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Baía de Babitonga, atração turística de Joinville, Santa Catarina |
Fotos de Thelmo Lins. Clique nas fotos para ampliá-las
Joinville
é a maior cidade de Santa Catarina e a terceira maior economia do sul do
Brasil. Tem aproximadamente 600 mil habitantes. E para lá eu fui no início de
junho, como convidado da 15ª edição da Feira do Livro.
Portanto,
não estava lá por turismo, mas para fazer dois shows de poemas musicados que eu
produzi recentemente: O que você vai ser quando crescer?, voltado para o
público infantil; e Balada dos Casais, inspirado na obra de Affonso Romano de
Sant´Anna e Marina Colasanti. Esta escritora, inclusive, foi uma das estrelas do evento. Joinville, por sua vez, não é essencialmente uma
cidade turística – é mais um polo industrial, mas tem seus encantos.
A
primeira sensação foi de acolhimento. As pessoas cumprimentam nas ruas, são
extremamente amáveis e explicam tudo com uma precisão diferenciada. Por
exemplo: o monumento fica a 900 metros; a farmácia fica a 300 metros... e por
aí vai.
Apesar
de estar envolvido com os meus afazeres ligados à feira, pude conhecer um pouco
da cidade. Primeiramente, hospedaram-me em um hotel extremamente charmoso, o
Tannenhof, que tem uma arquitetura diferenciada, lembrando o estilo enxaimel,
implantado pela colônia alemã quando emigrou para o Brasil no século passado. Além
de muito confortável, ele tem um restaurante maravilhoso. Contam que ele
oferece o melhor fondue de Joinville. Infelizmente, não pude experimentá-lo.
Mas apreciei outros pratos, muito saborosos.
Por falar em gastronomia, tive a oportunidade de conhecer a Adega Don Maximiliano. Na sua origem, era uma casa de comercialização de vinhos de qualidade. Com o tempo e a pedido dos clientes, transformou-se em um requintado restaurante. O local, por si só, já vale a visita.
O
hotel fica próximo à rua gastronômica, que tem várias opções de restaurantes.
Devido aos compromissos com a feira, não pude apreciá-los, mas há observei a
variada gastronomia, da alemã à mexicana; da espanhola à italiana.
Do
hotel, eu caminhei para a área central da cidade. Era domingo e havia uma
feirinha de artesanato, que também vendia roupas e outros produtos. É bem no
centro que ainda encontramos alguns remanescentes dos casarões dos séculos 19 e
20 (a cidade foi fundada em 1867) e a belíssima Rua das Palmeiras, cartão
postal de Joinville. Ela possui 52 palmeiras imperiais, que foram plantadas no
início do século passado. No final da rua, está o Museu Nacional da Imigração e
Colonização, atualmente fechado para reforma.
Joinville
tem este nome graças à família real brasileira. O município fez parte do dote
de casamento de Dona Francisca, irmã de Dom Pedro II, que veio a se casar com o
Príncipe de Joinville, o francês Ferdinand Philipe. O busto da princesa enfeita
a Rua das Palmeiras.
Conheci
também a Catedral, mas não achei nenhuma graça em sua arquitetura.
Outra
joia da cultura local é a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, a única que
existe no mundo, além da sede na Rússia. Graças ao desenvolvimento da dança na
região, Joinville tem um disputado festival internacional de balé, que atrai mais
de 6.000 dançarinos profissionais e amadores de todo mundo. Está, inclusive, no
Guinness Book como o maior festival do gênero realizado em todo o mundo. A sede
fica no Complexo de Eventos Cau Hansen que abriga, dentre outros, o Teatro
Juarez Machado, onde eu fiz um dos espetáculos musicais (o completo também
abrigou a feira do livro). O teatro homenageia o artista plástico e performance
que nasceu em 1941, em Joinville, e que atualmente mora na cidade. Várias de
suas obras estão espalhadas por vários recantos locais.
Menos
de dois quilômetros do complexo de eventos está o Mirante de Joinville. Para chegar
até lá, é preciso subir uma estrada de aproximadamente dois quilômetros, dentro
de uma mata densa, reminiscente da Floresta Atlântica. O ar é puro, mas
extremamente úmido. Pode se chegar ao mirante de ônibus ou de táxi. Preferi ir
de táxi e voltar a pé, apreciando a paisagem. Do local avista-se toda a cidade,
inclusive as montanhas e o mar, que está a apenas 36 quilômetros do centro. A
paisagem é de tirar o fôlego, literalmente.
Por
falar em mar, o passeio mais impressionante que fiz em Joinville foi pela Baia
de Babitonga, aonde desemboca o rio Cachoeira que abastece a população. Jamais
imaginaria que existisse este braço de mar na cidade catarinense. A paisagem é
belíssima. Para conhecê-la, basta fazer um passeio de barco, disponível para
turistas e visitantes a partir do píer no bairro Espinheiro (9 km do centro).
Tive a alegria de ser convidado a fazer o percurso em um iate, pertencente ao
empresário Miguel Abuhab. Confesso que nunca havia colocado meus pés em uma
embarcação desta natureza. Assim, o passeio transcorreu maravilhosamente, com
direito a um almoço delicioso. O empresário é primo do ator e dublador Isaac
Bardavid, que estava no local, contando histórias saborosas de sua vida.
Há
inúmeras outras atrações em Joinville e, principalmente, na região que a
circunda. Museus, festas, eventos comemorativos, encontros folclóricos e belas
construções. Eu não tive tempo de visitar todos, mas eles podem ser conhecidos
e acessados no site www.joinville.sc.gov.br.
Aqui
retrato o que vi e vivi, com muita alegria. E vivam os catarinenses, tão
carinhosos e receptivos!
Até
a próxima viagem!
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Hotel Tannenhof |
Área central da cidade
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Rua das Palmeiras |
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Detalhe da catedral |
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Ponte de pedestres |
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Museu Nacional da Imigração e Colonização |
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Outra casa do MNIC |
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Busto de Dona Francisca |
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Detalhe da Rua das Palmeiras |
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Rua das Palmeiras |
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Sociedade Harmonia Lyra |
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Vista da cidade do restaurante panorâmico do hotel |
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Vistas de Joinville |
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Antiga residência da cidade, que se transformou em sede bancária |
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Monumento aos imigrantes |
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Avenida que ladeia o Rio Cachoeira |
Feira do Livro e Escola Bolshoi
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Complexo de Eventos Cau Hansen |
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Portaria principal, com pinturas de Juarez Machado |
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Acima, pinturas de Juarez Machado |
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Na sede do Bolshoi brasileiro |
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Espaço onde funciona a Feira do Livro de Joinville |
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Com Eliardo França, Marina Colasanti, Antonieta Cunha e Mary França |
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Teatro Juarez Machado |
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Com amigos na saída do show. Ao meu lado, o músico Augusto Cordeiro.
De vermelho, a diretora da Feira do Livro, Sueli Brandão |
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Marina Colasanti em palestra na feira |
Adega Don Maximiliano
Passeio de iate pela Baía de Babitonga
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Com Isaac Bardavid, Augusto, Simon, Antonieta, Miguel, Leo Cunha e Sueli |
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Augusto: música e passeio pela baía |
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Com Augusto Cordeiro |
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Com Leo Cunha |
Mirante
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