domingo, 17 de novembro de 2019

Europa 8 - Innsbruck, uma grata surpresa

A cidade é marcada pelas praças bem cuidadas e as montanhas arrebatadoras (foto de Wagner Cosse)
Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
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Innsbruck, localizada no Tirol austríaco, talvez tenha sido a maior surpresa da viagem. A princípio, faríamos dela apenas um ponto de apoio para visitarmos os castelos do sul da Alemanha. Mas, ao chegarmos lá (e devido ao curto tempo), decidimos conhecer a bela cidade.
            Vale ressaltar que o caminho de trem entre Paris e Innsbruck já tinha sido um deslumbre. Cruzamos praticamente toda a Suíça, tendo como visual as paisagens marcadas por inacreditáveis lagos e montanhas.
            Chegamos à noite em Innsbruck e, antes de irmos diretamente para o hotel, jantamos em um restaurante próximo à estação ferroviária. Tudo ia razoavelmente bem, exceto o tratamento frio e, penso, preconceituoso, conosco, turistas que não têm o padrão germânico. Mas, como se trata de uma localidade turística, que recebe pessoas do mundo inteiro, acredito que foi somente um sentimento, não uma constatação. Não deixamos que isso afetasse o nosso humor, mas fica o registro.
            O hotel, Leipziger Hof, muito confortável e bem localizado, foi o primeiro ponto positivo de Innsbruck. O café da manhã foi o melhor da viagem, com uma grande variedade de pães, queijos, frutas e jeitos de se servir os ovos. O quarto em que me hospedei tinha banheira e uma vista magnífica das montanhas que fizerem, do local, um disputado destino para a prática de esportes de inverno (Innsbruck já sediou duas olimpíadas de inverno).
            Logo à frente do hotel, uma praça verdejante, coberta de flores, com lago e passarelas. Um rio muito límpido passava ali perto. Muitas pessoas se divertiam, praticando esportes ou simplesmente passeando, como nós. E sempre as montanhas circundando todos os lugares. A mais alta delas tem 2.400 m.
            Sendo a capital do Tirol, Innsbruck (que significa “a ponte do rio Inn) é um centro urbano bem equipado, com bom transporte público e muitas opções de restaurantes e hotéis. Com quase 130 mil habitantes, é a quinta maior cidade da Áustria, com uma famosa universidade e forte entreposto comercial.
Caminhando um pouco mais, chegava-se a um shopping com ótimas opções de lojas e, um pouco mais adiante, avistamos o centro histórico. Nesta área pode-se ver as influências do tempo em que o Império Austro-Húngaro tinha uma forte presença na economia mundial. Tanto que existe uma “filial” do palácio Hofburg na cidade, onde antigamente os imperadores e sua corte passavam o inverno. Infelizmente o palácio já estava fechado à visitação na hora em que estive lá.
A catedral é de cair o queixo pelo seu estilo rococó repleto de ouro e ornamentos. O órgão, em tom azulado, e os afrescos a transformam em um verdadeiro museu. Perto dela, na rua Herzog-Friederich, está a torre Stadtturm, com 56 m de altura. Do alto, ao custo de alguns euros, os visitantes podem ter uma vista sensacional das redondezas.
Perto da torre, está o símbolo de Innsbruck: o telhado dourado Ele está sobre a sacada de um palacete construído ainda na Idade Média. Para quem gosta de números, ele é composto por 2.657 telhas de cobre com cobertura de ouro. A residência pertencia ao arquiduque Maximiliano I, também imperador da Alemanha. Segundo a história (ou a lenda, dizem alguns), ele foi construído em 1500 para comemorar o segundo casamento do monarca, com Bianca Maria Sforza, de Milão. Ainda no mesmo quarteirão, há prédios elegantes, construídos em épocas variadas, como o Helblinghaus, de 1725.
Cem metros adiante está o rio Inn, que pode ser atravessado por uma ponte que não chamaria nenhuma atenção especial, não fossem os jarros floridos que adornam seus postes. E o fato de ser um mirante tanto para as montanhas como para o conjunto de casas coloridas na outra margem. Flores, aliás, estão em todos os lugares: praças, ruas e sacadas. Ah, e o rio é impressionantemente limpo.
Fechando o rol das surpresas, Innsbruck abriga o museu da joalheria Swarovski, com esculturas, enfeites, adornos, dentre outras peças. Alguns objetos são formados por mais de 2.880 cristais. Criado em 1995, já recebeu mais de 14 milhões de turistas. Não tive tempo de conhecê-lo na íntegra, mas apreciei várias de suas obras logo na entrada do edifício.
Assim resumo um dia e meio em Innsbruck, recanto austríaco que merece a visita. Imaginei como seria a cidade no inverno, com aquela cordilheira toda branca pela neve. Seria, com certeza, como conhecer outra cidade.
Agora é hora de pegar o trem. A próxima parada é Salzburgo.

Com Conceição e Vinicius no jantar, na chegada à cidade (foto de Wagner Cosse)
O quarto do hotel

Visual da janela do hotel

Fachada do hotel

 Praça (ou parque) em frente ao hotel


 


Um dos rios que corta a cidade: limpidez

Praça na área central da cidade

Detalhe da decoração de um edifício

As montanhas sempre cercando a área urbana

Sacada de um edifício com uma instalação de pombos

Casario colorido

O telhado dourado

Wagner na principal rua do centro histórico

Mais uma da sacada com o telhado dourado, no palacete que pertenceu ao arquiduque Maximiliano I

Prédio do século XVIII, com decoração rebuscada

Novo ângulo da sacada do telhado dourado

Aspectos decorativos de um edifício do centro histórico

A torre da cidade, de onde se tem uma bela vista de Innsbruck



A ponte sobre o rio Inn e o casario preservado

Flores decoram os postes da ponte

Vista do alto da torre

Outra vista do alto da torre (ao fundo, as pistas de esqui)

Wagner observa a vista da cidade do alto da torre

Flores colorem e enfeitam os edifícios

 Catedral de Innsbruck





Belíssimo órgão em tons azulados e dourados





Quarteto formado por jovens músicos toca no centro histórico

 Museu da Joalheria Swarovisk



Bustiê feito de cristais Swarovski


Shopping centrer

Paisagem da área central

Novamente, na praça em frente ao nosso hotel




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