sábado, 12 de maio de 2018

DICA DA SEMANA - Paris: Torre Eiffel, Museu do Louvre e Museu D´Orsay

Do alto da Torre Eiffel e a vista de Paris

Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
Clique nas fotos para ampliá-las



            Certa ocasião, voltando de avião de alguma viagem, ouvi uns passageiros comentando sobre uma turnê pela Europa. Dentre vários elogios, eles criticaram duramente Paris.
            Em outra situação, conhecidos meus falavam da dificuldade que encontraram na capital francesa, principalmente no entendimento da língua, e acabaram apelando para se alimentar em redes de fast food, ignorando aquela reconhecidíssima culinária.
            Muitos também ressaltam a falta de paciência e até a grosseria de muitos parisienses, incomodados com tantos visitantes.
            Pois é, Paris não é uma unanimidade. Quanto a mim, que estive na cidade em 2010, em companhia do jornalista Wagner Cosse, não tenho o que me queixar. Acredito que a cidade é para quem se prepara para ela e para quem, dentre outras coisas, admira a arte.
            E ela pulsa o tempo todo, em todos os lugares. Nos fantásticos museus, nas galerias, nas praças, nos edifícios e pontes, nas igrejas e nas incríveis maisons de alta costura. Paris, para mim, é principalmente caminhar a esmo pelas ruas, sem destino pré-definido, absorvendo a beleza de cada detalhe, sentindo a cidade em os seus matizes.
            Paris é uma metrópole multifacetada, com grandes problemas urbanos. É também uma cidade de grande multiplicidade étnica e religiosa, pois para lá migram milhares de pessoas de todas as partes do mundo. O metrô talvez seja o lugar mais simbólico neste sentido. Podemos observar, em um vagão, faces de raças distintas e perfis de pessoas de países tão longínquos quanto o Japão e Botswana, Brasil e Índia, Indonésia e África do Sul. Ali o mundo pulsa.
            Por isso, também, é uma cidade alvejada por grupos terroristas, vivendo em constante vigilância. A segurança na capital francesa é assunto internacional.
            E a França é o país que mais recebe turistas no mundo. São mais de 70 milhões em média que visitam o país anualmente e boa parte desse contingente marca presença em Paris. A Torre Eiffel, por exemplo, é o monumento mais visitado do planeta, com cerca de 7 milhões de pessoas anualmente.
            A partir desta postagem, vamos tratar de alguns pontos que eu visitei de Paris, como a própria torre, os museus do Louvre e D´Orsay, a Ópera de Paris, a catedral de Notre Dame e o bairro mais boêmio da cidade, Montmartre, dentre outros.
            Vamos começar pela Torre Eiffel, que costuma ser a cereja do bolo para quem visita a cidade. Como estive lá no mês de abril, ainda havia a brisa fria do inverno, portanto o número de turistas que enfrenta a fila para subir no monumento de ferro era bem menor do que no verão. E você pode me perguntar: tem graça visitar esse monumento? Primeiramente, respondo que, além de um forte símbolo da cidade (talvez o mais expressivo), a torre é belíssima. Cada andar que subimos (ela tem cerca de 300 metros de altura), descortinam-se paisagens impressionantes de Paris.
Subimos no fim de tarde, com a intenção de ver as luzes noturnas da cidade se acenderem. E, confesso, o visual é arrebatador. Valeu cada minuto das quase duas horas de fila que enfrentamos para chegar ao seu topo.
Dali observamos quase toda a cidade. O Campo de Marte, as ruas planejadas, a parte moderna de Paris, conhecida como o bairro La Defense, o rio Sena, a Champs Elysées. A planta da capital francesa é um bordado. Talvez seja esse um dos principais motivos de sua atração internacional (além do charme, é claro). Preservar o antigo e o novo, estar continuamente se atualizando, lançar moda, venerar o passado.
O mesmo se pode observar andando calmamente às margens do Sena, durante o dia, ou de barco por essas famosas águas. Tudo ali inspira beleza e plasticidade.
Sempre quis conhecer o Louvre e o D´Orsay, dois dos mais famosos museus franceses. Nenhum deles é possível conhecer em um dia. Por isso, é preciso ter paciência e se conformar em ver o que cabe na nossa agenda (eu fiquei em Paris somente cinco dias).
Sobre o Louvre, ou qualquer outro museu desse porte, o meu conselho é definir as suas prioridades. Examinar no catálogo e na planta do museu onde estão as obras que mais deseja conhecer. Caso contrário, quando as portas estiverem se fechando, você ainda estará no Egito antigo (o museu começa na Antiguidade e vai até o século 17). Amigos meus que moraram na capital francesa e visitaram o museu inúmeras vezes não o conheceram completamente.
Vi a Vênus de Milo (mais bonita ao vivo do que nas fotos), a arrebatadora Vitória de Samotrácia (que tem uma réplica na capital mineira, onde vivo), a enigmática Monalisa, as esculturas de Miguelângelo, a arte egípcia e persa. Depois flanei naqueles corredores, perdendo-me entre tantas obras. Felizmente, não havia tantos turistas como na alta temporada, o que facilitou a observação dos quadros. Além disso, o prédio do museu é uma atração à parte. A arquitetura e a decoração das paredes e forros são fantásticas. Felizmente o museu permite que façamos fotos, desde que não usemos flash.
O D´Orsay é o meu preferido, pois tenho o Impressionismo como meu estilo preferido na História da Arte. E, dentre os artistas, ponho no meu panteão pessoal Claude Monet. O museu exibe, dentre tantas obras do mestre, quatro das várias telas que ele pintou em frente à catedral de Rouen, em sua obsessão por mostrar o efeito da luz em sua fachada nas distintas horas do dia. Emocionante!
Renoir, Manet, Van Gogh, Gauguin, Cezánne e outros nomes podem ser apreciados no museu, num festival de cores e técnicas. A cada sala, uma galeria mais surpreendente. Como admirador das artes plásticas, fiquei em completo êxtase. Wagner, mais sensível do que eu, foi às lágrimas em vários momentos.
O museu ocupa uma antiga estação ferroviária, que foi adaptada para a nossa finalidade. Na impossibilidade de fazer registros fotográficos em seu interior, deixo aqui o site para consulta dos leitores: http://www.musee-orsay.fr/en/home.html.
Bem, para não deixar os leitores muito sufocados, vou encerrar esta postagem por aqui. Mas voltarei a falar da capital francesa na próxima semana, quando postarei mais uma parte dessa viagem. Au revoir!

Rio Sena



 Torre Eiffel

Vista noturna da torre

A torre no fim de tarde

Vista do alto da torre




Com o Wagner, em um dos mirantes da torre

Local que marca as distâncias das principais cidades do mundo

Paris à noite vista do alto da torre

 Museu do Louvre

Visão noturna do Museu do Louvre

Vênus de Milo


Vitória de Samotrácia

Forro de uma das galerias do museu

Detalhe da decoração do prédio

Obra de Leonardo da Vinci






Obra de Goya

Obra de El Greco

Interior do museu

Obra de Veermer

Galeria do Louvre: esplêndida decoração



Obra de Miguelângelo

Exposição do Egito antigo

Ala dos persas

Monumento persa

Debaixo da pirâmide

Dentro da pirâmide

Do lado de fora do Louvre

A famosa pirâmide serve como entrada para o museu

Fachada do Museu D´Orsay

 Pontos turísticos da capital francesa

Praça de La Concorde

Les Invalides

Champs Elysées

Vitrine

Café na Champs Elysée


O Arco do Triunfo

Rua florida da capital francesa

Calçada da Champs Elysée


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