segunda-feira, 16 de abril de 2012

Navegando no Bósforo

A paisagem do Chifre de Ouro e o teleférico

           Como disse na postagem anterior, estou em Istambul, a mais importante e maior cidade turca. E, com certeza, uma das mais belas cidades do mundo. Os minaretes no horizonte reforçam a impressão de que aqui é a capital do oriente, a cidade onde iniciamos a viagem para dentro das páginas das mil e uma noites, com todos os requintes arquitetônicos, estéticos e sociais.
            Como um visitante que se preza, quero conhecer as águas da cidade, que a tornaram famosa e epicentro de dois mundos, a ponte entre o ocidente e o oriente. Para isso, Wagner Cosse (meu companheiro de viagem) e eu resolvemos fazer um passeio pelo Bósforo, este importante estreito que se tornou um canal universal de navegação. O Bósforo liga o Mar Mediterrâneo e o Mar de Mármara ao Mar Negro e, desde a antiguidade, fez de Istambul, na época Bizâncio e, outrora, Constantinopla, um disputado entreposto.
            O dia está lindo. Céu azul, quase nenhuma nuvem. O brilho do sol e o reflexo das águas somam-se aos maravilhosos edifícios que circundam as margens do estreito. São palácios, castelos, pontes e muralhas que formam uma trilha de mais de 2.600 anos de história. Chamou-nos uma especial atenção as velhas yalis, verdadeiras mansões de madeira que pontuam em alguns trechos da orla. Antigamente, elas eram muitas. Mas, como são feitas de um material perecível, sucumbiram ao tempo e aos incêndios. As yalis foram construídas por nobres e ricos das cortes sultanesas, como casas de verão. Atualmente, as poucas que sobreviveram valem milhões de euros (o guia nos informou que algumas foram comercializadas a cinco milhões de euros).
            É de impressionar, também, o palácio de Domalbahçe, que fica na margem esquerda do rio. Posteriormente, visitamos o palácio, construído no século 19 com toda a pompa e circunstância, para mostrar ao mundo que a Turquia ainda era uma potência internacional. Embora, nessa época, o país passava por dificuldades financeiras devido aos gastos excessivos nas guerras. Outros belos palácios, de outros nobres da corte, também estão na orla, deslumbrando a nossa vista com tantas riquezas de detalhes. Aliás, faço aqui um aparte sobre a minha admiração em relação à arquitetura das cidades. Gasto um bom tempo fotografando detalhes arquitetônicos que me chamam a atenção. E, em Istambul, eles são tantos e tão variados, que me deixam atordoado.
             Finalizado o passeio de barco, o nosso pacote ainda envolvia uma parada no Café Pierre Loti, no alto do Chifre de Ouro, o belo rio que corta Istambul. Lá viveu o romancista francês que deu nome ao local, por ter fixado residência naquelas paragens. Realmente, a beleza do local é impactante. O local abriga um teleférico que nos leva à parte mais baixa da cidade, onde prosseguimos o passeio. O mais interessante é que o teleférico foi construído em cima de um enorme cemitério, com tumbas belíssimas e inscrições em árabe. E, em todos os lugares que passamos, flores, muitas flores. Principalmente tulipas. Os jardineiros turcos não são simples serviçais. São artistas talentosos, que imprimem verdadeiras paisagens coloridas em todos os cantos da cidade. E são quilômetros e quilômetros de jardins, mesmo nas avenidas mais movimentadas.
Canteiro de Istambul

Jardins são obras de arte

Tulipas


Vista do palácio Domalbahçe

Mansão à beira do mar

Casal turco no barco

Prédios na orla do estreito

Outra mansão dos antigos paxás

Eu, o mar e o Domalbahçe

Mãe e filho turcos com as muralhas ao fundo

Algumas yalis à beira do Bósforo

Outro palacete

Uma antiga yali do império otomano

Istambul se revela nos seus minaretes


Wagner encantado com a beleza do mar e da cidade

Centro histórico de Istambul visto do Chifre do Ouro

Cemitério

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