Em Pirenópolis (GO), com a estátua do Mascarado vestido de Papai Noel (foto de Wagner Cosse) |
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Fotos de Thelmo Lins
A viagem
Brasil Profundo começou em Belo Horizonte, pela BR 040, que liga a capital
mineira ao Distrito Federal. A primeira parada aconteceu em Paracatu (MG),
depois de atravessarmos regiões bonitas que integram o circuito Guimarães Rosa,
onde é possível avistar ainda muitas veredas. E a represa de Três Marias, feita
com as águas do Rio São Francisco.
Paracatu foi apenas um pernoite, mas
é uma cidade que vale a pena visitar (veja uma postagem que fiz neste blog
sobre o local no link:
http://descobertasdothelmo.blogspot.com.br/2012/09/paracatu-renascendo-para-o-turismo.html).
A nota triste foi que a Pousada da Vila, hotel delicioso criado na parte
histórica da cidade não existe mais. Ele deu lugar a uma espécie de pensão,
onde não há mais hóspedes, e sem moradores que fazem contratos mais longos. Acabamos
nos hospedando um hotel bem ruinzinho, uma vez que as outras opções na cidade
estavam lotadas por causa de uma formatura da faculdade de Medicina.
De manhãzinha saímos para
Pirenópolis (GO), passando por algumas cidades-satélites de Brasília, via BR
040, BR 050, BR 060 e BR 414. A cidade fica a 182 km de distância da capital
federal e a 929 km de Belo Horizonte. Não tivemos muita sorte na escolha da
pousada, feita através do Booking. Ao chegarmos ao local, era muito pior do que
estava nas fotos, apesar da boa nota dos clientes. O quarto era muito apertado
e, por ter moradores na casa onde ficava a hospedagem, houve barulho o tempo
todo de entra-e-sai. Para piorar, o ventilador não estava dando conta do recado
e o calor imperava. No dia seguinte (ficamos em Pirenópolis dois dias), mudamos
para outro hotel, mais confortável e silencioso. Veja, no final desta postagem,
algumas dicas.
Pirenópolis é um presepinho. Além
dos prédios históricos bem conservados (a cidade é tombada pelo IPHAN), chamava
a nossa atenção (minha e de meu companheiro de viagem, Wagner Cosse), a beleza
do céu. Havia recantos muito agradáveis, além de locais bons para comer e fazer
compras. Como era período pré-natalino, as ruas estavam enfeitadas para a
festa.
A bela cidade respira à Cavalhada,
que acontece no mês de junho. Mas os seus principais personagens estão pelas
ruas durante todo o ano, como os mascarados. Os mais conhecidos têm chifres
enormes e podem ser encontrados em praças e ruas, em forma de estátuas ou
bonecos. Em alguns estabelecimentos comerciais e lojas de artesanato, é
possível comprar as máscaras também.
No Museu das Cavalhadas,
administrado por Dona Célia, conhecemos um pouco mais desta interessante festa.
A mãe dela iniciou o museu com roupas e utensílios usados pela própria família
e juntou um expressivo acervo. Com o seu falecimento, ela passou a ser a
guardiã do espaço, que funciona em sua própria casa, mediante visitas
agendadas.
Em Pirenópolis visitamos as igrejas,
museus, pontes e edifícios, quase todos na região central, que pode ser feita a
pé. A Matriz do Rosário é a que chama mais atenção. Apesar de sua fantástica
reconstrução, ela foi vítima de um incêndio de repercussão nacional, em 2012,
que destruiu quase todo o prédio. Os altares foram perdidos para sempre e
substituídos por nichos e altares de outras igrejas da cidade que foram vítimas
do abandono nos anos passados.
Há muitas cachoeiras na região, mas não tivemos tempo para
usufruir, pois tínhamos um cronograma de viagem.
Algumas dicas:
1) Comer o
prato principal da cidade: o empadão goiano, encontrado em vários sabores.
2) Andar a pé,
principalmente no início da manhã ou no cair da tarde, quando a temperatura é
mais amena (na hora do almoço, muitas lojas fecham para a sesta).
3) Visitar o
Museu das Cavalhadas. Mas ligue antes para agendar (062) 3331-1166.
4) Voltar à
Pirenópolis em junho para assistir à Cavalhada, a maior e mais importante do
Brasil. Reserve o hotel com antecedência, pois a cidade fica muito cheia na
ocasião.
5) Outra
sugestão, que nós não fizemos por causa do tempo, foi a visita à Fazenda
Tambapuã dos Pireneus, que oferece várias atrações e um delicioso café
colonial. Consulte as empresas locais de turismo.
Matriz de Nossa Senhora do Rosário: reconstruída após o incêndio |
Cinema e arquitetura Art Decó |
Museu do Divino |
Teatro Municipal |
Interior do teatro |
Wagner e o Mascarado no Museu do Divino |
Mascarado (acervo do Museu do Divino) |
Acervo do Museu do Divino |
Dona Célia, administradora do Museu das Cavalhadas |
Máscaras do Museu das Cavalhadas |
Acervo do Museu das Cavalhadas |
Igreja do Bom Jesus |
Interior da Igreja do Bom Jesus |
Wagner e o monumento da Cavalhada |
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