|
Thelmo Lins é refletido no espelho que Frida Khalo usava para fazer seus autorretratos (foto de Wagner Cosse) |
Dia 12 de junho de 2014. Um dia
inesquecível sobre vários aspectos. Enquanto o Brasil se acotovela para ver a
estreia da seleção de futebol e o início da Copa do Mundo (com vitória, diga-se
de passagem, por 3x1 contra a Croácia), estou vivendo o primeiro dia de minha
viagem ao México. Como de outras ocasiões, tenho como companheiro de viagem o
cantor e jornalista Wagner Cosse.
Mas a data também se torna relevante
porque, no Brasil, é o Dia dos Namorados. Coincidentemente, o programa para
este dia inspirador é a visita à Casa Azul, onde viveram Frida Khalo e Diego
Rivera, um dos mais apaixonados e, com certeza, famosos casais de todo o mundo,
em especial desse país.
Há muito tempo sonhava com este dia.
Entrar nas dependências desse lugar onde viveram dois dos artistas que mais
admiro. Em especial, Frida Khalo, que teve uma vida sofrida, mas extremamente
produtiva artisticamente. E essa sua faceta é observada em cada detalhe da
casa, com enfeites em cada cômodo, com as camas onde a artista padeceu seus
sérios problemas de saúde, algumas telas marcantes de sua vida e o ateliê onde,
ao lado de Rivera, extraíram obras primas das telas em branco.
O jardim é especial. O tom de azul,
que dá o nome à residência, é de um anil profundo, com detalhes em cor de terra
e verde, que criam uma sintonia profunda com as árvores, flores e fontes. Por
todo lugar, observamos a riquíssima influência dos povos pré-colombianos, sejam
nas esculturas como nas vestimentas que a artista assumiu em determinado
momento de sua vida. Numa exposição, é possível conferir os vestidos que ela
usou, assim como sapatos, botas e joias. Foi um ícone fashion, com certeza,
numa época em que isso não era tão evidente.
A Casa Azul é muito maior e mais
bela do que nós supúnhamos. Atualmente, é gerenciada por uma comissão de
iniciativa privada, que utiliza o preço dos ingressos (aproximadamente 16 reais
por pessoa), para manter o acervo. Segundo uma das guias, os artistas não
deixaram herdeiros. Há equipes que ainda restauram obras e fotografias e outras
que recebem estudantes. Nas paredes, inclusive, há inúmeras referências
adaptadas às crianças que visitam o local. O ambiente ainda comporta uma loja
bem montada e um café, com preços bastante razoáveis.
A Casa Azul está localizada no
bairro de Coyoacán (que significa coiote), um dos mais charmosos da cidade do
México. Nas ruazinhas arborizadas, tropeçamos com residências do século 16,
belas praças, igrejas históricas e inúmeros cafés, bares e restaurantes. Lembra
o bairro de Caminito, em Buenos Aires, com muitos artistas espalhados pelas
ruas ou comercializando seus artesanatos em lojas e tendas.
Há, também, um belo mercado, onde é
possível saborear a comida local. Wagner e eu abraçamos com bastante alegria o
Alambre ao Pastor (feita com carne de porco) e o Frango à Tropicana, servido dentro
de um abacaxi cortado ao meio. Os sucos – deliciosos – vieram em taças enormes.
Aproveitamos esse momento para conferirmos o primeiro tempo do jogo do Brasil
contra a Croácia, de que falei no início do texto. Com direito a até lágrimas,
pelo Hino Nacional.
Viva o Brasil! Viva o México!
Fotos
de Thelmo Lins
|
Thelmo Lins na casa de Frida e Rivera |
|
Crianças visitam o espaço cultural |
|
Jardins |
|
Jardins e paredes da Casa Azul |
|
Retrato do pai de Frida Khalo, feito por ela |
|
Pintura de Frida retratando sua família |
|
Wagner no espelho do vestido inspirado nas vestes de Frida |
|
Copa |
|
Baú |
|
Almofada |
|
Ateliê: lado do Diego |
|
Cama que Frida ficava durante o dia |
|
Detalhe da decoração |
|
Foto da artista no fim da vida |
|
Wagner no espelho que Frida usava nos seus retratos |
|
Máscara mortuária da artista |
|
Thelmo Lins no jardim de Frida |
|
Diego e Frida no mesmo lugar da foto anterior |
|
Wagner na Casa Azul |
|
Criança brinca na exposição da Casa Azul |
|
Artesanatos vendidos na loja |
|
Exposições de trajes |
|
Bota usada pela artista |
|
Colete usado nas recuperações das cirurgias na coluna |
|
Detalhe de famoso retrato de Frida Khalo |
|
Thelmo e Wagner brincam de Frida e Diego |
|
Troca-troca? |
|
Wagner no jardim de Frida |
|
Obra de Frida Khalo |
|
Cozinha |
|
Fachada |
|
No mercado de Coyoacán |
|
Frango à Tropicana |
|
Alambre ao Pastor |
|
No almoço no mercado de Coyoacán |
|
Esperando pelo jogo do Brasil e Croácia |
|
Wagner: emoção com o Hino Nacional na abertura da Copa do Mundo |
|
Iguarias do mercado |
|
No mercado |
|
No mercado |
|
No mercado |
|
No mercado |
|
Especiarias do mercado |
|
Mais especiarias do mercado |
|
Banca de artesanato nas ruas de Coyoacán |
|
Artesanato |
|
Anéis |
|
Praça Hidalgo |
|
Detalhe da Igreja de São João Batista |
|
Fachada da Igreja de São João Batista, em Coyoacán |
|
Ruas calmas do bairro |
|
Wagner e a fonte dos coiotes que dão nome ao bairro |
|
Coyoacán |
Nenhum comentário:
Postar um comentário