Descobertas do Thelmo: São Lourenço, cidade do circuito das águas de Minas

domingo, 4 de março de 2018

São Lourenço, cidade do circuito das águas de Minas

Parque das Águas de São Lourenço

Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse

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Minas Gerais é um Estado privilegiado. Numa extensão territorial do tamanho de uma França, por exemplo, a gente encontra um país, tamanha é sua diversidade cultural.

Sempre quando eu penso em descansar e cuidar da saúde, me vem à cabeça o Circuito das Águas, no sul de Minas, formado por belas e aconchegantes cidadezinhas. Desta vez, a parada foi em São Lourenço, a maior e mais bem conservada delas (embora eu tenha um xodó por Caxambu, que, para mim, é a mais charmosa de todas).

Fim de fevereiro, início de março. Chuvas torrenciais em todo o Estado. No sul de Minas não é diferente. Mas o sol também deu seu ar da graça. E quando aparecia, possibilitava os passeios deliciosos por esses recantos tão aprazíveis. Por causa da chuva, as matas estavam lindas, muito verdejantes. A natureza agradecia. E nós, também.

Para se ter uma ideia, São Lourenço oferece, além de seu parque das águas (atualmente administrado pela Nestlé), passeio de Maria Fumaça, passeio de balão, passeio de charrete, trilhas e vários roteiros. Estive na cidade entre segunda e sábado de manhã, com os amigos Conceição e Wagner Cosse. O passeio de balão foi descartado por causa do clima (ele custa cerca de R$ 400 por pessoa). A Maria Fumaça só sai aos sábados e domingos. Portanto, não pude percorrer os 10 km entre São Lourenço e Soledade de Minas. Conceição e Wagner fizerem o passeio de charrete, enquanto eu conhecia as lojinhas da cidade. O passeio custou R$ 30, com duração aproximada de uma hora. O preço foi negociado.

Mas o parque nós aproveitamos mais. É um espaço muito bem cuidado, cuja estrela são as fontes de águas minerais e o balneário, onde podemos tomar banho e fazer massagens. Há vários, com preços também diferenciados, com valores que vão de R$ 42 a mais de R$ 140. Optei pelos banhos de espuma e de alecrim.

O parque tem uma bela lagoa e jardins encantadores, com algumas árvores centenárias. Na área central, há um pequeno teatro ao ar livre, coberto por bambuzais. É uma cena arrebatadora!

Há boas opções de restaurantes na cidade, para todos os gostos e bolsos. Como o local é muito frequentado pela turma que já passou dos 60 anos, em quase todos os prédios há acessibilidade. Os preços também são muito bons.

Dentre as opções, conheci o Café Unique, que ganhou fama nacional por ser um dos melhores do país e parada obrigatória para quem quer provar esse precioso líquido, muito apreciado pelos brasileiros e estrangeiros. Algumas marcas de café da região são premiadas internacionalmente e o quilo chega a custar mais de R$ 200. No local, é possível bebericar o café e apreciar algumas comidinhas. Os preços são bons.

A cereja do bolo da viagem a São Lourenço foi, sem dúvida, a Pousada Campestre (www.pousadacampestremg.com.br). A pesquisei por meio do Booking, mas negociei diretamente com a administração, que tem à frente o casal Loisana e Valdair. O local é um achado! Piscina térmica e piscina convencional, com água de mina, lanches e café da manhã deliciosos, quartos confortáveis, atendimento diferenciado. A pousada fica dentro de uma mata, com trilhas e até uma lagoa para quem gosta de pescaria. Há, também, espaço para crianças, uma pequena academia esportiva, churrasqueira e horta, de onde são cultivados alguns itens da alimentação diária. Na área do restaurante e do café da manhã, havia ainda alguns jogos, como xadrez, dama, dominó e outros, para diversão dos hóspedes, além de revistas em quadrinhos e livros. Uma rica variedade de pássaros nos acordava diariamente e o cachorro Lanterna guardava tudo, com seu olhar carinhoso. Ou seja, um paraíso.

O Circuito envolveu paradas por outras cidades da região, como Caxambu, Lambari, Maria de Fé e Cristina. Mas vou deixar para falar disso em outras postagens. Até o nosso próximo encontro.