quarta-feira, 13 de junho de 2018

Joinville, a maior cidade de Santa Catarina

Baía de Babitonga, atração turística de Joinville, Santa Catarina

Fotos de Thelmo Lins. Clique nas fotos para ampliá-las



            Joinville é a maior cidade de Santa Catarina e a terceira maior economia do sul do Brasil. Tem aproximadamente 600 mil habitantes. E para lá eu fui no início de junho, como convidado da 15ª edição da Feira do Livro.
            Portanto, não estava lá por turismo, mas para fazer dois shows de poemas musicados que eu produzi recentemente: O que você vai ser quando crescer?, voltado para o público infantil; e Balada dos Casais, inspirado na obra de Affonso Romano de Sant´Anna e Marina Colasanti. Esta escritora, inclusive, foi uma das estrelas do evento. Joinville, por sua vez, não é essencialmente uma cidade turística – é mais um polo industrial, mas tem seus encantos.
            A primeira sensação foi de acolhimento. As pessoas cumprimentam nas ruas, são extremamente amáveis e explicam tudo com uma precisão diferenciada. Por exemplo: o monumento fica a 900 metros; a farmácia fica a 300 metros... e por aí vai.
            Apesar de estar envolvido com os meus afazeres ligados à feira, pude conhecer um pouco da cidade. Primeiramente, hospedaram-me em um hotel extremamente charmoso, o Tannenhof, que tem uma arquitetura diferenciada, lembrando o estilo enxaimel, implantado pela colônia alemã quando emigrou para o Brasil no século passado. Além de muito confortável, ele tem um restaurante maravilhoso. Contam que ele oferece o melhor fondue de Joinville. Infelizmente, não pude experimentá-lo. Mas apreciei outros pratos, muito saborosos.
            Por falar em gastronomia, tive a oportunidade de conhecer a Adega Don Maximiliano. Na sua origem, era uma casa de comercialização de vinhos de qualidade. Com o tempo e a pedido dos clientes, transformou-se em um requintado restaurante. O local, por si só, já vale a visita.
            O hotel fica próximo à rua gastronômica, que tem várias opções de restaurantes. Devido aos compromissos com a feira, não pude apreciá-los, mas há observei a variada gastronomia, da alemã à mexicana; da espanhola à italiana.
            Do hotel, eu caminhei para a área central da cidade. Era domingo e havia uma feirinha de artesanato, que também vendia roupas e outros produtos. É bem no centro que ainda encontramos alguns remanescentes dos casarões dos séculos 19 e 20 (a cidade foi fundada em 1867) e a belíssima Rua das Palmeiras, cartão postal de Joinville. Ela possui 52 palmeiras imperiais, que foram plantadas no início do século passado. No final da rua, está o Museu Nacional da Imigração e Colonização, atualmente fechado para reforma.
            Joinville tem este nome graças à família real brasileira. O município fez parte do dote de casamento de Dona Francisca, irmã de Dom Pedro II, que veio a se casar com o Príncipe de Joinville, o francês Ferdinand Philipe. O busto da princesa enfeita a Rua das Palmeiras.
            Conheci também a Catedral, mas não achei nenhuma graça em sua arquitetura.
            Outra joia da cultura local é a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, a única que existe no mundo, além da sede na Rússia. Graças ao desenvolvimento da dança na região, Joinville tem um disputado festival internacional de balé, que atrai mais de 6.000 dançarinos profissionais e amadores de todo mundo. Está, inclusive, no Guinness Book como o maior festival do gênero realizado em todo o mundo. A sede fica no Complexo de Eventos Cau Hansen que abriga, dentre outros, o Teatro Juarez Machado, onde eu fiz um dos espetáculos musicais (o completo também abrigou a feira do livro). O teatro homenageia o artista plástico e performance que nasceu em 1941, em Joinville, e que atualmente mora na cidade. Várias de suas obras estão espalhadas por vários recantos locais.
            Menos de dois quilômetros do complexo de eventos está o Mirante de Joinville. Para chegar até lá, é preciso subir uma estrada de aproximadamente dois quilômetros, dentro de uma mata densa, reminiscente da Floresta Atlântica. O ar é puro, mas extremamente úmido. Pode se chegar ao mirante de ônibus ou de táxi. Preferi ir de táxi e voltar a pé, apreciando a paisagem. Do local avista-se toda a cidade, inclusive as montanhas e o mar, que está a apenas 36 quilômetros do centro. A paisagem é de tirar o fôlego, literalmente.
            Por falar em mar, o passeio mais impressionante que fiz em Joinville foi pela Baia de Babitonga, aonde desemboca o rio Cachoeira que abastece a população. Jamais imaginaria que existisse este braço de mar na cidade catarinense. A paisagem é belíssima. Para conhecê-la, basta fazer um passeio de barco, disponível para turistas e visitantes a partir do píer no bairro Espinheiro (9 km do centro). Tive a alegria de ser convidado a fazer o percurso em um iate, pertencente ao empresário Miguel Abuhab. Confesso que nunca havia colocado meus pés em uma embarcação desta natureza. Assim, o passeio transcorreu maravilhosamente, com direito a um almoço delicioso. O empresário é primo do ator e dublador Isaac Bardavid, que estava no local, contando histórias saborosas de sua vida.
            Há inúmeras outras atrações em Joinville e, principalmente, na região que a circunda. Museus, festas, eventos comemorativos, encontros folclóricos e belas construções. Eu não tive tempo de visitar todos, mas eles podem ser conhecidos e acessados no site www.joinville.sc.gov.br.
            Aqui retrato o que vi e vivi, com muita alegria. E vivam os catarinenses, tão carinhosos e receptivos!
            Até a próxima viagem!


Hotel Tannenhof

Área central da cidade




Rua das Palmeiras

Detalhe da catedral

Ponte de pedestres

Museu Nacional da Imigração e Colonização

Outra casa do MNIC

Busto de Dona Francisca

Detalhe da Rua das Palmeiras

Rua das Palmeiras

Sociedade Harmonia Lyra

Vista da cidade do restaurante panorâmico do hotel

Vistas de Joinville






Antiga residência da cidade, que se transformou em sede bancária

Monumento aos imigrantes

Avenida que ladeia o Rio Cachoeira

Feira do Livro e Escola Bolshoi

Complexo de Eventos Cau Hansen

Portaria principal, com pinturas de Juarez Machado


Acima, pinturas de Juarez Machado

Na sede do Bolshoi brasileiro

Espaço onde funciona a Feira do Livro de Joinville

Com Eliardo França, Marina Colasanti, Antonieta Cunha e Mary França

Teatro Juarez Machado

Com amigos na saída do show. Ao meu lado, o músico Augusto Cordeiro.
De vermelho, a diretora da Feira do Livro, Sueli Brandão

Marina Colasanti em palestra na feira

Adega Don Maximiliano


Passeio de iate pela Baía de Babitonga






Com Isaac Bardavid, Augusto, Simon, Antonieta, Miguel, Leo Cunha e Sueli

Augusto: música e passeio pela baía


Com Augusto Cordeiro

Com Leo Cunha

Mirante

















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