua Direita, tombada pelo patrimônio histórico municipal, exclusiva para pedestres, é outro atrativo de Grão Mogol. Nela concentram-se o comércio, alguns bares e restaurantes e órgãos públicos. Todos eles com a característica das construções coloniais brasileiras. Ali trombamos com as figurinhas carimbadas da cidade, que muitas vezes puxam aquela conversa de mineiro, ao pé do ouvido, cheia de sutilezas e referências. Causos engraçados, às vezes dramáticos, mas que consolidam a tradição do lugar. Visitei, ainda a loja dos artesãos locais, aonde pude verificar a qualidade e a elaboração da produção local. Algumas peças já estão expostas em várias feiras brasileiras e comercializadas por grandes redes, como a Tok Stok.
            Outra construção que chama a atenção e vem atraindo um grande número de turistas ao município é o presépio de tamanho natural, encravado em uma pedreira no centro da cidade. Sonho concretizado do sociólogo e economista Lúcio Bemquerer, de 73 anos, que bancou todo o projeto, orçado em cerca de R$ 500 mil. Trata-se de um dos maiores presépios naturais do mundo e está concorrendo a um espaço no Guinness Book. Segundo os atenciosos guias da atração turística, por lá passaram 20 mil pessoas desde sua inauguração no final de 2011.

Atrativos naturais

            Embora o centro histórico de Grão Mogol tenha sido a razão pela qual eu fui àquela cidade, o grande deslumbramento da região está área rural, formada por parque, trilhas, cânions, cachoeiras e paisagens impressionantes.
            O Parque Estadual de Grão Mogol, por exemplo, foi criado por causa da diversidade da flora local. Em especial um tipo de cáctus – o belíssimo Discocactus horstii – só encontrado por ali. O parque tem acesso reservado, pois ainda carece de seu plano de manejo. Numa visita autorizada a uma ínfima parte do terreno, contabilizei dezenas de tipos de flores, orquídeas, árvores, pássaros e borboletas (estas cobriam uma parede inteira da guarita). A visão mais esplendorosa foi a de um pequizeiro em flor, que estava vestido de gala para receber a nossa visita. Foi, com certeza, uma das mais belas árvores que eu vi em toda a minha vida. Tudo lindo: caule, folhas, frutos e, principalmente, as flores, com suas hastes  que lembram grandes bigodes de gato. Arrebatador!
            Grão Mogol oferece outras  opções de lazer, como a praia do Vau, com sua igrejinha de pedra e a areia branquinha, a cachoeira do Mirante e o balneário do Córrego das Mortes. Tem os impressionantes cânions do Ribeirão do Extrema e do Rio Itacambiraçu, cujas pedras vão do branco até o negro, passando por todas as tonalidades de amarelo, laranja e vermelho. Há pinturas rupestres, grandes pedras que parecem esculturas de animais e, principalmente, uma fantástica quantidade de plantas, formando extensos e complexos jardins. Os cáctus são um caso à parte, tamanha diversidade de tipos, cores e formatos. Canelas de ema  aos montes, com flores brancas e lilazes. Orquídeas de várias tonalidades, algumas crescendo no chão, como capim no mato. Algumas florinhas tão minúsculas e delicadas, que passariam despercebidas não fossem suas cores e formas tão belas.

Moela da galinha

            De acordo com a lenda, que é contada de boca em boca pelos moradores de Grão Mogol, especialmente aqueles mais antigos, muito diamante foi retirado daquela região desde o século 18. Ainda tem muito para explorar, dizem alguns, pois a extração naquela época era feita pelo garimpo manual, sem auxílio dos sofisticados equipamentos utilizados atualmente pela mineração. Como os diamantes são pequeninos, é possível encontrá-los em qualquer lugar. É costume do povo, quando vai matar uma galinha para cozinhá-la, verificar se não há nada na sua moela. Até galinha come diamante em Grão Mogol, pensando que é ração.
            Hoje Grão Mogol respira ares esperançosos de melhoria em sua economia, uma vez que há robustos projetos de mineração de ferro na região, capitaneados por grandes empresas do ramo. É perto dali a represa de Irapé, um audacioso investimento do setor hidrelétrico. O sinal de alerta também está aceso, para o caso da preservação ambiental. A população, percebe-se, está dividida politicamente, querendo mudanças na condução administrativa do município, ainda presa a valores ultrapassados. A internet, que vem sendo usada como uma ferramenta de mudança, ainda é artigo de luxo e de difícil acesso. Não há jornais publicados na cidade e existe apenas uma oferta de telefonia celular. A cultura local sofre com pouco ou nenhum acesso a patrocínios e melhores condições de exibir seu trabalho.  Não soube de nenhum cantor que houvesse gravado um CD, por exemplo. Não há livrarias e a banca de revista, durante os dias em que estive na cidade, ficou fechada quase todo o tempo. Soube que há um grupo de seresta e manifestações folclóricas, que não estavam em atividade nos dias em que lá estive. Paulinho, o guia, me contou que viu chegar na cidade vários instrumentos musicais, que podem sugerir a formação de uma corporação musical ou de ensino de música nas escolas. Fica para uma futura confirmação. Outra notícia boa é a situação da saúde local: o hospital parece ser bem equipado, com atendimento prestativo.
            Mas a semente está lançada. Há vida pulsando em cada esquina. E, se depender de empreendedores e sonhadores, como Diná e Paulinho, e de inquietos como Élcio Paulino e os produtores do documentário sobre Grão Mogol, a cidade irá buscar na substância de seu glorioso passado a base para a construção de um futuro promissor, que germina do turismo, da sua natureza exuberante e de seu povo carismático.

Alegria e tristeza

            Na volta para Belo Horizonte, optei por fugir das agruras da BR 251, passando por um caminho alternativo, que incluiu no roteiro as cidades de Botumirim e Leme do Prado. Na primeira cidade, visitei o centro de artesanato Laços e Fios. Fiquei impressionado com a qualidade das peças, quase todas feitas de tecidos bordados. Acabei adquirindo algumas imagens de santos e um belo estandarte de Santa Teresinha. Vi uma cachoeira caindo das montanhas do lugarejo, mas as artesãs me disseram que havia muitas outras ainda mais bonitas, pois ali é um paraíso natural. Mais adiante, em Leme do Prado, atravessei de balsa o Rio Jequitinhonha, dentro da represa de Irapé. No caminho, a visão de Diamantina com suas belas montanhas de pedra antes chegar a Belo Horizonte.

            Minas Gerais é um estado de imensa potencialidade. Fico, quase sempre, tão alegre quanto triste com esta constatação, uma vez que tenho este hábito de me embrenhar pelo interior, especialmente em localidade pouco visitadas e às vezes até esquecidas das principais rotas turísticas. A alegria é pela beleza desse território, com sua rica culinária, sua arte de altíssimo nível. A tristeza vem sensação de que boa parte disso é desperdiçada pela inércia,  pela burocracia e pelos descasos dos administradores públicos, nem sempre antenados nas reais necessidades do povo. Cumpro aqui o meu modesto papel de revelar e divulgar todas as belezas que vejo e sinto por aí. Viva!


Saiba mais:




Flamboyants embelezam a estrada

Hotel Paraíso das Águas

Centro Histórico

Interior da Matriz de Santo Antônio

Capela do Rosário

Casa de Cultura
Centro histórico: rua Direita

Rua Direita à noite


Casarão de Élcio Paulino

Piso das ruas principais

Praça da matriz

Presépio: imagem de Maria e Jesus

Vista geral do presépio


Paisagens rurais



Capela do Vau

Praia do Vau

Pequizeiro em flor

Flor do pequi

Borboletas de todas as cores

Orquídeas

Espécie de cáctus

Outra espécie de cáctus


Veja esta flor de cáctus, com uma tonalidade impressionante de rosa

Espécie de discocactus comum na região

 Cânion

Cânion do Rio Itacambiraçu

Cachoeira da Fumaça

Paulinho mostra as pinturas rupestres


Jardim de canelas de ema


Outro cáctus, com flor do mato

Mais uma espécie de cáctus comum na região

Antiga trilha dos tropeiros e garimpeiros, conhecida como Trilha do Barão

Flor da canela de ema

Serra do Espinhaço: zona de intenso garimpo até o século passado

O famoso Discocactus horsii

Pedras de diversas tonalidades


No carro, com o guia Paulinho


Estrada rural: confronto com a natureza em sua forma mais plena

Artesãs de Botumirim: obras de arte

Bordado criado pelas artesãs de Botumirim
Cachoeira na região de Botumirim

Travessia de balsa no Rio Jequitinhonha (represa de Irapé)

Visual de Diamantina, vista da rodovia


domingo, 9 de setembro de 2012

Paracatu: renascendo para o turismo


            Num plano, iniciado há alguns anos, de visitar todas as cidades históricas de Minas Gerais, vejo-me em Paracatu, cidade localizada a 512 km de Belo Horizonte.
            Paracatu está sendo redescoberta aos poucos para o turismo. A cidade teve seu Núcleo Histórico tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em 2010, valorizando um belo conjunto de casas, ruas, igrejas, casarões e sobrados bem cuidados e que, a cada dia, melhoram seu aspecto e valor.
            A primeira pessoa que me chamou a atenção para Paracatu, foi meu irmão, Francisco, conhecido como Juninho. Proprietário de uma construtora especializada na restauração de monumentos históricos, Juninho passou vários meses fiscalizando a obra de um sobrado, localizado na cidade, que ameaçava desabamento. O casarão, que abrigará o futuro Museu do Ouro, ainda não foi totalmente restaurado, mas já está de pé novamente.
            Para se ter uma ideia, além deste, há outro museu sendo implantado na cidade: o de Arte Sacra. E o atual Museu Histórico está sendo totalmente restaurado para atender aos novos visitantes. A igreja do Rosário, outro importante monumento de Paracatu, também encontra-se em processo de restauro. Fiquei sabendo que os órgãos, como o IPHAN, estão buscando recursos para apoiar a melhoria dos edifícios particulares, células importantes para a manutenção das ruas em seu aspecto próximo ao original.
Hospedo-me na Pousada da Vila, um dos vários novos empreendimentos hoteleiros que a cidade ganhou nos últimos anos. Trata-se de um belíssimo casarão, localizado em uma das principais ruas do centro histórico (a Rua dos Ávila), com uma proposta de atendimento baseada na cordialidade e na mineiridade. Além do tradicional café da manhã, a pousada oferece também um delicioso lanche noturno, com direito a várias iguarias típicas da região, como o desmamado e o mané pelado de abacaxi.
Paracatu é um município de grande importância agropecuária e também possui uma das maiores minas de ouro do mundo, ainda em atividade. O turismo até então nunca tinha sido aventado como uma opção econômica. Com o tombamento histórico e a proximidade de Brasília, essa área vem crescendo.
            Durante a viagem, conhecemos o guia turístico João Paulo, estudante secundarista, 17 anos, bastante informado sobre a história e costume dos paracatuenses, apesar de ter nascido em São João del Rey. João trabalha no Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e nos acompanhou até a Cachoeira do Ascânio, no circuito das Cachoeiras do Prata. Como ele e seu irmão, Samuel, há um grupo de jovens interessados em apoiar essa nova realidade do município, capacitando-se em cursos, aprimorando o estudo de línguas estrangeiras e tomando contato com profissionais de outras partes do país e do mundo.
            Além de seu Núcleo Histórico, Paracatu oferece um portentoso turismo rural, baseado nas citadas cachoeiras – são 153, de acordo com João Paulo – e grutas. Equipes de espeliólogos estão mapeando algumas dessas cavernas, que têm mais de 4,5 km de profundidade, com salões belíssimos e significativos acervos palenteológicos. É preciso enfrentar estradas poeirentas para chegar às cachoeiras, mas o desgaste é recompensado. As quedas são fantásticas, a água é límpida e deliciosa. Na Cachoeira do Ascânio, com 40 metros de altura, havia uma pousada com serviço de almoço e estacionamento. É, ainda, cobrada uma taxa de R$ 10 a título de manutenção e preservação ambiental. A comida é deliciosa, com direito a um papo com a cozinheira e suas assistentes.
            Como quase toda cidade brasileira, Paracatu desenvolve-se rapidamente, ao som dos carros barulhentos, de uma juventude sem muitas opções de lazer e dominada por empresas de grande porte que nem sempre têm boas intenções na preservação de seu meio ambiente e da qualidade de vida da população. Há casos flagrantes de rios e córregos destruídos pela poluição. Há comunidades quilombolas sendo assoladas pela especulação imobiliária e pela falta de respeito para com as tradições culturais. Há um crescimento desordenado da população, sem um aparente bem planejado plano diretor (o novo centro e os bairros são feios e sem atrativos arquitetônicos). O cine teatro precisa de reforma urgente e melhores equipamentos.
            Hoje, os brasilienses têm, em Paracatu, uma segunda opção de turismo de fim de semana, ao lado da também histórica Pirenópolis, em Goiás. Por isso, e por suas tradições culturais, tem grande chance de reverter o quadro e ganhar um novo impulso, principalmente quando a mineração do ouro, que empresa cerca de 10 mil pessoas, esgotar-se em 2030.
            A atriz e comediante Cida Mendes, conhecida por seu papel de Concessa, é outra que aposta em Paracatu. Construiu, nas margens da BR-040, a Casa de Concessa, um restaurante com pratos típicos, que ainda oferece shows e bailes para os visitantes.
            No entanto, é triste saber que muito da cidade se perdeu. Prédios belíssimos, como o Philodramatico, um dos teatros pioneiros de Minas Gerais, de 1890, foi demolido sem dó nem piedade nos anos 1950, para abrigar um prédio horroroso. Mas Paracatu em um importante legado em seus artistas, escritores e intelectuais, como Afonso Arinos, Oliveira Netto  e outros. É de lá também o ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, uma das mais apreciadas autoridades éticas do país na atualidade. Que a nova geração paracatuense se espelhe nesses grandes exemplos, para transformar Paracatu em uma cidade cada vez mais próspera e humana.

Outras observações:

Casamentos e mais casamentos: em quatro dias em Paracatu, presenciei dois casamentos na Igreja Matriz de Santo Antônio. Um deles, com direito a fogos. Como a igreja fica atrás da pousada, o espetáculo foi visto de camarote. E, numa surpresa final, minutos depois, surgem os noivos para uma sessão exclusiva de fotos no casarão da pousada, com direito a poses românticas.

É uma pena ver o estado lastimável do teatro de arena construído no anexo da Casa de Cultura. O espaço é muito bonito, mas teve sérios problemas estruturais por causa de uma tubulação de água que passa no terreno onde está instalado. Nem bem foi utilizado e ele foi tragado por vários abalos que deixaram sua estrutura totalmente comprometida. Engenheiros, arquitetos e técnicos estudam uma solução para o impasse, com o objetivo de fazer o local funcionar de vez.

Confira o trabalho de preservação da memória em Paracatu: www.paracatumemoria.wordpress.com

E mais: http://www.youtube.com/watch?v=Ly8AqBZq63c

Rua do Ávila, a principal do Núcleo Histórico

Flores na janela

Casa de Cultura de Paracatu
Teatro de Arena: problemas de infiltração atrasam a inauguração

Detalhe arquitetônico

Rua do Ávila

Postes de amarrar cavalos

Detalhe do edifício da Casa de Cultura

Praça da Jaqueira

Almofada criada por artesãos paracatuenses

Casarão

Detalhes arquitetônicos e paisagísticos

Arquitetura colorida

Chafariz e Passo da Paixão

Detalhe do Chafariz da Traiana

Capela de Santana: destruída em 1935 e reconstruída posteriormente

Praça de Santana: vida tranquila do interior mineiro

Pausa para uma água de coco debaixo da árvore

Fundos do Sobrado Dona Beja

Matriz de Santo Antônio

Cine Teatro Santo Antônio

Detalhe da fachada da matriz

Praça JK, em Paracatu

Interior da Matriz de Santo Antônio

Arquivo Público de Paracatu

Casa de Afonso Arinos

Desmamada: um quitute típico de Paracatu

Outra iguaria: Mané Pelado com Abacaxi

Vereda

Cachoeira do Ascânio: queda menor

Eu e Wagner Cosse na queda maior da Cachoeira do Ascânio

Comidinha saborosa na Cachoeira do Ascânio

Um gatinho da região rural de Paracatu
Wagner Cosse e João Paulo, nosso guia muito bem informado

Aqui passou a estrada que ligava Minas a Goiás, na época dos bandeirantes

Câmara Municipal de Paracatu à noite

Beco e a Igreja do Rosário (fundo)

Sobrado Dona Beja

Praça do Rosário, com uma gameleira fantástica

Sobrado da Rua do Ávila

Restaurante da Concessa

Detalhe de pintura do século 18, retratando N.Sra. do Rosário

Janela do Museu Histórico, em restauração

Praça e Matriz de Santo Antônio

Fechadura

Philodramatico: teatro destruído em 1952

Rua do Ávila à noite

Pousada da Vila

Fachada

Jardins internos

Sala de leitura

Jardins internos

Bordado com o desenho da fachada da pousada

Salão do café

Sala principal

Turnê Atacama/Uyuni Parte IV: Salar de Uyuni

  No bosque das bandeiras, atração do Salar de Uyuni Veja as fotos no final do texto Clique nas fotos para ampliá-las      Chegamos à última...