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Com um dos mais de mil baobás de Tarangire |
A
despedida de Nairóbi aconteceu no mesmo hotel onde nos hospedamos anteriormente,
o Southern Sun Mayfair Nairóbi. Desta vez, com um sabor diferente, pois a
direção nos ofereceu um quarto executivo, mais sofisticado, o que nos fez
sentir mais acarinhados. O turismo africano é de excelência e os hotéis
capricham na qualidade dos serviços.
Pois
bem, fazendo um breve resumo: estamos (Wagner Cosse e eu) empreendendo uma
viagem pela África, com o objetivo de visitar a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia.
No Quênia, conhecemos o paulistano Tímor. A próxima etapa é a Tanzânia. Saímos
da capital queniana na manhã do dia 22 de maio de 2013, de van. Cruzamos a fronteira
duas horas e meia mais tarde. Pagamos 50 dólares por pessoa para obter o visto,
que foi concedido com muita tranquilidade. Aproveito para comentar aqui que nos
foi oferecido, em Belo Horizonte, um serviço de despachante para obtermos os
vistos com antecedência. Por acharmos os custos altos (cobravam 120 reais por
pessoa por visto, totalizando cerca de 1.000 reais para mim e para o Wagner),
resolvermos não contratar a empresa. Foi uma ótima opção, pois não tivemos
nenhum problema na África, uma vez que sempre apresentávamos todos os
documentos dos pacotes turísticos.
Em
terras tanzanianas, logo tomamos contato com a moeda do país, que também se
chama shilling. Com um dólar, obtém-se 1600 shillings. Ufa, vamos precisar de
calculadora por aqui. Mas, também, notamos que a economia nos pontos turísticos
está dolarizada. E os preços bem mais salgados.
Chegamos
a Arusha, o ponto de início da jornada pelo país. Logo conhecemos o guia
Joseph, um senhor bonachão, que fala castelhano. Conhecemos, ainda, Alberto e
Silvia, dois espanhóis da região de Leon que, a partir de então, compartilharam
a viagem conosco e com o Tímor. O casal estava em lua de mel.
Pegamos
uma estrada para Tarangire, a meio caminho do Serengeti, nosso destino final.
Os primeiros quilômetros foram uma verdadeira tortura. O trânsito da rodovia,
em reforma, foi desviado para um caminho empoeiradíssimo. Por fim, o alívio do
trecho asfaltado.
Chegamos
a Tarangire, um parque marcado pelo expressivo número de baobás, mais de mil.
Cada um mais belo e majestoso que o outro. Dos vários animais que vimos,
destacou-se um casal de leões em pleno ato sexual. Uma cena selvagem, vibrante
e de grande impacto para todos nós.
Como já
ressaltei em outras postagens, os lodges são um caso à parte nessa viagem. São
lindos, charmosos e bem localizados. A impressão que temos é de estarmos no
enredo de um daqueles filmes dos anos 50 passados na selva e que, a qualquer
momento, Ava Gardner vai entrar na área de lazer e pedir uma bebida.
No
Serengeti não foi diferente. O mítico parque africano, que abraça parte da
Tanzânia e do Quênia, é um deslumbre, tanto pela vegetação, quanto pelo número
expressivo de animais que ali vivem. O que mais nos chamou a atenção foram os
gnus. São milhões. Estão todos ali, juntos com milhares de zebras, iniciando uma
jornada por uma trilha de mais de três mil quilômetros, até chegarem ao Quênia,
em setembro.
No
parque, nos hospedamos no Pioneer Camp, talvez o melhor hotel desta
viagem. Não somente pela localização privilegiada, o que nos permitia uma vista
panorâmica do parque, mas pela qualidade do serviço. Os quartos, como em Masai,
são barracas muito bem estruturadas, com charmosos móveis e um chuveiro
sensacional, abastecido com água quente à base de energia solar. Todo o serviço
é aprimorado por uma concepção bastante arrojada de interação com a natureza, com
um viés ecologicamente correto.
Para
melhorar ainda mais o ambiente, o hotel serviu um suntuoso jantar à beira da
piscina. E, se isso já não bastasse, ainda surgiu uma lua cheia no céu,
coroando todo o ambiente de extremo romantismo.
Do
Serengeti, partimos para a cratera de Ngorongoro, um extinto vulcão que se
transformou em um oásis para o reino animal. Brincando, julgo que é um resort
de luxo. Os bichos vivem ali rodeados por montanhas, vários lagos e uma vegetação primorosa. Leões, zebras, rinocerontes,
hienas, aves de todas as cores e tamanhos, inclusive uns poucos, mas fiéis,
flamingos (pois é, a visão deles ficará para uma próxima viagem), que convivem
ali com a harmonia que é possível na luta pela sobrevivência.
No
charmoso hotel de Ngorongoro, localizado no alto de uma das montanhas que
formam a cratera, pudemos admirar o mais belo por do sol de nossa passagem pela
África, aguçando ainda mais os sentidos e carregando de novas tintas essa
experiência magnífica de conhecer parte dessa incomparável continente.
Nesse
período da viagem, com a companhia de nossos amigos espanhóis, de Wagner e Tímor,
uma canção foi marcante: é “Jambo”, que se transformou na música de nossa
viagem. Clique no link abaixo e ouça a
canção, enquanto aprecia as fotos de nossos safaris (http://www.youtube.com/watch?v=oDuY50rJK-k)
Hakuna
Matata!
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Lodge em Tarangire |
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Tarangire |
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Com Alberto, Silvia, Wagner e Timor, em Ngorongoro |
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Com Timor e Wagner, em Ngorongoro |
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Serengeti |
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No lodge do Serengeti |
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Gnus... milhares de gnus e zebras |
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Com Alberto, Silva e Timor, no Serengeti |
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Dentro da barraca do logde em Serengeti |
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Jantar à beira da piscina |
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No jantar, com Wagner, Tímor, Alberto e Silva |
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Wagner no lodge em Ngorongoro |
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Observando o fim de tarde em Ngorongoro |
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Lua cheira em Ngorongoro |
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Na cratera de Ngorongoro |
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A versão moderna do homem macaco: Wagner Cosse |
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Uma cena rara: um hipopótoma fora da água |
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Turistas observam leoa |
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Briga de gnus machos |
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O lago de pouquíssimos flamingos em Ngorongoro |
Ótima descrição do que passamos Thelmo!
ResponderExcluirSó uma errata: de última hora mudaram o nosso hotel, então no Serengeti não ficamos no Sopa e sim no Pioneer Camp!
Agradeço, querido Tímor, companheiro do viagem. Já fiz a correção. Abraços
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