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No Parque Güell (foto de Wagner Cosse editada por Thelmo Lins) |
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Gaudi,
futebol, cinema, olimpíadas, Ramblas... São palavras que vêm à mente quando
falamos de Barcelona. Acima de todas, principalmente para o povo que lá vive,
está a Catalunha. Visitei a cidade em agosto de 2019, na companhia dos amigos
Conceição, Vinicius e Wagner, que participam comigo da turnê por vários países
europeus.
É a primeira vez que vou à cidade.
Confesso que tive apenas dois dias para usufruir de suas belezas, quando
precisaria de, pelo menos, uma semana. Mas, dentro das possibilidades,
procuramos coletar o maior número de informações possíveis.
A Catalunha, estado aonde Barcelona
está inserida dentro da Espanha, vem realizando vários plebiscitos para obter
sua independência, sem sucesso. Muitos acreditam que isso não vá se consolidar,
mas há bandeiras em toda a cidade de moradores que estão inseridos no movimento
independentista. Ou seja, a chama está bem acesa.
Barcelona se difere das outras
cidades do mundo principalmente pela arquitetura. Gaudi é o nome mais famoso,
mas há outros arquitetos que buscaram lapidar um estilo de design que se tornou
a marca registrada do local. É pouco dizer o quanto impressionam as obras de
Gaudi (1852-1926). Conheci quatro: a Casa Batlló, La Pedrera (ou Casa Milá), a
Igreja da Sagrada Família e o Parque Güell. São verdadeiros monumentos, obras-primas.
As curvas, os mosaicos, o diálogo com a natureza e com outros edifícios da
cidade revelam uma vontade quase insana de romper com o tradicional e propor
uma arquitetura de sonhos, de delírios e profundo exotismo.
Uma obra de quase 140 anos...
A Sagrada Família, por exemplo, foi
iniciada em 1882 e até hoje continua no processo de construção. Segundo um
taxista local, a obra será concluída em 2025. É esperar para ver! O ingresso
cobrado para visitar o templo, administrado por uma ONG, custeia os trabalhos.
Quando estivemos lá, só havia tickets para o mês seguinte (por isso é importante
comprar antes de viajar, pelo menos em uma estação muito concorrida com o
verão). Cerca de 1.300 pessoas entram por hora na igreja, garantindo que os
cofres continuem cheios para garantir a finalização da obra.
A fachada é impressionante. São oito
torres gigantescas (o projeto prevê 18) que remetem ao estilo gótico do bairro
antigo da cidade. Campanários, esculturas e outros inúmeros detalhes que chamam
a atenção pelo seu preciosismo.
O Parque Güell, por sua vez, também
está cobrando uma taxa de 17 euros para visitar os principais monumentos.
Infelizmente, quando estive lá, não conheci esta parte, pois teria de esperar
mais de quatro horas na fila, tempo que eu não dispunha. Assim, na companhia de
Wagner, resolvemos conhecer o resto do parque, que tinha o acesso liberado.
Entre 1900 e 1914, o parque foi
criado originalmente para ser um bairro-jardim, dividido em 60 lotes, com a
função de atrair a classe alta para aquela parte da cidade. Mas, em 1922, foi
transformado em um parque para atender à população. Dois anos depois, já era
considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Lá estão as linhas curvas, os
mosaicos, a ousada interferência urbana e o equilíbrio entre a natureza e a
intervenção humana. Os troncos de árvores petrificados que ele desenvolveu
atestam essa união, assim como o brilhante pórtico-viaduto.
Ainda em Barcelona, há outras obras
do famoso arquiteto catalão, como a Casa Vicens, o Colégio de Santa Tereza, a
Casa Calvet, a Torre Bellesguard, dentre outras. A admiração por Gaudi é tão
grande na cidade, que há até um processo de beatificação correndo no Vaticano.
A explicação é o fato de ele ter sido um grande devoto do cristianismo.
Barcelona, ainda por cima, é uma
praia concorrida, com uma bela orla. As interferências urbanísticas realizadas
para as Olimpíadas de 1992 redimensionaram a cidade e a trouxeram para o século
XXI, ampliando consideravelmente o turismo. São quase 6 milhões de turistas
estrangeiros que passam por lá anualmente, que garantem a ela o 20º no ranking
das cidades mais visitadas do mundo, sendo a 5ª mais visitada da Europa.
Para quem tem pouco tempo, como nós,
o melhor é pegar um Bus Turístico, daqueles de dois andares. Além de passearem
por toda a cidade, eles ainda oferecem um sistema de audiofone que conta a
história dos monumentos. É ainda funcionam como um transporte urbano com um
preço bastante razoável, com a possibilidade de descer em todas as paradas que
desejar. E assim fizemos em Barcelona.
Ramblas
Terminamos o dia em um agradável
passeio pelas Ramblas, famoso calçadão da cidade. São 1,2 km arborizados, que
concentram um variado comércio, restaurantes e quiosques. Lá também se situa mercado
La Boqueria (que estava fechado no momento da nossa visita). O nome, de acordo
com a pesquisas, vem do árabe “ramla”, que significa "leito de rio seco”.
Ali a cidade pulsa.
Não tivemos tempo para visitar o
estádio do Barcelona, um dos mais famosos times de futebol do mundo, mas isso
também estava fora do contexto de nossa viagem. Mas as camisas do time eram
vendidas em todo o comércio local, destacando o grande amor que os torcedores
têm pelas cores azul, vermelha e amarela.
Por fim, não deixem de observar os
postes de iluminação. São lindos, principalmente os do Passeio de Gracia. Até
nisso a cidade é um charme.
Bom, é hora de despedir dessa bela
cidade e rumarmos para Paris, a outra etapa da viagem, que falaremos na próxima
postagem.
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Prédios da região praieira de Barcelona, onde ficaram hospedados os atletas olímpicos de 1992 |
Centro Histórico e bairro Gótico
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Praça da Catalunha |
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Bandeira da Catalunha na fachada do edfício |
La Pedrera
Passeio de Gracia
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Wagner e o belo poste da avenida |
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Passeio é a região mais sofisticada da cidade |
Casa Batlló
Casa Museu Amatller
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Obra do arquiteto Josep Puig i Cadafalch. |
Sagrada Família
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Vista da cidade do Parque Güel |
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Parque Güell
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A Sagrada Família vista do parque
Ramblas
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Com Vinicius e Conceição, nas ramblas (foto de Wagner Cosse editada por Thelmo Lins) |
Barcelona é tudo de bom,que nostalgia...
ResponderExcluirLindo parabéns!