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Ao fundo, a Ponte Metálica João Luis Ferreira, que liga Teresina a Timon, no Maranhão (foto de Wagner Cosse) |
Clique nas fotos para ampliá-las. Fotos de Thelmo Lins
Saímos de Piripiri (PI), no dia 09
de janeiro de 2017, em direção à Teresina. Na estrada, conhecemos o Memorial da
Batalha do Jenipapo, marco da resistência e da luta do Piauí e do Maranhão pela
independência da Coroa Portuguesa. A visita ficou comprometida pela falta de
atrativos e de mais explicações sobre o confronto. No entanto, vale a pena
procurar sobre o assunto na internet, pois foi um movimento importante, que
consumiu muitas vidas e é pouco conhecido dos brasileiros.
Chegamos a Teresina e capital do Piauí foi, pouco a
pouco, derrubando vários preconceitos que eu tinha sobre ela. Achava-a uma
cidade árida, extremamente quente e sem atrativos. De cara, encontrei uma
metrópole moderna, com ruas bem traçadas, belos passeios públicos e muita
arborização. E, para completar, é banhada por dois rios monumentais: o Parnaíba
e o Poti.
Além disso, sintonizamos várias
emissoras de rádio com ótima programação musical e, nelas, ouvimos o anúncio de
pré-carnavalescos para a escolha dos representantes do Rei Momo para idosos e
portadores de deficiência. Quer mais inclusão social do que isto? A cidade cativava
em todas as suas vertentes.
Teresina foi se descortinando para
nós (eu e Wagner Cosse, meu companheiro de viagem). A recepção aconteceu no Hostel
Aruba que, embora não fornecesse o café da manhã, mostrou-se uma pousada muito
bem localizada e com um ótimo visual. Inclusive interno, graças aos grafites
desenhados nas proximidades dos elevadores. Havia, também, uma boa internet, o
que possibilitou que pagássemos as contas em dia (IPTU, IPVA, dentre outras. De
grande importância, para quem está fora de casa a quase um mês!). Em seguida,
rumamos para o centro da cidade.
Em alguns quarteirões, pudemos
conhecer a catedral, o Palácio Karnak (sede do governo estadual), o Teatro 4 de Setembro, o Cine Rex e o centro de artesanato. Neste local, passeamos por
inúmeras tendas, com uma grande diversidade de ofertas. Encantei-me com os totens
feitos de buriti que, segundo a funcionária da loja, são exclusivos dali. Mas
também havia peças em madeira e outros materiais. O local ocupa o prédio de uma
antiga prisão e ainda podemos observar, em algumas lojas, alçapões onde os
presos políticos eram torturados durante o período da ditadura militar.
Saímos dali e fomos lanchar na
Fazendaria Café, uma espécie de delicatessen, com muitas comidinhas deliciosas.
Lembra o estilo da roça, também comum em Minas Gerais, acrescido das tapiocas e
dos sucos típicos do nordeste. Foi uma escolha espetacular!
Como o dia já findava, aproveitamos
para fazer fotos noturnas da região central, onde se trafega com muita
segurança e tranquilidade. Depois, fomos para o hostel, pois o tempo ameaçava
uma chuva, que acabou acontecendo. Como Teresina tem uma grande incidência de
raios, fomos nos abrigar e descansar para o passeio do dia seguinte.
Logo que amanhecemos, fomos conhecer
o local onde os rios Parnaíba e Poti se encontram, mas não se fundem. O
Parnaíba tem água barrenta, enquanto o Poti é esverdeado. O local, em determinamos
momentos, lembrou-me as imagens do jardim de Giverny, onde o pintor Claude
Monet pintava suas famosas ninfeias. Paisagem encantadora. No local há
restaurante e quiosques de artesanato. Apesar de mal cuidado, foi um passeio
encantador. Ali perto fica o Polo Cerâmico do Poti Velho, que, confesso, não me
chamou muita atenção.
A próxima parada foi o Mercado
Central. Para chegarmos até lá, passamos perto da famosa Ponte Metálica João Luís Ferreira, sobre
o rio Parnaíba, que une Teresina a Timon, no Maranhão. Um lugar emblemático,
que está em todos os postais da cidade, ao lado da moderna ponte estaiada, que
conhecemos mais tarde.
O mercado é um labirinto de lojas e
restaurantes. A gente encontra de tudo um pouco, desde artesanato, carnes,
legumes, frutas, verduras até os chapéus de cangaceiro. Em frente, está a Praça
Marechal Deodoro, a Igreja do Amparo, a mais antiga de Teresina, e o Hotel
Luxor, onde almoçamos um caprichadíssimo bufê.
Como o calor derretia nosso cérebro,
saímos da região central e fomos conhecer a Casa do Cantador, uma associação
que congrega os violeiros do Piauí e que, uma vez por ano, organiza uma grande
roda de viola. Lá fomos recebidos pelo músico e repentista Raimundo Britto, que
integra a diretoria. Achei particularmente interessante as placas que a
associação criou para homenagear os violeiros falecidos. Elas são fixadas nos
troncos das árvores, com trechos de suas cantigas ou poemas.
O dia caminhava para o crepúsculo e
planejamos passar este momento na ponte estaiada de Teresina, um belíssimo
monumento que inaugura uma nova fase da capital piauiense. Depois de pagarmos uma
taxa de visitação, pegamos um elevador para alcançar o mirante, localizado no
alto da torre, de onde se tem uma incrível vista de 360 graus da cidade. O
visual contempla o majestoso rio Poti, com suas margens abundantes de vegetação
e sua coloração esverdeada. À medida que a noite se aproximava, a ponte vai
ganhando novas cores graças a uma iluminação especial. Assim, aquela parte da
cidade se transforma em um local especialmente charmoso, com pistas de
caminhada e ciclismo, e uma grande circulação de pessoas.
Despedimo-nos de Teresina com estas
vistas espetaculares, encantados com o que vimos e vivenciamos. Dali,
desceríamos para a Serra da Capivara, no sul do Estado. Mas, antes, uma parada na
antiga capital do Piauí, Oeiras, que conheceremos na próxima postagem.
Continuem conosco na jornada pelo
Brasil Profundo!
Museu da Batalha do Jenipapo
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Cemtério onde estão enterrados dos restos mortais dos combatentes |
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Flor do mandacaru |
Teresina
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Teatro 4 de Setembro |
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Cine Rex |
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Centro de Artesanato |
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Totens em buriti |
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Grafite do Hostel Aruba (foto de Wagner Cosse) |
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Teresina vista do hostel |
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Fazendaria Café |
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Restaurante na área nobre da cidade |
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Edificação histórica |
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Passeio público à noite |
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Catedral de Teresina |
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Catedral |
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Palácio Karnak |
Encontro dos rios Parnaíba e Poti
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Jardim Giverny piauiense |
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Wagner na margem do rio Poti |
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Rio Poti (verde) e Parnaíba (barrento) |
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Praça de Teresina |
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Avenida arborizada em Teresina (foto de Wagner Cosse) |
Centro histórico
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Ponte metálica |
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Igreja do Amparo |
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Praça Marechal Deodoro |
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Praça Marechal Deodoro |
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Praça Marechal Deodoro |
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Mercado |
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Mercado |
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Mercado |
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Mercado |
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Mercado |
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Casa do Cantador |
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Raimundo Britto e Wagner Cosse |
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Placa em homenagem ao violeiro falecido |
Ponte Estaiada
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Vista do rio Poti |
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Região de pistas de caminhada e ciclismo |
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