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No alto, Wagner (camisa roxa) e eu (preto) e amigos do Parque da Cachoeira da Fumaça.
Sentados, Érika, Fábio, Hemal e Reyna |
Fazer
amigos. Este parece um dos objetivos de quem vai visitar a Chapada Diamantina,
na área central da Bahia. E essa característica também nos contaminou (a mim e
a meu companheiro de viagem, Wagner) a todo instante. Seja em um pedido de
informação, seja por estarmos com espíritos abertos à novidade ou pela
influência daquela natureza exuberante que habita o local, a todo o momento
trombamos com pessoas legais, dispostas a trocar experiências.
O primeiro
encontro aconteceu de maneira inusitada. Ao chegarmos a um restaurante de
comida regional – o Lampião – ficamos com dúvidas entre o que escolheu do cardápio.
Vimos, então, a garçonete servir um prato muito atrativo na mesa ao lado. Nela
estavam os advogados belenenses Maíra e José Maria. Ao notarmos nossa
curiosidade, Maíra ofereceu seu garfo para experimentarmos a comida. Achamos
aquela atitude tão inusitada e, com certeza, desprendida, que logo ficamos atraídos
por aquelas pessoas tão interessantes.
Horas mais tarde, estávamos tão
íntimos que parecíamos velhos amigos. Na pauta, assuntos deliciosos, como
música e folclore. O casal contou histórias saborosas a respeito de sua
experiência como integrantes dos festejos de São Benedito, em Bragança (PA),
onde participam ativamente da marujada. Wagner, que integra o Grupo Aruanda,
saboreou cada fato relatado pelos novos amigos e prometeu visitá-los na festa,
para conhecer o evento de perto. José Maria também falou de sua experiência
como cineasta amador e produtor musical. Não é sua profissão, mas ele nutre uma
grande paixão pela música “brega” de Belém e a considera a cena musical de sua
cidade a mais original do país, no atual momento.
Nos dias seguintes, novos amigos
foram se somando à lista. No café da manhã de nossa pousada, conhecemos o casal
Hemal e Reyna. Ele, um indiano; ela, zambiana. Moram em Londres e estão vivendo
um período de férias sabáticas de quatro meses, conhecendo uma parte do Brasil
e outros países da América Latina, como Argentina, Chile e Peru. Bastante
sociáveis, a convivência com eles permitiu com que nós treinássemos um pouco o
nosso inglês enferrujado pelas raras oportunidades de uso.
No rastro dos novos amigos, chegaram
os queridos Fábio e Érika, um casal paulista que conhecemos durante um passeio.
Extremamente abertos a novas experiências e com sede de novidades, tornaram-se
ótimos companheiros de viagem. Fábio administra uma empresa de manutenção de
aparelhos celulares em Campinas e é dono de um restaurante italiano em São
Paulo. Já Érika é funcionária da Caixa Econômica Federal. Dali em diante,
marcamos ponto em várias atrações turísticas locais. São pessoas extremamente
carinhosas e sensíveis.
Vale também lembrar de um outro
casal, bem mais jovem, que conhecemos na Chapada Diamantina: Pedro e Daiane.
Não fizemos passeios juntos, mas nos encontramos em diversas ocasiões, quando
pudemos conversar sobre viagens e outras experiências.
Aliás, as trilhas e os passeios
acabam aproximando as pessoas. Ficamos horas caminhando e apreciando a natureza
e, nesse espírito, somos instigados a promover novas amizades. Fazemos fotos em
comum, compartilhamos de momentos especiais nas vidas de outros e acabamos
fazendo parte de suas melhores lembranças. Nesse encontro afetivo, pululam
convites para visitar a Inglaterra, São Paulo, Pará, Minas Gerais. E, quem
sabe, realizar outras excursões para outras localidades, criando novos e fortes
elos.
Durante a viagem, recebemos a triste
notícia da morte do grande compositor Fernando Brant, um dos maiores nomes da
música brasileira, autor de grandes hits, como “Bailes da Vida”, “Encontros e
Despedidas”, “Ponta de Areia” e “Maria, Maria”. Mas, na lembrança de que o
conheceu de perto e sabia de sua generosidade e talento, emociono-me ao
recordar “Canção da América”, composta em parceria com Milton Nascimento. Desta
canção, recordo os versos: “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo peito,
dentro do coração”. Que esta seja a nossa sina: a de fazer novas amizades e de
reverenciar nossos amigos queridos!
Fotos de Thelmo Lins e Wagner Cosse
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No Vale do Capão, com Reyna, Fábio, Hemal, Érika e Wagner |
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Érica e Fábio no Morro do Pai Inácio |
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No restaurante Absolutu!, em Lençóis |
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Hemal e Reyna (de vermelho), Wagner e eu, com as cozinheiras da pousada Lavramor, em Lençóis |
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Na caminhada da Cachoeira do Buracão, com Wagner, Fábio e Érika |
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Érika na trilha da Cachoeira do Buracão |
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Wagner e eu no canion da Cachoeira do Buracão |
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Com Fábio, Wagner e Érika na Cachoeira dos Mosquitos |
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Com Maíra, Wagner e José Maria, em restaurante em Lençóis |
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Hemal e Reyna no na Gruta da Pratinha |
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Reyna, Wagner, eu, Hemal, Pedro e Daiane, na doceria Pavê&Comê, em Lençóis |
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Fernando Brant: "amigo é coisa para se guardar..." |
Que sina boa a de arrecadar pessoas! Influência encantada da Chapada mas também coração aberto para recebe-las. E viva o fundo musical em que se escuta Fernando Brant! ;-)
ResponderExcluirViva! Beijos, querida
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