quarta-feira, 22 de junho de 2022

Conhecendo a Serra do Brigadeiro, em Minas Gerais

 

No mirante do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro.
Foto de Wagner Cosse editada por Thelmo Lins

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        As pessoas que acompanham minhas postagens neste blog, sabem que eu tenho o projeto de conhecer todos os parques ecológicos instalados em Minas Gerais. Ao longo dos últimos anos, visitei parques nacionais e estaduais, tais como o de Ibitipoca, Rio Preto, Rio Doce, Grande Sertão, Vale do Peruaçu, Caraça, Caparaó, Aiuruoca, Canastra, dentre outros, sem contar com os do Rola Moça e do Cipó, que ficam próximos à capital mineira, aonde resido.

            Desta vez, fui conhecer a Serra do Brigadeiro, em Araponga, Zona da Mata, aproximadamente 290 km de Belo Horizonte. Estive lá no feriado de Corpus Christie, entre 16 e 19 de junho de 2022.

            Confesso que desconhecia a existência deste parque estadual e me surpreendi com sua beleza. Ele abrange 13.210 hectares, englobando sete municípios: Araponga, Fervedouro, Ervália, Miradouro, Divino, Pedra Bonita e Muriaé. Seu mapa lembra um pouco o do Chile, comprido e fino. A sede está localizada em Araponga, de onde parti para várias visitas, acompanhado por meu companheiro de viagem, Wagner Cosse.

            De acordo com uma funcionária, o parque ocupa o terreno de um antigo território da empresa Belgo Mineira, que realizou, ao longo de muitos anos, o desmatamento de toda a região, que integra a Mata Atlântica brasileira, para utilização em suas unidades industriais. Devido à sua importância para toda a região, há muitas décadas vários ambientalistas lutaram para sua preservação. E, a partir de 1996, o parque foi finalmente instituído. Mas, somente em 2005 ele ganhou os equipamentos como o centro de visitação e a demarcação das trilhas. E, num trabalho hercúleo, toda a sua mata foi replantada e revitalizada, resultando no que é hoje.

            Existem muitas matas ainda nativas e outras secundárias, em que convivem espécies como ipês, jequitibás, embaúbas, bromélias. A fauna é composta por diversas espécies, que vão de minúsculas pererecas à onça parda. Lá abriga também o maior primata da América do Sul, o muriqui, que está ameaçado de extinção.

            A região é montanhosa, por isso a temperatura média é de 18ºC. O pico mais elevado é o do Boné, de 1.840m de altitude, localizado a 28 km da sede. Para alcançá-lo é preciso enfrentar uma trilha de aproximadamente 7 km (que eu não fiz). Mais próximo e com um trajeto de relativa facilidade está o Pico do Grama (1.561m), que tem uma boa trilha autoguiada, com cerca de 5 km (ida e volta). Tive a oportunidade de cumprir este trajeto e o esforço da subida foi compensado pela paisagem majestosa que se descortina. Como o dia estava muito claro e ensolarado, podem ser avistados quilômetros e quilômetros de montanhas e matas.

            Fiz também um trecho, de aproximadamente, 1,5 km da Trilha das Águas (o total são 2,1 km). Nela pode-se observar, além de entranhadas formações vegetais, alguns pocinhos, dentre eles o Poço do Cipó. Não consegui ver nenhum animal, além de uma pequena cobra amarronzada, que logo se entranhou na selva, e o canto da araponga, ave símbolo do parque.

            Há, ainda, incríveis mirantes em alguns pontos estratégicos.         

Mais detalhes sobre o parque podem ser obtidos neste link:

http://www.ief.mg.gov.br/component/content/197?task=view

 

Hospedagem

 

            Outra boa surpresa foi a hospedagem na Pousada Serra D´Água, situada a 4 km da portaria de acesso pela estrada de Araponga, e a cerca de 6 km desta cidade. O caminho tem alguns lances pavimentados, mas grande parte é de terra. Dirigida pelo casal Renato e Lívia, a pousada fica numa antiga fazenda, cuja casa-grande ainda é preservada. Os chalés e outros cômodos da pousada foram construídos ao redor do casarão.

            Serra D´Água é circundada por belas montanhas. Na área de lazer, existe até mesmo um poço, que eles renomearam de Prainha, formado por uma cachoeira. Com direito, inclusive, a uma faixa de areia. O frio de cortar que fazia na época não me permitiu arriscar nas águas geladas. Wagner, que é mais corajoso do que eu nessas ocasiões, também optou por não entrar. Há, ainda, três pequenas piscinas e um restaurante, aonde são servidos o café da manhã, o almoço e os caldos da noite. Os alimentos são incluídos no pacote, que tem um preço bastante acessível.

            Os quartos são agradáveis. No nosso caso, o chalé tinha uma pequena varanda com redes e, em comum com o quarto ao lado (que estava vazio, por sinal), uma saleta com TV (Sky), pia e geladeira. A internet é ruim.

            O atendimento é bastante familiar, com direito a papos agradáveis, comidinhas mineiras e o café produzido na própria pousada. Araponga é uma famosa produtora deste importante grão.

Veja mais sobre a pousada em: https://www.pousadaserradagua.com/.

            Fico por aqui e recomendo bastante este passeio. Principalmente para quem quer sossego e para grupos familiares. Há atrações para todas as idades. Um grande abraço e até a próxima viagem!


Visual da região da Serra do Brigadeiro

Wagner fotografa no mirante da Serra

Pico do Grama

Wagner na trilha do Pico do Grama

Paisagem do alto do pico




Observando as montanhas e florestas do alto do pico
Foto de Wagner Cosse, editada por Thelmo Lins

Sede do parque vista do alto do pico

Alto do Pico do Grama

Por-do-sol em Araponga


Araponga




Trilha 

Pico do Grama e trilha do Parque Estadual

Trilha das Águas. Foto de Wagner Cosse,
editada por Thelmo Lins






Sede do parque e centro de visitação

Mapa do parque



Pousada Serra D´Água


À direita, parte do chalé que ocupei na pousada.

O casarão da fazenda antiga

Salão de refeições

Na área de lazer. Foto de Wagner Cosse,
editada por Thelmo Lins


Prainha

O chalé que ocupei.


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