quarta-feira, 4 de abril de 2012

Passando por Lisboa e chegando a Madri



            Olá, hoje é dia 04 de abril e eu estou no Grand Hotel Versalles, em Madri. É um hotel agradável, bem localizado, a poucos metros da estação de metrô Alonso Martinez e a cerca de um quilômetro da Gran Via, a avenida mais pulsante da capital espanhola. Estou rememorando o início desta viagem, que propõe visitar, em 30 dias, a Espanha e a Turquia. Dez dias são dedicados a Madri, Sevilha, Córdoba e Granada. Nos outros, estaremos em terras turcas, começando por Istambul, passando pelo interior daquele país até chegar à Capadócia.
            Acabei de organizar as fotos que tiramos – eu e meu companheiro de jornada, Wagner Cosse – desde o início da nossa viagem, que começou no dia 30 de março, de Belo Horizonte. Fizemos uma pequena parada de algumas horas em Lisboa, já no dia 31, antes de pousarmos em terras madrilenhas. Em Lisboa, almoçamos na Confeitaria Nacional, próxima à Praça do Rossio. Lá fora, a capital portuguesa estava em polvorosa por causa de uma grande passeata, que iria reunir milhares de pessoas. Diferentemente do Brasil, muitos portugueses fazem suas reivindicações políticas e sociais vestidos em trajes típicos e fantasias que mais lembram um desfile de carnaval. Mas o assunto é sério: a situação econômica do país, que se encontra em retração nos últimos meses. Basta pegar um táxi em Lisboa para notar o quanto os motoristas são politizados, chegando mesmo à braveza perante os assuntos mais corriqueiros da temporada: corrupção, desvio de verbas públicas, apertos financeiros da população e aumento de impostos.
            As poucas horas em Lisboa, além do delicioso almoço, proporcionaram uma visita à Baixa e à Praça do Comércio. E, é claro, uma vista relaxante às margens do Tejo. Já no avião, embarcando para Madri, foi possível avistar do alto a bela ponte estaiada (uma das maiores da Europa), localizada na região mais moderna da capital.
            Madri
            Chegamos à noite em Madri. Experimentei a maravilhosa sensação de descer no aeroporto e pagar somente 2,50 euros (por pessoa) para viajar de metrô até o centro da cidade, onde já aportamos na estação próxima ao hotel. Claro que vem a comparação com nosso caótico e deficiente transporte público brasileiro. Na noite madrilenha, mesmo sem ainda conhecer com mais profundidade o seu dia a dia, é possível notar o burburinho das pessoas nas ruas (jovens, muitos jovens), o respeito aos sinais de trânsito, a beleza dos prédios históricos. Mas, agora, é hora de dormir, depois de quase um dia inteiro de viagem (contando as paradas, é claro). Deitar a cabeça no travesseiro e sonhar com a programação do primeiro dia em Madri.
           
            Domingo, dia 01 de abril, parece mentira, mas não é: estamos em Madri. Para o bem e para o mal. Digo mal, brincando é claro, porque café da manhã na Europa não é bem aquele café que tomamos nos bons hotéis e pousadas brasileiras. Nessas horas, também é difícil não comparar a qualidade de nossas frutas, sempre frescas e deliciosas, e a variedade do cardápio. O desjejum é bom, mas parece ter sido comprado em caixas, no supermercado mais próximo, e distribuído nas mesas e travessas. As frutas, então, são todas em caldas. Mas o café propriamente dito é bom (não é aquele chafé que servem nos EUA!).
            Manhã de domingo ensolarada em Madri. É possível até mesmo andar sem agasalho. A temperatura nesse início de primavera é agradável. O programa começa com um passeio pelo centro histórico, a parte das cidades que eu particularmente mais aprecio. E o de Madri é estupendo! Praça do Sol, Plaza Mayor (onde paramos para o almoço), Gran Via, Praça de Espanha, Palácio Real... ruas lindas, edifícios maravilhosos, atestando várias épocas vividas pelos madrilenhos. Há uma enorme quantidade de edifícios no estilo art deco, com cores fortes e reluzentes. Causou-nos uma especial atenção o Mercado de São Miguel, de 1915, todo em madeira e vidro. Lá dentro, uma orgia gastronômica de encher os olhos e dar água na boca. 
          O dia se estendeu a quase onze da noite, quando vimos as luzes da cidade se acenderem. E Madri se mostra outra dama à noite, cheia de suas joias iluminadas e sedutoras. O cansaço não permitiu uma estendida maior, afinal eram horas e horas de caminhadas, emoções arrebatadoras e um encantamento que quase se transforma num bálsamo para as dores que já dificultam os movimentos. Mas vamos dormir, para amanhã prosseguirmos a viagem!

Na Rua Augusta, em Lisboa

Portugueses fantasiados na passeata em Lisboa

A Confeitaria Nacional, patrimônio da capital portuguesa

A ponte Vasco da Gama, em Lisboa, do avião

Praça do Sol, centro de Madri

Na Plaza Mayor

Brindando com Wagner, na Plaza Mayor

Edifícios Art Deco, no centro histórico de Madri

Mercado São Miguel, de 1915
No interior do mercado

Outro do mercado: ponto de encontro gastronômico

Wagner na "casa do Gepetto"

Nos jardins do Palácio Real

Em frente à fachada principal do Palácio Real

Wagner e dois símbolos da cultura espanhola: Dom Quixote e Sancho Pança

Praça de Espanha

Na Gran Via

No belíssimo Edifício Metropolis

Wagner admira as luzes noturnas de Madri

Wagner e o "Bolo de Noiva", antigo edifício dos correios, hoje um centro cultural

No café do "Bolo de Noiva", apreciando os "tapas"

Um comentário:

  1. Thelmo LIns,
    acho que eu te conheço.
    Tenho quase certeza de que estudamos juntos na Católica (era PUC já?) no curso de Comunicação Social.
    Você me emprestou um livro que na época era o melhor livro que você tinha lido, e eu fui apresentado a Oscar Wilde. Era o O retrato de Dorian Gray. Nunca me esqueci do livro
    Que bom saber que você se tornou isso tudo.
    Fico muito amocionado.
    Eu não terminei o curso em BH. Mudei-me para Vitória, virei médico, fui estudar na Itália, hoje sou pai de família.

    Grande abraço.
    Espero que seja você mesmo.

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