domingo, 28 de abril de 2024

Viagem ao Chile Parte 2 – Vinícola Alyan e Valle Nevado

 

Fim de tarde na vinícola Alyan, nos arredores de Santiago

Valle Nevado em outono, antes da neve chegar

O segundo dia de nossa viagem começou mal. Havíamos comprado um passeio para conhecermos a região de Cajón del Maipo, incluindo o Embalse (reservatório de água) El Yeso e as Termas de Colina - um parque belíssimo situado na região da Cordilheira dos Andes. Mas, o alarme do relógio não funcionou, dormimos até mais tarde e perdemos o transporte.

            No entanto, a empresa Chilenjoy (www.chilenjoy.com), que organizou o tour, foi extremamente compreensiva conosco e nos ofereceu um passeio substituto, que poderia se fazer período da tarde para a noite.

            Mesmo chateados o acontecimento, acabamos aceitando a oferta e rumamos para a Vinícola Alyan, a aproximadamente 1h30min do centro de Santiago. O pacote envolvia degustação dos vinhos produzidos pela empresa, uma bem servida tábua de queijos e petiscos e um jantar. Tudo isso com direito a um brinde enquanto admirávamos um dramático pôr-do-sol no terraço.

            O tour nos surpreendeu, pois os organizadores foram generosos em todos os serviços. E os vinhos eram muito bons. Diferente de outras vinícolas mais famosas (das quais ouvimos algumas críticas negativas), esta nos ofereceu um atendimento especial e em português, pois a enóloga responsável pela vinícola é carioca e se chama Maira.

            Para chegarmos lá, viajamos em uma van, que comportava 16 pessoas mais o motorista. Doze delas pertenciam a um mesmo grupo, formado por seis casais na faixa de 45-55 anos, que têm hábito de viajar juntos há muitos anos. Por causa disso, ou talvez por falta de um bom “desconfiômetro”, simplesmente ignoraram ou pareceram ignorar a nossa presença e transformaram o caminho de ida numa verdadeira tortura. Bebiam, conversavam alto, reclamavam do motorista (pois um deles quis interromper a viagem – de maneira desrespeitosa, diga-se de passagem - para ir ao banheiro, o que não estava previsto, devido aos horários do passeio), dentre outras chateações. Felizmente, a situação abrandou quando chegamos à vinícola e nos juntamos a outros grupos. No retorno, mais alcoolizados e acalmados, tiveram uma atitude menos invasiva.

            Há muito tempo, Wagner e eu viajamos juntos e nunca passamos por situação parecida. Nos outros passeios que fizemos, felizmente não tivemos os mesmos problemas. Mas, confesso, que quase me arrependi de ter estado ali.

            No balanço final, o resultado foi muito positivo. O lugar, encravado entre as montanhas e com plantações e mais plantações de uvas de diversas características (Cabernet Sauvignon, Carménère, dentre outras), supriu o estresse inicial. Outra característica nos encantou foi o fato de o proprietário nos receber e cumprimentar a todos os presentes individualmente, mostrando seu apreço e receptividade.

            O Cajón del Maipo ficará para uma próxima oportunidade.

 

Valle Nevado


            Ainda em se tratando de agência de viagens e passeios ao crepúsculo, havíamos combinado antecipadamente, com a mesma Chilenjoy, conhecer o Valle Nevado, em um tour que também inclui a observação do pôr-do-sol.

            O vale, que é a principal e mais bem equipada estação de esqui do Chile, fica abarrotado no inverno, com a região totalmente coberta pela neve. Fora desta temporada, os locais são menos frequentados, mas é possível observar as montanhas em suas cores originais, sem o tapete branco característico. É bom ressaltar, no entanto, que determinadas montanhas mantêm seus cumes cobertos de neve durante todo ao ano.

            O local é totalmente dedicado ao turismo e aos esportes de inverno. Hotéis de luxo, restaurantes, cafés, lojas e outros atrativos funcionam a pleno vapor na estação gelada. No outono, época da nossa visita, muitos lugares ficam fechados. A proposta das agências é conhecer a região, que fica a mais de 3.000 m de altitude, para observar as montanhas e assistir ao espetáculo do sol se pondo. Para melhorar o clima, há um piquenique, com vinhos e alguns petiscos no vilarejo de Farellones, que parece um pedaço da Europa encravado no Chile.

            Para chegarmos ao Valle Nevado, enfrentam-se 60 curvas bastante fechadas, num verdadeiro ziguezague, que pode causar um certo enjoo em alguns passageiros. Felizmente, por sermos de Minas Gerais, estamos razoavelmente acostumados com essa geografia. Retornamos ao hotel, em Santiago, já bem tarde da noite.

            Finalizamos aqui esta etapa da viagem e, na próxima postagem, vamos visitar Valparaíso, uma cidade muito especial, Patrimônio da Humanidade, com características peculiares. Até mais!

 

Vinícola Alyan












Maira, a enóloga brasileira

Brinde com Wagner no pôr-do-sol

Jantar com novos amigos







Valle Nevado e Farellones

Cordilheira dos Andes a caminho do Valle Nevado




Pistas de esqui aguardam a neve e a chegada dos turistas de inverno






Wagner e o brinde ao pôr-do-sol de Farellones





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